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Mostrando postagens com o rótulo vida

Case de sucesso

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  Obra: Couple Entering Building, with Attendant (from Cropsey Album).  Carl Friedrich Heinrich Werner MET. Não é o que temos que define a alegria que sentimos e o percurso para conseguir alcançar as metas e objetivos. Também não vão existir regras que definam os sentimentos antes, durante e depois. É a amplitude de tudo o que pode acontecer e, positivamente, nos surpreender que torna, no fim, a história em uma case de sucesso.  Aliás, sucesso não são as comparações, por vezes inevitáveis, que possamos inadvertidamente fazer. Sucesso é tudo aquilo que você deseja que ele seja e que, independemente do que for, só cause bem-estar.  Estamos aí em automóveis, em trânsito congestionado, sobrevivendo à seca ou às enchentes, revoltosos ou não com a subordinação do trabalho provocado pelo modelo tóxico do capitalismo desenfreado, esperando mais um feriado? O carnaval passou, depois de uma pandemia, como uma pausa necessária e breve no cotidiano de todos os brasileiros....

Crônica de uma vida insuficiente XXIII

O chão da sala amanheceu com os resquícios do amor saboroso e com a história dos viventes contados pelo lixo comum. Fios de cabelo, pelos brancos e pretos, algodão e forma de disco, palitos de fósforo, tiras de sacolas plásticas. Esse chão já viu dias piores. Lágrimas, brigas, desentendimentos, restos de comida, esperança e desespero. E se ainda resiste é porque resiste também a fé humana em pessoas, mais nas mortas que nas vivas. A cama continua bagunçada e o feijão preto está no fogo, cozinhando também o tempo. A vida é isso. Não apenas isso, mas isso também. A vida está nos pesos que arrastamos de um lado para outro, nos momentos inexpressivos, nos sonhos refeitos, nas reclamações, no bofe revirado pela intolerância. A pia está quase limpa. E mesmo tendo visto dias melhores, apoio para um fogareiro de duas bocas, vai ficar para trás, como testemunha do pedaço de vida que termina aqui, em mais uma história que prossegue sem tempo para cuidados desnecessários com o que é alheio. Os tê...

Absurdos cotidianos

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Arte: Women of Algiers in Their Apartment. Eugène Delacroix. MET.   Pode parecer absurdo: Ter estudantes de graduação exaustos pela falta de alimentos; Ter estudantes do ensino fundamental que só vão à escola pela merenda; Ter estudantes do ensino médio que estão se escondendo da própria família, que os oprime e são homofóbicos; Ter mulheres que se prostituem para ter o que comer; Ter mães que prostituem crianças, meninos e meninas, para ter o que comer e para sustentar-se com a exploração destes; Ter homens que não possuem o brio necessário para arcar com as consequências das próprias palavras; Ter representantes do povo que humilha e agride, verbal e fisicamente, este mesmo povo; Ter líderes religiosos que usam o medo do desconhecido para escravizar seus iguais; Ter quem adore e propague a ignorância; Ter quem invente tristezas para si; Ter quem não sabe que vive em imensa tristeza; Ter quem nunca gozou; Ter quem jamais soube viver um instante de paz; Te...

Feminismo putiano

O feminismo não é o que grupos reacionários e paranoicos de mulheres de beleza duvidosa prega. Não é buscar um empoderamento a qualquer custo, cujo saldo deixa como resíduos pernas cabeludas, barrigas e pernas flácidas e um desejo sexual reprimido. Se o feminismo fosse o que esses grupos pregam então teríamos mulheres bipolares e com uma latente hipocrisia em que dois mundos mutuamente excludentes - o da submissão sexual e o do empoderamento moral - ocupariam a mesma cama sempre que encontrassem um macho não-feminista para gozá-las em tórridas noites de sexo e depravação.  Nesse contexto, o feminismo assumiria outro caráter ou simplesmente deixaria de existir para dar lugar a mulheres submissas,  sexualmente dominadas e moralmente "rebaixadas" à categoria deliciosa e ordinária de putinhas de seus machos. Graças aos deuses regentes da luxúria e da depravação que esses grupos de mulheres não sabem o que é o feminismo e usam tais aglomerados apenas para esconder a in...

