Eu te amo!

Homem, você ama outro homem e não é gay?
Mulher, você ama outra mulher e não é gay?
Não é difícil encontrar inúmeros pedidos implícitos de relacionamento em que os seres carentes procuram qualquer alma vivente para satisfazer sua inevitável sede de amor. E são apelações de todos os tipos: das mais deprimentes às mais divertidas!
O que chama a atenção não são as mulheres desesperadas e os homens metidos a conquistadores baratos, mas a capacidade preconceituosa de acreditar que todo amor restringe-se naquele que acaba na cama, esgotado entre a energia dispendida e a ansiedade de um prazer mesquinho. Para a maioria, amar outro homem, de modo fraternal e externalizar isso, é completamente inaceitável, sendo rotulado inclusive como homossexual. O mesmo pode ser dito na seara das mulheres.
Se as pessoas dissessem mais o tão famigerado e mentiroso “eu te amo” para os amigos, de modo sincero e despretensioso, sem o cunho sexual, portanto de modo fraternal, teríamos pessoas mais amadas, mais felizes, menos preconceituosas e o mundo seria menos entediante.
Não há nada de errado nesse ato inocente.
Enquanto as pessoas não entenderem o que esse maldito (ou bendito) “amo você” significa, teremos ainda muitas lágrimas, muitos desencontros, muitas pessoas reprimidas, inúmeros preconceitos e a perpetuação de uma raça de ignorantes e intolerantes.

É, eu te amo!

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