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A questão fundamental

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Arte: The Seated Clowness. Henri de Toulouse-Lautrec. Met.  Não vivemos de política, nem de amor-romântico, nem de problematização de questões sociais e filosóficas. Não vivemos de brisa, nem de trabalho, nem de dramas supérfluos.  Vivemos de comida, sexo, cismas, estresses, metas e responsabilidades - que nos moem de dentro para fora e move-nos em direção ao progresso, senão da humanidade, ao menos pessoal.  Vivemos esperando a transa matutina com os corpos desejáveis de desconhecidos amigáveis; esperando a venenosa comida plástica vendida em programas de TV e redes de fast food; esperamos pelo carro do ano; esperamos pelo momento certo; esperamos pelo instante em que ou agimos ou nos escravizamos à covardia. Compreender que não podemos deixar para amanhã o que deve ser feito hoje é fácil.  Difícil é enfrentar as adversidades e os monstros psicológicos e seguir em frente, deixando-se degradar pela opinião alheia e pela força maligna do atraso e seguir ...

As segundas e más intenções

Os invejosos estão soltos sobre a terra, utilizando os serviços públicos e indignados com a possibilidade de outras pessoas sentarem no mesmo banco de praça que eles; utilizarem  a mesma agência bancária ou o mesmo táxi. Os invejosos são velhos, jovens, homens e mulheres. São mesquinhos por natureza e de tudo fazem para manter seu imaginário poder. São sórdidos e fazem uso da religião para se passar por boas pessoas. São feios de dentro para fora. São incômodos e nunca bem-vindos. Suas mãos denunciam sua inveja e seu dinheiro, sua comida, suas roupas,  seus empregos, sua casa, seu carro, seus olhos, sua aparência, sua fé e seu Deus não serão capazes de salvar-lhes do fim ignominioso que os espera. Para eles, os outros são usurpadores de seus bens. Para o invejo, que se alimenta do desejo de ter o que não lhe pertence, nada é satisfatório.  E...