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A questão fundamental

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Arte: The Seated Clowness. Henri de Toulouse-Lautrec. Met.  Não vivemos de política, nem de amor-romântico, nem de problematização de questões sociais e filosóficas. Não vivemos de brisa, nem de trabalho, nem de dramas supérfluos.  Vivemos de comida, sexo, cismas, estresses, metas e responsabilidades - que nos moem de dentro para fora e move-nos em direção ao progresso, senão da humanidade, ao menos pessoal.  Vivemos esperando a transa matutina com os corpos desejáveis de desconhecidos amigáveis; esperando a venenosa comida plástica vendida em programas de TV e redes de fast food; esperamos pelo carro do ano; esperamos pelo momento certo; esperamos pelo instante em que ou agimos ou nos escravizamos à covardia. Compreender que não podemos deixar para amanhã o que deve ser feito hoje é fácil.  Difícil é enfrentar as adversidades e os monstros psicológicos e seguir em frente, deixando-se degradar pela opinião alheia e pela força maligna do atraso e seguir ...

Vizinha(s)

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Cond. Eucaliptus Do outro lado do quarto, no quarto do prédio vizinho, a vizinha troca de roupa. Tira calça e blusa. Refresca-se do calor. Faxina o quarto. Excita os homens do último andar do prédio de frente e irrita as mulheres do andar de baixo. Mistura a vida íntima à publicidade de celulares, fotos, sonhos e hormônios. A vizinha olha pela janela, abana-se com a mão, tenta decidir se veste a blusa branca ou a jeans. Decide tirar o sutiã. Vira-se. Revira-se. Veste-se e despe-se de novo. A vizinha é promiscua sendo natural. É gordinha com o vidro da janela, dela, fechado, e engraçada com ele aberto. Todos os dias a vizinha chega, tira a roupa e anda nua pela casa. Ela oferece água, lanche. Convida para uma tarde tórrida, com entrada pela janela do terceiro andar. A TV sempre ligada para abafar os ruídos da avenida, não os de dentro do apartamento. Sempre os de fora. A vizinha, de baixo, é sempre muito simpática, muito bonita, mas ela não anda nua. Ela não tem chance. A viz...

TV em ônibus coletivo

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Ônibus com TV em Aracaju O aumento nos preços das passagens do transporte coletivo da maioria das cidades tem provocado justificadas revoltas, manifestadas principalmente por estudantes – a classe que mais se manifesta -, pela concepção de que o aumento fere as contas de cada habitante, deixando um déficit sem precedentes no bolso de trabalhadores assalariados e estudantes sem salário. Além disso, a qualidade do transporte oferecida é vergonhosamente baixa e sem respeito ao consumidor que, sem muito esforço, se lota em pouco espaço, contrariando qualquer lei da Física. Para justificar o aumento as empresas recorreram aos preços dos combustíveis e aos impostos, o que serviu muito bem. Já para os consumidores, em Aracaju e região metropolitana, algumas linhas estão com aparelhos de Tv para divertir aqueles que mal podem se mover, dada a compressão de inúmeras pessoas no mesmo diminuto espaço. E embora a programação seja apenas letreiros tediosos sobre novelas e alguma notíci...

Televisão aberta do Brasil

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A televisão brasileira anda cada dia pior graças a preguiça da audiência! É inadimissível que em um país como o Brasil exista um veículo midiático tão deprimente como a televisão, não que o aparelho seja ruim, mas que a grade de programação é risível e digna de piedade. Importam novelas e séries de TV quando a produção literária nacional é campaz de suprir as necessidades televisivas. Uma verdadeira vergonha generalizada é o que podemos chamar de TV brasileira. Novelas e minisséries sem a criatividade natural do brasileiro seguem nos dias do povo como uma praga, destruindo a opinião pública e a autoestima da nação. Onde está a obra de Jorge Amado, de Guimarães Rosa, de Graciliano Ramos, de Luis Fernando Veríssimo, de Erico veríssimo e de tantos outros que perfazem a magnifíca literatura brasileira? Digo-lhes: em livrarias sem visitação, em bibliotecas sob um mámore de poeira e esquecimento, na memória de uns poucos leitores! E enquanto ocorre essa deterioração da cultura n...