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Mostrando postagens com o rótulo redes sociais

Salvos pelo tapa do pessimismo

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  Objeto: Auguste Barre, Medalist: Jules-Clément Chaplain. Met. Um pouco de realidade e pessimismo faz bem. Sempre faz. Muitos de nós, mesmo vivendo na ilusão de vídeos curtos das redes sociais, jamais teremos uma casa de luxo, nunca saberemos como é estar dentro de um carro de luxo e comer alimentos de alto padrão de qualidade.  Muitos de nós, invejando e desejando a arquitetura da casa de um famoso, o carro confortabilíssimo de um "influencer" e a rotina de um multimilionário, passaremos a vida comendo ultraprocessados feitos de químicos com sabor de tal alimento, com a textura de tal produto - sem jamais chegar a degustar o alimento verdadeiro.  Fingimos falar outro idioma quando na verdade sabemos uma ou duas palavras - o suficiente para fingir que compreendemos o que os personagens de séries e filmes medíocres estão falando. No máximo, viajaremos alguns quilômetros e não tocaremos a realidade do nosso próprio país porque a parca educação que recebemos é suf...

COVID-19: Fake news de um presidente à renúncia

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Foto: recebida de leitor.  As fake news, tão próprias do governo Bolsonaro , continuam sendo espalhadas por todo lado. Umas são desmentidas e desmascaradas no Twitter, que baniu algumas postagens do mandatário brasileiro por colocar em risco a saúde e a vida daqueles a quem devia proteger. Nas redes sociais chegam dezenas de mensagens falsas que têm o objetivo de espalhar o pânico e o ódio contra a esquerda e contra aqueles que, em meio a essa crise pandêmica, estão tentando minimizar as perdas e os riscos. De hora em hora, minuto a minuto, a indústria do ódio e das fake news encontram motivos para disseminar seu veneno entre fracas e incautas mentes. Hoje, após várias lideranças políticas pedirem a renúncia de Jair Bolsonaro, mensagens conspiratórios envolvendo a esquerda começaram a ser espalhadas pelos apoiadores de Bolsonaro. Isso era esperado. Enquanto tentam salvar um governo virulento e sifilítico, o país caminha às cegas, com dados oficiais sobre o pandemia ...

Desejo de amigo

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Fonte da imagem: USQ. Reprodução FB. Com a fraternidade natalina, tenho a desejar apenas que lute, não com a passividade de um ser que não deseja ofender aos demais, mas com a ganância de fazer apenas o que mais lhe parecer correto e afrontoso, porque sem a ousadia da afronta nada é alcançável.  Não lhe desejo um único Deus. Desejo-lhe lembrar que existem tantos Deuses quanto seja possível dentro do panteão humano.  E desejo-lhe que saia com o coração fechado e a mente aberta nesse mundo de espinhos e lágrimas, onde nem sempre há tristezas e muitas surpresas. Desejo-lhe que seja apenas vivente, não como aqueles de Carlos Nejar, embora ele sirvam de inspiração. De natal, é desejável o tudo e o nada, que abriga o diferente, o estranho, o inominável.

Os passos da Nova Ditadura (10)

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Deitado na cama do hospital particular, bem longe do SUS e dos pobres que não tem alternativa, Jair Bolsonaro fez uso da engenharia de materiais (usando biomateriais) e da medicina para livrar-se da sequelas do questionável ataque que o levou a ocupar, junto com fake news, a cadeira do executivo federal.  E enquanto o presidente afastado recuperava-se, seus asseclas, principalmente o filho, enviava via Twitter, a clara mensagem à Nação, incentivando, indiretamente, ao estabelecimento de um sistema político autoritário e opressor. O próximo passo, sem sombras de dúvidas, deverá ser prosseguir com a nefasta ideia de um governo ditatorial "anti-corrupção" . O Brasil já tem sido vítima desse governo bolsonarista. O nordeste começou a ser retaliado.  E será a passividade dos atentos e a omissão dos "justos" que permitirá que os adeptos da onda bolsonarista provocar o levante que iniciará a próxima noite de 25 anos.

