Satisfação feminina




Quando se é muito doutrinado pelos megalomaníacos religiosos você poderá começar a acreditar que a mulher não é nada além de um belo rosto que deve ser adorado e "respeitado" excessivamente, destituindo-a de todo o seu potencial sexual. Não pela religião, que entre linhas e frases soltas dos escribas antigos e modernos dão a entender que a sexualidade deve ser amplamente explorada - dentro do casamento, como pregam, e sim por aqueles que já são inseguros a tal ponto que levam os outros a crer em uma assexualidade feminina religiosa apenas para não justificarem aos seus pares e ao cônjuge sua incapacidade e sua falta de criatividade sexual.
Sob as capas de loucuras antissexuais provenientes da religião há mulheres cujos corpos ardem pelo sexo e pelo animalesco que dele surge. Mulheres que não querem ser divinas, mas fêmeas que extravasam desejo e despudoramento com o macho que ela escolheu para lhe dar vida na cama, no chão, encostada à parede; em casa, no quintal, na rua, na construção abandonada ou em um terreno baldio.
Mulheres que se contém ante um vulcão ardente que se origina em sua vulva e se espalha através da sua pele para seus seios, suas pernas, suas nádegas, seu ânus. Mulheres que, intimamente, preferem ser submissas e ter seu sexo oprimido pela força e pela pressão que seus homens podiam provocar não fosse a incapacidade e as esfarrapadas desculpas masculinas. 
A ironia de tudo isso é que existem aquelas - sortudas dentro da comunidade religiosa - que conseguem ser mulheres inteiras e satisfeitas com os machos que conquistaram e/ou sozinhas, em em quartos, bibliotecas, carros...e que, só por isso, são criticadas e perseguidas por aquelas que não conseguem sequer ter um orgasmo mensal.
O mundo não precisa de santas. O mundo precisa de mulheres satisfeitas.





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