A história do RESUN
O Restaurante Universitário –
RESUN - da Universidade Federal de Sergipe é praticamente um submundo dentro de
um universo cheio de contrariedades e rodeado por confusões nem sempre sem
sentido. E como qualquer mundo dotado da
espécie humana, esse submundo é deficiente justamente por causa dessa
capacidade de abrigar o homem.
A história do RESUN, a mais
recente e que não contempla as amenidades de gestão em que um político ou outro
da Cidade Universitária tenta aparecer mais que o sol ao meio dia em dia de
verão, pode ser resumida em: Ele funcionava precariamente com filas enormes e
todos os usuários insistiam em ficar escolhendo bandejas metálicas, que
supostamente eram ou sujas demais ou limpas de forma razoável, e reclamar da
comida. Então, um belo dia, o RESUN é fechado pelos políticos da Cidade
Universitária para uma tal “reforma” que durou vários meses. Depois de um tempo
quase infinito em que os alunos foram banidos desse submundo, ele voltou a
funcionar, sem a “reforma” ter sido concluída, mas com algumas significativas
modificações.
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Pratos do RESUN (UFS) |
No entanto, os velhos hábitos dos
usuários não foram reformados: eles continuam escolhendo os pratos, já que as
bandejas metálicas foram extintas. E por alguma inexplicável obsessão eles
acreditam que se o prato contiver uma gota d’água, ele estará sujo. Não se
tocam que é o ato de ficar pegando em vários pratos, com as mãos imundas de
vírus e bactérias (já que lavam as mãos inadequadamente, para aqueles que
lavam), que os tornam realmente sujos. É incompreensível essa mania!
Pense bem: se pensassem um pouco
veriam que não só eles sujam mais todos os pratos com esse mau hábito de
escolher o que não tem escolha como atrasam a fluência da fila, estressam os
demais que precisam comer rápido, mostram-se ingênuos (já que acreditar que tem
um prato mais limpo que outro é muita ingenuidade para pouca educação). E,
ademais, se acham que a lavagem dos pratos é precária então nunca pensaram como
a comida é feita, armazenada e transportada.
É evidente que isso é coisa de
quem não tem mais com que se preocupar. E
só serve para manter a cultura idiossincrática do RESUN.
As filas se foram e agora só
existe uma, gigantesca, que se prolifera assustadoramente para os lados, como
sempre aconteceu.
Os políticos esperam o fim do
período de aulas para terminar a “reforma”. E o mundo da fantasia se desenvolve
assustadoramente, abrigando o submundo do RESUN.
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