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A questão fundamental

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Arte: The Seated Clowness. Henri de Toulouse-Lautrec. Met.  Não vivemos de política, nem de amor-romântico, nem de problematização de questões sociais e filosóficas. Não vivemos de brisa, nem de trabalho, nem de dramas supérfluos.  Vivemos de comida, sexo, cismas, estresses, metas e responsabilidades - que nos moem de dentro para fora e move-nos em direção ao progresso, senão da humanidade, ao menos pessoal.  Vivemos esperando a transa matutina com os corpos desejáveis de desconhecidos amigáveis; esperando a venenosa comida plástica vendida em programas de TV e redes de fast food; esperamos pelo carro do ano; esperamos pelo momento certo; esperamos pelo instante em que ou agimos ou nos escravizamos à covardia. Compreender que não podemos deixar para amanhã o que deve ser feito hoje é fácil.  Difícil é enfrentar as adversidades e os monstros psicológicos e seguir em frente, deixando-se degradar pela opinião alheia e pela força maligna do atraso e seguir ...

Essas flores

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Jasmim - IFAL- Palmeira dos Índios Já se foram estações, suores, amores, lágrimas e quilômetros. Milhas foram acumuladas, batons acabaram em outras bocas, perfumes saíram de um corpo a outro. Seus olhares foram para outras retinas e deixaram brilhos em muitos lugares. Meus dentes morderam outros pescoços. Seus escritos deixaram de existir e minha letra só piorou. Seu cabelo continua ruim. O meu só cresceu. Você ainda é limitante. Eu, indefinido. O céu continua quente. A grama, verde só em alguns pontos. Suas palavras, de amor, desejo e raiva, ainda estão expostas no chão - nas flores só o frescor da noite. Já se foram duas eleições presidenciais. Anos em cálculo e desencontro. Criaram programas de TV ridículos e sem graça; programas sociais. E, apesar do tempo, as fores seguem seu rumo, servindo de lastro para outros tantos romances; espalhando perfumes e cores. O castelinho ruiu; o mundo partiu; aviões caíram; ônibus mergulharam em rios; facadas, tiros e mortes acontecer...

Vida metropolitana

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Aracaju-SE A vida em uma região metropolitana é completamente desafiadora quando se tem a consciência de quê irá morrer, mas que esse é um evento que poderá muito. E é desafiador pela simples razão de que se tem uma gama extremamente diversificada de programas culturais à disposição, todos os dias, frente às opções de um futuro, cujo término já é conhecido, e que fazem com que a vida seja traduzida em simplórios números e linhas quentes de asfalto. Falta à sede metropolitana a tranquilidade de um bucolismo bem vivido, mesmo que a qualidade de vida seja alta; falta a desimportância do urgente; faltam as paixões de festas sem luxo; faltam lendas campestres mescladas com as urbanas; falta a dificuldade de manter a elegância, mesmo quando não se pode ser charmoso; falta o espírito do movimento espontâneo de pesos, pessoas e situações. Por outro lado, possui os recursos da agitação e da demasiada aglomeração de gente. Não seria exagero mencionar que os amores de uma metrópole ...