Não-tão-pequenos demônios

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Arte: Gabriela Santos.  Quando vemos aqueles casais muito bem apresentáveis em fotografias nas redes sociais pensamos nas mais variadas situações em que nos colocaríamos em situações semelhantes. Vemos sorrisos comprados e romances em declínio. Algumas vezes é possível encontrar pessoas felizes de verdade. Passado o instante de inveja, encontramo-nos na presença de nossos próprios pensamentos e nem sempre isso é algo danoso - até mesmo para os depressivos e ansiosos. Deveríamos, então, entra em contato com os nossos não-tão-pequenos demônios interiores para poder encontrar os momentos realizáveis de felicidade, tal qual vemos, muitas vezes, nas redes sociais.

Decrépitos virtuais

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Foto: Doylestown House. Charles Sheeler. Met.  A necessidade de tudo postar nas redes sociais revela mais que o início de uma patologia - revela um caráter fragilizado que, não fosse as redes sociais, travestiria-se de preconceitos para impor ideais nocivas não apenas ao meio que frequenta, mas até mesmo a aqueles que estariam fisicamente e virtualmente distantes. Indivíduos que se autoafirmam a cada passo estão tão longe de si mesmos que seria preciso reinventar a própria noção de espaço virtual e alongar as incapacidades humanas para que essas criaturas conseguissem enfrentar o espelho sem ter que impor corretivos imaginários a suas próprias deficiências. O que se tem, aos montes e nas mais diferentes hashtags, são seres que vivem na pós-verdade utilizando ora palavras antiquadas ora nenhum signo para expressar a inutilidade de seus corpos, suas mentes, suas vidas em um mundo que não precisa deles.  O mundo precisa de realidade - seja no subjetivismo da alma ...

Jogo do dinheiro do Banco Inter

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Imagem: reprodução/Twitter A caixa de pandora das segundas-feiras parece que não foi fechada ainda, nessas terras brasileiras. O dia começou com os correntistas do Banco Inter se sentindo personagens de Jogo do Dinheiro. Contas zeradas ou saldos negativos (ninguém sabe qual é a pior situação). As reclamações dos correntistas invadiram o Twitter e a resposta do Banco Inter, a melhor resposta que a instituição encontrou, foi impedir o acesso dos correntistas às suas contas, no aplicativo e nos caixas 24h, para o desespero daqueles que precisavam honrar seus compromissos hoje. Uma "instabilidade" no sistema do banco. Desde quando banco possuem "instabilidade" em seus sistemas? Isso seria o mesmo que considerar que o banco aceita perder dinheiro e não cobrar aquelas dezenas de "taxinhas" de serviço. Há algo de muito estranho com o Banco Inter e com essa "instabilidade" e não é difícil entender as razões que fizeram a instituição finance...

Gabriel Diniz e a morte na segunda

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Foto: reprodução Ibahia A segunda-feira é cheia de surpresinhas e nem sempre agradáveis.  Logo depois do almoço, quando a indecisão entre a cesta e o prosseguimento das atividades do dia constrange-me ao acesso às redes sociais, o Twitter é inundado por postagens dos veículos de comunicação noticiando a queda do avião de pequeno porte que transportava o cantor Gabriel Diniz, famoso pelo irritante hit Jenifer e por popularizar o app Tinder. Nada mudou e nem mesmo a pseudo comoção dos "fãs" histéricos nas redes sociais oi capaz de impactar significativamente no cotidiano de ninguém. A morte do cantor só interessa aos familiares e à namorado. Simples assim. A responsabilidade por esse acidente aéreo, pelo que foi divulgado, recai sobre os órgãos de fiscalização e controle do tráfego aéreo, da empresa responsável e do próprio cliente (o Gabriel Diniz, nesse caso). Não adianta postar trechos de vídeos de shows e nem dizer que o morto era "maravilhoso" por...

A questão fundamental

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Arte: The Seated Clowness. Henri de Toulouse-Lautrec. Met.  Não vivemos de política, nem de amor-romântico, nem de problematização de questões sociais e filosóficas. Não vivemos de brisa, nem de trabalho, nem de dramas supérfluos.  Vivemos de comida, sexo, cismas, estresses, metas e responsabilidades - que nos moem de dentro para fora e move-nos em direção ao progresso, senão da humanidade, ao menos pessoal.  Vivemos esperando a transa matutina com os corpos desejáveis de desconhecidos amigáveis; esperando a venenosa comida plástica vendida em programas de TV e redes de fast food; esperamos pelo carro do ano; esperamos pelo momento certo; esperamos pelo instante em que ou agimos ou nos escravizamos à covardia. Compreender que não podemos deixar para amanhã o que deve ser feito hoje é fácil.  Difícil é enfrentar as adversidades e os monstros psicológicos e seguir em frente, deixando-se degradar pela opinião alheia e pela força maligna do atraso e seguir ...

