O jogador e a prostituta

Charge: crédito na imagem.

É perfeitamente entendível as diversas razões que fazem o Brasil ser um bom país e, ao mesmo tempo, o bobo da corte da ONU. Uma hora as ruas são transformadas em ringue  - literalmente - para defender ou atacar políticos e instituições e em outra os brasileiros estão preocupados com as  consequências que poderão surgir a partir da agressão cometida por um jogador de futebol vulgar contra uma mulher igualmente ordinária. Nesses momentos surgem mulheres defendendo o jogador e culpabilizando a ""vítima". Uma ironia se pensarmos direito.
O que nos importa a vida doméstica de um jogador de futebol que contrata prostitutas para espancar?
O que leva algumas mulheres a quererem o fim de outra apenas por que denunciou uma agressão? A classe feminina, além de desunida, é patética.
E se o Congresso Nacional é a pura representação do povo, não é de estranhar que o deputador Carlos Jordy (PSL-RJ) tenha protocolado o projeto de lei "Neymar da Penha" - um deboche à lei Maria da Penha e o que ela representa. Anomalia política e social desse tipo só podia sair mesmo do PSL - veja aí o presidente dos abacates.
Enquanto tenta-se tratar de assuntos sérios a mídia vendida enche as redes sociais e as páginas dos jornais com inutilidades do entretenimento como essa. E os imbecis de plantão compram essas notícias e sentem-se ofendidos em uma dignidade que nem lhes cabe, muito menos os pés ou as bolas do jogador vulgar.
Nessas horas é que dá para entender as razões de ninguém nos levar a sério.

Veja o vídeo (duvidoso) publicado que registra uma parte de toda essa "polêmica" e que dá origem à lei "Neymar da Penha":


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