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A marcha

Não é preciso muita imaginação para descrever o cenário em que os adeptos ao bolsonarismo se encaixam nas muitas polaridades globais. Geralmente estão seguindo o líder e este segue Donald Trump e suas loucuras. Alguns indivíduos parecem ter como único ponto negativo o apoio ensandecido por Jair Bolsonaro enquanto outros são não apenas analfabetos funcionais, sociais e políticos como também massa de manobra com a qual não vale a pena debater ideias. Em um momento como esse em que o Uncle Sam mais uma ataca e provoca outras nações com o que se pode classificar como terrorismo legalizado pelo Ocidente, o Brasil perde não só a oportunidade de ser um observador responsável como de defender a paz, a justiça e o seu próprio povo.  O Oriente Médio possui uma complexidade que foge à compreensão do Executivo e da Diplomacia brasileira. Mas estes podem compreender que o Irã, assim como outras nações mal vistas pelos Estados Unidos da América também são importantes na dinâmica econômica e ...

Manifestantes invencíveis

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Foto: reprodução redes sociais.  Estudantes universitários, não-universitários, pais, políticos, reitores e servidores públicos saíram às ruas para mostrar ao governo Bolsonaro que suas ações não são aceitáveis nem à oposição nem à totalidade dos próprios eleitores bolsonaristas. Fizeram um ato democrático bem-visto aos olhos da democracia e muito condenado pelo totalitarismo do atual governo brasileiro que, travestido de uma pseudo democracia, persegue, utilizando a máquina pública, todos aqueles contrários às absurdas ideologias e aos preconceitos disseminados pelo discurso de ódio do governo. Nas diversas cidades em que houve manifestações contra os ataques do governo à educação pública e gratuita, e também à reforma da previdência, o que se viu foi o Brasil que não se deixa dominar por autoritários falaciosos que enganaram 57% dos eleitores no pleito passado. O que se viu foi a resposta da sociedade, da parte racional dela, à falência educacional ardilosamente orque...

Os passos da Nova Ditadura (2)

Quando se diz que a política influencia o  cotidiano do mais indiferente cidadão pode até parecer exagero para aqueles a quem se interessa apenas pela movimentação financeira diária ou muita pretensão para aqueles que se dizem estudiosos. Quase nunca há o meio termo, visto que este é muito difícil de ser alcançado pelo homem comum. Mas a política, independente da cultura ou da ignorância do cidadão, alcança a todos, de um jeito ou de outro. Em 2018 elegeram o Bolsonaro porque 1) defendia a família; 2) Era um não-corrupto; 3) Era um defensor da Segurança Pública; 4) Era um fiel fervoroso. Eleito, Bolsonaro mostra-se um pseudo defensor da família, um corrupto inveterado que ensinou isso aos filhos, um homem sem palavra e um ser antirreligioso. Sua política, que já havia feito vítimas fatais durante o processo eleitoral, continua matando com o aval de seus adeptos. Suas intenções de armar cada cidadão ( homens , mulheres e crianças) já fez vítimas escolares (como a chacina...

Outubro do Peito

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Reprodução: naturalb90 Outubro está chegando, mais uma vez, ao fim e mais uma vez começam a falar daquele hábito horrendo de importar a cultura estadunidense para os trópicos brasileiros. Outubro, quero lembrar, é rosa! (e essa importação é uma das poucas com verdadeira importância). A luta para a prevenção do câncer de mama é de todos e não pode ficar centrada em meros trinta e um dias; A luta é de homens e mulheres, de todas as idades. A luta é eterna enquanto o câncer matar mulheres. E o homem, o gênero masculino que adora mulheres de peitão (não falarei da bunda já que o foco do mês são os seios), precisa fazer parte da campanha, ajudando a implantar na parceira/companheira o hábito do autoexame e da busca pela qualidade de vida. Seu Jorge, outro dia aí, gravou Mania de Peitão para alertar quanto aos perigos do silicone. A mesma composição e o mesmo arranjo podem ser empregados para a mesma causa rosa já que tudo está centrado sobre o mesmo tema: a saúde feminina, o ...

O Caçador de Pipas

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O amor possui facetas que frequentemente esquecemo-nos de mencionar e que, por essa razão, tornamo-nos egoístas e mesquinhos. Esse sentimento, não raro, é vulgarizado pela pornografia e pelo ciúme obsessivo de uma relação entre homem e mulher. No entanto, o amor é mais que isso. Com Amir aprendemos que o amor é uma atenção necessária que precisa ser expressada em elogio e reconhecimento. Com Hassan aprendemos que a dedicação, a doação incondicional e a autodepreciação, quando necessária, são elementos que demonstram o amor. E não apenas isso. Amir e Hassan são os personagens que Khaled Hosseini torna humanos, sensíveis, insensíveis, pensadores, observadores, intensos e, acima de tudo, torna-os a personificação do amor e do ciúme. Em relações cheias de convenções nas quais o objetivo é a aceitação de uma sociedade estéril, Hosseini clareia o pensamento do leitor com o que realmente importa: amor, sem os estereótipos das relações – homossexual, parental, serviçal e sexual. O...