O país de Bolsonaro

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O presidente da República está tentando imitar o polêmico Donald Trump. A diferença, óbvia, vai além do convencional porque tudo aquilo que se copia nem sempre sai melhor que o original.  No Brasil de Jair Bolsonaro não existe racismo, nem pobres e nem pode haver gays. Nesse país fictício todos os cidadãos têm uma conta do twitter e os "avanços" da gestão Bolsonaro deve-se mais ao golpista Michel Temer que ao Pastor Bolsonaro. E, obviamente, tudo de ruim, ou seja, tudo o que se coloca como empecilho para se alcançar os objetivos pérfidos de um governo desprezível, é culpa dos "comunistas", dos "esquerdopatas", dos "lulistas".  No país de Jair Bolsonaro não pode haver instituições de ensino dedicadas ao aperfeiçoamento da população - principalmente pobre. Não pode haver transferência de renda. Não pode haver pensamento crítico contrário ao governo e não pode haver ideologia política diferente da que é pregada pelo partido ...

A "nova" geração cabecinha

Há um tempo a grande preocupação dos professores de língua portuguesa era a então recente criação da "geração cabecinha", jovens que  liam apenas os títulos  das notícias sem sequer  cogitar a possibilidade de acessar a íntegra do texto e assim crescer em desinformação e imbecilidade. O tempo passou e a juventude migrou para plataformas diferentes do Facebook, restando aos mais idosos a responsabilidade, aparentemente prazerosa, de continuar o legado da promoção de errôneas interpretações e da perpetracão de infâmias e injúrias decorrentes de um péssimo e destrutivo hábito de leitura. Uma geração, velha, perdida e ainda mais analfabeta depois dos 40 anos.

Uma rede "irônica"

Há de se dizer que metade dos nobres que povoam as redes sociais não conseguem ter opinião própria – apenas seguem as tendências impostas pelos poucos pensantes. Essa metade criam rótulos para aqueles que possuem opiniões e defendem-nas. Seja haters ou xingamentos qualquer, esses rótulos acabam por se tornar populares porque encerram qualquer discussão por falta de argumentos dos entendidos da internet – que não conseguem lidar com o diferente, por mais que digam buscar isso, ou com opiniões opostas e fundamentadas. Apesar de ser um ambiente livre, a rede está se tornando um espaço insípido e pouco próspero ao diálogo e ao debate construtivo enquanto os usuários não tiverem a coragem de pensar e defender seus pontos de vista. A rede, cada vez mais tornando-se estéril, está refletindo a imbecilidade humana em sua forma mais límpida. Nobres mesmo, só na ironia, ...

Alta Tensão

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As redes sociais trouxeram ao mundo real a possibilidade de causar a discórdia através do anonimato. Afastaram mais que aproximaram pessoas e as consequências, além de perseguições virtuais, ultrapassam a banalidade que costumava rondar as fofocas de calçada e passaram a provocar mortes, desespero e chor o. Em Alta Tensão o leitor encontrará a acidez de um comentário em uma postagem no facebook que desencadeia uma trama de suspense, mortes e mentiras. Remontando um assassinato ocorrido há quinze anos, Myron Bolitar tenta descobrir o paradeiro do seu irmão mais novo e tudo o que aconteceu a ele no passado quando inicia a investigação sobre a morte prematura de sua amiga e cliente. E quanto mais Myron se aproxima de Brad mais intrincado fica o enredo, envolvendo o crime organizado, tráfico de drogas, farsas midiáticas e assassinatos. Harlan Coben escreve, em Alta Tensão , sobre o fanatismo, o perdão e as escolhas nas quais as personagens vivem uma vida superficial e carente. Explo...

Registro

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Às vezes fico imaginando o quanto somos efêmeros e errôneos ao julgar as nossas (e às de algumas pessoas) decisões. Outro dia estava olhando a nova aplicação do Facebook, que mostra tudo o que aconteceu em cada dia, e notei o quanto o tempo passa implacavelmente e em tão bom humor quando não estamos esperando nada de fantástico ou incrível em nossas vidas.  Imagem: Nineteen Studies of  horses, hands and feet.  Eugène Delacroix. Sempre defendi o poder do registro (escrito, fotográfico ou em desenhos) e fico, apesar disso, surpreso com essa aplicação apenas porque revela-nos como fomos infantis, levianos ou inocentes em situações tão simplórias. O Facebook refazendo o modo como registramos a história (nossas histórias particulares) nessa nova era digital. E se por um lado somos relembrados de frases, fotos, notícias e sentimentos compartilhados, somos igualmente responsabilizados, daí em diante, a pegar leve com a exposição e com as justificativas  - afinal, ...

