Gabriel Diniz e a morte na segunda

Foto: reprodução Ibahia


A segunda-feira é cheia de surpresinhas e nem sempre agradáveis. 
Logo depois do almoço, quando a indecisão entre a cesta e o prosseguimento das atividades do dia constrange-me ao acesso às redes sociais, o Twitter é inundado por postagens dos veículos de comunicação noticiando a queda do avião de pequeno porte que transportava o cantor Gabriel Diniz, famoso pelo irritante hit Jenifer e por popularizar o app Tinder.
Nada mudou e nem mesmo a pseudo comoção dos "fãs" histéricos nas redes sociais oi capaz de impactar significativamente no cotidiano de ninguém. A morte do cantor só interessa aos familiares e à namorado. Simples assim.
A responsabilidade por esse acidente aéreo, pelo que foi divulgado, recai sobre os órgãos de fiscalização e controle do tráfego aéreo, da empresa responsável e do próprio cliente (o Gabriel Diniz, nesse caso). Não adianta postar trechos de vídeos de shows e nem dizer que o morto era "maravilhoso" porque a maioria só conhecia o profissional Gabriel Diniz e não a pessoa em si.
À parte o histerismo dos "fãs", esse acidente ocorre em um momento muito providencial para o momento político do país fazendo com que as atenções pulem do vexame das manifestações de domingo, 26, e passe para o cortejo digital dessa personalidade pública. Se é coincidência nunca saberemos. Como também nunca saberemos se foi um acidente armado.
O extinto Gabriel Diniz morto está e, como sempre acontece, vamos escolher outro "ídolo" com música idiota para popularizar.
A segunda-feira é cheia de surpresinhas e, agora, com morte surpresa (que o diga a namorada do morto).

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