O país de Bolsonaro








O presidente da República está tentando imitar o polêmico Donald Trump. A diferença, óbvia, vai além do convencional porque tudo aquilo que se copia nem sempre sai melhor que o original. 
No Brasil de Jair Bolsonaro não existe racismo, nem pobres e nem pode haver gays. Nesse país fictício todos os cidadãos têm uma conta do twitter e os "avanços" da gestão Bolsonaro deve-se mais ao golpista Michel Temer que ao Pastor Bolsonaro. E, obviamente, tudo de ruim, ou seja, tudo o que se coloca como empecilho para se alcançar os objetivos pérfidos de um governo desprezível, é culpa dos "comunistas", dos "esquerdopatas", dos "lulistas". 
No país de Jair Bolsonaro não pode haver instituições de ensino dedicadas ao aperfeiçoamento da população - principalmente pobre. Não pode haver transferência de renda. Não pode haver pensamento crítico contrário ao governo e não pode haver ideologia política diferente da que é pregada pelo partido que "elegeu" o mandatário.
Nesse país que é governado por um imitador de ditador e louco, o correto é cada um formar sua própria base miliciana em casa, armando desde a mais tenra idade os meninos e obrigando as meninas a ser subserviente ao homem para que a masculinidade frágil e sensível do hétero normativo militar não seja mais posta em dúvida. 
Esse país que se conhece por fake news  e desconhece o método científico está alicerçado em João 8:32, na versão mais conveniente. Desapoiado e desabençoado por um Deus justo e apoiado e abençoado por um falso "Deus" que arma seus fiéis e municia suas igrejas com maldições e intolerâncias contra todos aqueles que são diferentes e que estão aptos a lutar contra a desordem de João 8:32 e de seus asseclas malignos. 
É o país que clama por uma ditadura e que usa os pobres, como sempre, como massa de manobra porque sabe que os pobres e ignorantes se contentam com migalhas e acreditam em imbecilidades, bastando apenas que se use o nome de um falso "Deus".
Esse é o país de Bolsonaro. E não é o país Brasil.

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