Snapchat

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Ter um smartphone implica ter uma série de aplicativos destinados ao compartilhamento de foto, vídeo e localização. E isso é muito importante, nessa era digital, para quantificar o quanto somos importantes, populares e bem sucedidos. Entretanto, não é ter só um aplicativo que, de imediato, estamos bem colocados. O mercado de aplicativos e compartilhamento de dados depende do quão satisfeito o usuário fica em relação às novidades da interface baixada e como ele pode utilizá-la em seu dia a dia e na sua autopromoção. Muitos APPs já saíram do mercado por falta de criatividade e outros tantos estão fadados aos fracasso por simplesmente oferecerem o óbvio em um design cansativo e repetitivo. Os usuários, a grande maioria deles, simplesmente baixam, utilizam e depois, de acordo com a experiência, abandonam por falta de incentivo para continuar ou não desinstalam por preguiça, ainda que jamais o acessem. Um exemplo de aplicativo cansativo, chato e sem sentido de existência é o Snapchat,...

No tempo da rede

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foto:  www.bandeirantes820.com.br A velocidade da sua conexão com a internet pode influenciar nos seus romances, não tenha dúvidas disso. O whatsApp pode revelar que a pessoa do outro lado, que está fazendo qualquer coisa em qualquer lugar, pode não querer falar muito, pode estar querendo paz, pode ter notado que essa seria uma “relação sem futuro”. Basta ver as reações do receptor ao visualizar a mensagem. O Facebook, rede social que tem caído no erro de promocionar propagandas ao invés de interesses reais dos participantes, propõe, entre curtidas, que o ciúme seja protagonista, nunca coadjuvante. Além disso, é o outdoor dos carentes, inseguros e pretensiosos. O twitter, o passarinho azul de 140 caracteres, salva-se por não querer nada mais que ser um microblog. Apesar de todos os defeitos das redes sociais, o pior mesmo é quando a conexão cai e as pessoas se veem sem poder refugiar-se na virtualidade das ilusões que podem ser curtidas, compartilhadas e retuitadas....

Mães virtuais, filhos de brinquedo?

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Foto: alertasaude.com  Frenquetemente, quando alguma conhecida engravida - por "acidente" ou de forma proposital -, vejo, nas redes sociais onde todos fazem questão de expor a vida e o útero, literalmente, mensagens de parabéns, felicidades e amenidades do tipo. E isso é compreensível se entendermos que nossa sociedade é composta por indivíduos que "pensam com os pés". Ninguém, no entanto, fala/escreve "força", "persevere", "tenha paciência", "olhe, não vai ser fácil!". Não! Esquecem-se de que filho não é brinquedo para passar o tempo entre um amor e outro e que tampouco é status para a mídia social dos círculos de amigos e fofocas. Filho, em um sentido bem geral, é somente o buraco negro que absorverá todo o tempo, dinheiro e atenção da mãe, e, às vezes, do pai. E isso, minhas caras futuras mães, não é pouca coisa. E por que esses indivíduos "pensam com os pés"? Ora, alguém, em juízo perfeito e com...

As trevas de hoje, a boemia de ontem

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A boemia, antes exercício natural de muitos daqueles que hoje temos como ícones literários e musicais, tornou-se um argumento desfavorável à confortável vida tranquila e produtiva do nosso cotidiano. E talvez seja isso o que torna as produções artísticas medíocres, acarretando em um insignificante diferencial no mercado de trabalho.   É durante a noite que as ideias podem fluir mais calmamente, ou não, e abundantemente. Que se pode reinventar métodos. Resolver conflitos e definir novos métodos produtivos. Nessa ausência efetiva do sol  a qual chamamos de noite, é que se pode, com a clareza de quem conhece a si e seus problemas, provocar as revoluções na música e na escrita, que sempre influenciam gerações. Mas a boemia quase acabou. Nos bares, quem sobreviveu à onda das redes sociais, não mais inova, apenas  trata de não esquecer o que viveu - enquanto o álcool permite. Nos passeios, a violência  - que dizem ser maior hoje que ontem - espantou os casais pú...