Repensar de novo, e de novo, pensar

Repensar.
Pensar de novo, e de novo, e de novo e de novo.
Pensar repetidamente em algo que sai do campo de visão e volta ao centro do mundo sem ao menos deixar acontecer a saudade.
Sair por aí, em banho de mar de dia chuvoso, ou em perdidos dias de sol escaldante sobre um asfalto fétido, é simplesmente quebrar a rotina dos "normais" e deixar-se ser o que realmente se quer sem o peso das obrigações que não nos moldam. 
Modelos matemáticos que descrevem biquínis, corações, flores e perversões são simplesmente fatos dos quais não se pode escapar, à primeira vista. Modelos que norteiam os gostos não podem ser verdades irrefutáveis, pois mesmo com o melhor gosto do mundo não se pode torná-lo clássico. Do classicismo todos morrem. De novidades também ninguém vive.
Repensar.
Tornar algo claro é meramente aceitar todos os ângulos pelos quais esse algo é existente, concebido em toda a sua forma. Singularíssimo, mesmo produzido em série. 
Pensar de novo.
Quantas vezes pensamos, de novo, sobre algum acontecimento? Alguma pessoa? Algum fracasso, que de repente nem é fracasso, apenas outra forma de sucesso?
E de novo.
E de quantos modos somos o novo, de novo,e  de novo e de novo?
Nem sempre somos novos, embora envelhecidos. Mas sempre renovados pela queda das células mortas.
Repensar.
De tanto pensar chegamos onde estamos. De tanto não pensar de novo,e de novo e de novo, é que não chegamos naquele ponto um dia vislumbrado. Foi aí que a realidade tornou-se mera fantasia. Foi aí que tudo pode ter dado errado.
De novo.

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