A Natureza do que somos

Temos o poder de criar formas, de inventar e reinventar, de inovar e empreender. Temos em nossas mãos o poder. O verdadeiro e inalienável poder de modificar a nós e ao outro, o meio em que existimos e aquele que ainda virá. Somos predecessores de um futuro que acontece no agora e brilha no passado.
Somos capazes de modificar, para melhor ou pior, nossas vidas, nossos destinos e nossos pronomes possessivos, ciumentos, extremos, radiosos. Somos a configuração do possível sempre que não se pode mais. Somos o que há de melhor e aquilo que de pior existe, em uma confusão de sentimentos e saberes tão certos que acabamos mentindo para justificar tanta exatidão.
Somos os deuses de nossas vidas sem a sabedoria de uma Inteligência Justa que faça com que reconheçamos nossas virtudes e nossos pecados. Pecado que se comete mais contra si, contra a própria virtude, contra o próprio espelho.
Somos tanto e tantas coisas diferentes que acabamos por sermos nada. Nada. Nada. Nada.
Portanto, somos o nada que julga a atitude alheia, que subestima o outro e todas as possibilidades que esse outro tem a oferecer, que destrói o mundo vindouro com a palavra irremediável dita hoje.  Somos o nada que percorre o silêncio e, por ser nada, existe, vive, inunda o universo com teorias e problemas solucionáveis, sem importância e sem aplicabilidade e prática para a vida, propriamente dita.

Temos tudo o que somos. E somos tudo o que temos. Então, o que temos de verdade?

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