O Diário de Suzana para Nicolas


Capa da Obra

Os amores não são mais os mesmos. Nem de amores são feitas as vidas dos indivíduos que outrora amavam a própria vida. Amores. Amores. Quem nuca?
De tudo o que se pode viver nos milhares de amores que se tem em toda a vida, desde a primeira infância, não existe atitude tão gratificante quanto o registro desses amores, os passos, expectativas, anseios, defeitos e melhorias a serem feitas em si e no mundo. E quantas vezes isso passa despercebido?
O registro do amor tido será uma das melhores formas de autoconhecimento. De saber quem é e par aonde vai.
E com esse ponto James Patterson cria um dos livros mais emocionantes e controversos já escritos sobre a vida, a morte e o amor. É emocionante não pelo fato de registrar o amor e sim por gravar um cotidiano feliz, destroçado pela ação do inesperado. E é controverso por que leva o leitor a julgar as ações dos personagens antes mesmo de eles terem explicado suas atitudes. E, junto com os próprios personagens, promove a redenção desse pecado.
O Diário de Suzana para Nicolas é um relato tão real e latente de como um amor pode brotar da casualidade e do charme, totalmente despretensioso e sem mesquinharias, que é quase perceptível a dor dos protagonistas em um triângulo amoroso compreendido e atemporal. Na obra, Patterson simplesmente mexe com os sentimentos do leitor e com a sua capacidade de perdoar a si mesmo ante a impotência diante da fragilidade humana.
Não é uma obra esquecível na gaveta. Nem um livro que se possa relembrar sempre. É simplesmente um relato que pode traduzir, de vez em quando, o que acontece na existência de milhares de pessoas, casais, solteiros, em todo o mundo.
O sucesso de Patterson, nessa sua expressão ímpar de genialidade, é mais que justificado.
E justifica-se também a mania de registrar tudo em algum lugar, porque nunca se sabe quando o fim da linha chegará. A dor nem sempre tem fim, assim como o amor.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Reunião de faces

Maníaco do Parque: entre o personagem e o homem

Nada além do que virá