O povo com sua voz

O repúdio aos abusos cometidos pelos Grupos gestores do transporte coletivo – não público – chegou ao estopim  quando o Movimento Passe Livre junto com mais alguns revoltados com o descaso já exercido tomaram conta das ruas em busca pela manutenção dos direitos dignos do cidadão que utiliza o serviço.
Ação empreendedora de resultados desconhecidos, os Atos de repúdio alastraram-se pelo país quase que na mesma velocidade de compartilhamentos de mensagens de apoio pelas redes sociais. Esses atos, acontecendo anos depois da última grande manifestação que derrubou o Governo de Fernando Collor, já no Brasil redemocratizado, fez acender mais uma vez a luz de atenção do Planalto Central evidenciado que o pobre de ontem – classe média de hoje - e o Povo, a Sociedade, não quer mais ser usada como joguete nas mãos dos Grupos midiáticos e políticos do País.
No entanto, na oposição da corrente de mudança que se arrastou pelo País, nem todo ato foi bem sucedido – não como deveria ser pelo menos. Em Aracaju – SE as manifestações que pararam a cidade não foram suficientes para que as reivindicações fossem atendidas pelo Poder Público e pelos Grupos Gestores do Transporte Coletivo. Na capital de todos os sergipanos, a passagem de ônibus continua com o aumento (de R$ 0,15 agora), a frota continua sucateada e não há prováveis mudanças previstas; na politicagem estadual, nada mudou, nem no Governo Estadual nem no Municipal. Os atos de repúdio, em Sergipe, pode ser considerado de efeito nulo – ou ineficiente o suficiente para não perturbar a paz dos nobres Políticos.  
Caso semelhante acontece em Palmeira dos Índios – AL. Lá, depois que todo o efeito das manifestações passou e nada mais tinha para reinvidicar, os Palmeirenses, sempre na palermice de sempre, resolveram fingir um “ato” apoiado pela oposição ao Governo Municipal e por representações sindicais. É evidente que na terra de Graciliano Ramos o objetivo não era o mesmo que no resto do País. O ato foi suprimido pela pequenez das mentes que não souberam se desvencilhar do coronelismo local. As reivindicações? Não havia, é óbvio. E tudo continua igual. Hospital que não funciona, transporte coletivo de qualidade duvidosa; corrupção instalada nas Casas Públicas. Fazer o quê, o povo gosta.
Na Capital do Agreste alagoano, Arapiraca, as reivindicações não só alcançaram os objetivos desejados como conseguiram vitórias valiosas para a Sociedade, como a meia passagem para estudantes – até então inexistente. Total oposto da vizinha Palmeira dos Índios.
E agora, quase no esmaecimento dos atos de repúdio, ainda acontecem manifestações isoladas, em todo o País, que podem conseguir pequenas vitórias. No tempo devido, transcorrido, o Povo conseguiu grandes vitórias e mostrou seu verdadeiro poder. Saiu da virtualidade proporcionada pela internet e pelas redes sociais e foi às ruas explanar sua insatisfação. O mundo viu. A Copa das Confederações teve seu brilho abalado pelo povo, como deve ser. O próximo passo, obviamente, é mudar as coisas nas urnas nas eleições de 2014. 
Resta saber: Você realmente quer mudar o Brasil, começando por sua cidade e seu estado?

Manifestação em Arapiraca -AL. Fonte: Perfis do Facebook

Manifestação em Aracaju-SE. Fonte: Perfis do Facebook



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