A questão fundamental
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Arte: The Seated Clowness. Henri de Toulouse-Lautrec. Met. |
Não vivemos de política, nem de amor-romântico, nem de problematização de questões sociais e filosóficas. Não vivemos de brisa, nem de trabalho, nem de dramas supérfluos.
Vivemos de comida, sexo, cismas, estresses, metas e responsabilidades - que nos moem de dentro para fora e move-nos em direção ao progresso, senão da humanidade, ao menos pessoal.
Vivemos esperando a transa matutina com os corpos desejáveis de desconhecidos amigáveis; esperando a venenosa comida plástica vendida em programas de TV e redes de fast food; esperamos pelo carro do ano; esperamos pelo momento certo; esperamos pelo instante em que ou agimos ou nos escravizamos à covardia.
Compreender que não podemos deixar para amanhã o que deve ser feito hoje é fácil. Difícil é enfrentar as adversidades e os monstros psicológicos e seguir em frente, deixando-se degradar pela opinião alheia e pela força maligna do atraso e seguir resistindo. E seguir em frente.
A questão nunca é viver por muito tempo, mas com a vontade de fazer - e realmente fazer - tudo aquilo que se tem vontade, independente do quê os outros irão pensar ou se a vontade satisfeita irá gerar ou não a fortuna com que se estampa as revistas e os perfis de redes sociais.
Vivemos para nos satisfazer. Essa é a questão.
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