Astros cotidianos
Criam-se novos hábitos todos os
dias, sob as mais inusitadas circunstâncias, e cultiva-os do modo que é
possível. Ou sobre o medo gerado por esses hábitos ou pela influência de não perdê-los,
desperdiça-se muito tempo fazendo exatamente o que não se deve, ou o que se
deve.
Na correria de um transporte
deficiente e a pressa atrasada de um trânsito lento, o olhar tende a ir de um
lado a outro na impaciência dos fatos, fugindo ao controle do espectador, e então,
surgindo de um lugar qualquer, da mais profunda surpresa diária, a vontade aparece
para agarrar os fios de cabelo preto e envenenar a alma vivente com a mesma
sensação que faz sufocar e suprimir a objetividade necessária de uns minutos decisivos.
Na calmaria da noite, quando
tantas coisas podem ser feitas e o tempo é gasto justificadamente com a inércia
do sono, o medo de não dormir faz os olhos não fecharam levando o cérebro a um
cansaço saciado apenas durante a tarde, de cada dia e sempre em frente.
Nas manhãs, tudo começa de novo.
Os hábitos são criados em berços
de ouro e cultivados em chão de terra batida. Batida é a solução para a dizimação
desses astros do cotidiano!
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