Abraham Lincoln: o caçador de vampiros

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A realidade pode ser dura demais. Ou talvez precise de uns contos realistas para se tornar um tanto mais interessante. Entre um amanhecer e uma tarde sem muito o que fazer, a realidade precisa de vampiros, dragões, fadas, bruxas, médiuns, mundos paralelos e fantasias tão realistas que sejam tão verdadeiras e tão íntimas que faça qualquer um vivê-las intensamente... ou entre meias verdades sempre contadas, a nudez da verdade um dia seja revelada. Capa da Obra Seth Grahame-Smith, em uma obra magistral, incrível e sem precedentes, recria a origem dos Estados Unidos da América através de um olhar nuca antes visto. Surpreende ao mesclar história verídica com fantasia e propõe a reflexão sobre as incontestáveis verdades ensinadas nas escolas. E, desde Bram Stoker, nunca uma obra tinha sido tão instigante e tão realista quanto Abraham Lincoln: o caçador de vampiros . Lincoln, o décimo sexto Presidente dos EUA, tem sua vida recontada através dos olhos de Seth e ganha uma das mai...

Coisas no Brasil de agora

O Brasil passa, mais uma vez, por aquele momento em que a fé nos Poderes Constituídos e na Justiça não passa de um mero falatório de fim de dia em bar de má reputação. No momento em que o escândalo em que a soberania nacional e o sigilo de pessoas físicas e jurídicas nacionais estão sendo expostos às autoridades Estadunidenses, os Poderes que regem o país – Legislativo, Executivo e Judiciário – entra em conflito na luta pela defesa ou condenação de acusados velados de corrupção no exercício de mandatos no Congresso Nacional ou na utilização de recursos privados para financiar “pequenos luxos” dos congressistas. Mensalão? Mais uma vez. Sentimento de impunidade? Reinando. O rato e a Multifacetada Coca-Cola? Estão transformando um evento isolado em regra geral como se a hipocrisia dos blasfemadores não denunciasse o refrigerante na geladeira enquanto postam mensagens de repúdio à marca nas redes sociais. Espionagem Americana? O Governo Brasileiro pensa em isolar a América Latina...

O Diário de Suzana para Nicolas

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Capa da Obra Os amores não são mais os mesmos. Nem de amores são feitas as vidas dos indivíduos que outrora amavam a própria vida. Amores. Amores. Quem nuca? De tudo o que se pode viver nos milhares de amores que se tem em toda a vida, desde a primeira infância, não existe atitude tão gratificante quanto o registro desses amores, os passos, expectativas, anseios, defeitos e melhorias a serem feitas em si e no mundo. E quantas vezes isso passa despercebido? O registro do amor tido será uma das melhores formas de autoconhecimento. De saber quem é e par aonde vai. E com esse ponto James Patterson cria um dos livros mais emocionantes e controversos já escritos sobre a vida, a morte e o amor. É emocionante não pelo fato de registrar o amor e sim por gravar um cotidiano feliz, destroçado pela ação do inesperado. E é controverso por que leva o leitor a julgar as ações dos personagens antes mesmo de eles terem explicado suas atitudes. E, junto com os próprios personagens, promo...

O silêncio das montanhas

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Capa da obra Perder alguém, que se ama, é nitidamente doloroso, mesmo que a dor não seja expressada por choros descontrolados e desespero, ela estará lá. Mesmo que os anos destruam o corpo, a alma conserva suas dores e suas lembranças mais queridas; os nomes dos algozes e as vezes em que o silêncio revelou o passado tão feliz e distante. Em O silêncio das montanhas , Khaled Hosseini conta-nos como as decisões egoístas, e muitas vezes precipitadas apenas, torna a vida de muitas pessoas diferente, estranha e infeliz. Hosseini toca nas feridas que se pode ter deixado guardadas com o medo de sofrer; expõe como é difícil deixar a quem se ama, a quem realmente ama, e partir com a dor que não será curada nem mesmo cinquenta e oito anos depois. É com muita delicadeza que o autor coloca diante do leitor o drama da perda, ainda em vida, de alguém a quem se ama mais que a própria vida e questiona-nos sobre o quanto é importante cuidar daqueles a quem se quer bem enquanto é possíve...