O acachapante desemprego em Palmeira dos Índios

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Foto: currículo em via pública de Palmeira dos Índios. Acervo particular. Palmeira dos Índios é o exemplo de ilusão econômica e demagogia política que tem feito vítimas sociais diariamente. De um lado temos a gestão pública municipal enaltecendo uma suposta preferência geográfica pelos empresários através de lives  e postagens em redes sociais. De outro, além das idiossincrasias dos empreendedores, há o desespero de uma população semianalfabeta que cultiva o hábito de pedir favores a políticos e empresas como meio principal de encontrar emprego e de sobreviver. A Palmeira dos Índios na visão da administração  pública está tão perto da realidade quanto a existência de Nárnia.  A Palmeira dos Índios povoada por desempregados e semianalfabetos  desesperados por um meio de vida digno é  tão real quanto a fome e o aluguel atrasado.  Essa realidade, a vida pulsante e a ilusão política e econômica que vitimiza e oprime a população, quando está não...

As segundas e más intenções

Os invejosos estão soltos sobre a terra, utilizando os serviços públicos e indignados com a possibilidade de outras pessoas sentarem no mesmo banco de praça que eles; utilizarem  a mesma agência bancária ou o mesmo táxi. Os invejosos são velhos, jovens, homens e mulheres. São mesquinhos por natureza e de tudo fazem para manter seu imaginário poder. São sórdidos e fazem uso da religião para se passar por boas pessoas. São feios de dentro para fora. São incômodos e nunca bem-vindos. Suas mãos denunciam sua inveja e seu dinheiro, sua comida, suas roupas,  seus empregos, sua casa, seu carro, seus olhos, sua aparência, sua fé e seu Deus não serão capazes de salvar-lhes do fim ignominioso que os espera. Para eles, os outros são usurpadores de seus bens. Para o invejo, que se alimenta do desejo de ter o que não lhe pertence, nada é satisfatório.  E...

O que verdadeiramente somos

Vamos vivendo como quem anda de carroça de burro, sempre sacolejando e a passos lentos sob um inclemente, levando poeira na cara durante todo o trajeto. Isso é viver? Nisso há o que agradecer? A religião sempre nos diz que devemos ser gratos por tudo o que temos; que Deus é generoso e fez-nos nascer onde nascemos para que pudéssemos aprender algo; que tudo tem um propósito. A religião mente. A sociedade e todas aquelas pessoas que dizem que só quer o nosso bem - desde que esse bem não ameace ou altere o status quo desses bons irmãos -, mentem. Somos apenas carne que se apega à ficção religiosa para não enlouquecer diante da barbárie social conceituada como pobreza. Somos a escória que não pode entrar no shopping sem as barreiras das etiquetas das vitrines. Somos molambos que se arvoram em roupa de grife, quando está estampado em nosso semblante a mediocridade do nosso ser e do nosso te...

Bovinamente demente

A vaca, ruminando intrigas, perseguindo pobres criaturas indefesas, estava calada. Constrangida por sua incapacidade reprodutiva, pela sua obsolescência ante as novilhas, a vaca desesperou-se. Mugiu, correu, destruiu a cerca, correu atrás das crianças humanas, mugiu, mugiu e mugiu de novo e ninguém deu-lhe atenção. Seus métodos já não causam mais efeitos. Seu couro, já envelhecendo, estragado pela alimentação e quase sem utilidade, evidenciava o quão pobre se tornou. O pasto, verdejante, já não podia dar-lhe prazer. Os touros que tentou conquistar já não a querem e o seu fim, por completa inutilidade, era o abatedouro. A construção simples onde se faz o abate já estava pronta – construção especialmente preparada para o fim dos retalhos bovinos de inúteis como ela. Num fim de tarde belo, quando o cheiro do pasto verde confundia-se com os tons alaranjados ...

Senilidade "respeitável"

Almejava ser respeitável. Com a velhice tendo lambido-lhe a face, encurvado as costas e tirado a visão, ela cria ser respeitável. Ledo engano. O tempo em que o único pré-requisito para adquirir a respeitabilidade era a senilidade acabara há muito – antes mesmo dos escândalos que expuseram os vícios e as atrocidades que os velhos (alguns) cometem contra crianças, adultos e outros senis. Restou-lhe, depois de tantos escândalos, conviver com a própria infertilidade, de onde a solidão brota e a enlouquece. O dinheiro que tão tacanhamente guardou, esquivando-se de pedintes e vendendo-se por parcos e vis centavos, não pode comprar-lhe companhia quando a doença atacou-lhe. E nem pode aplacar-lhe a amargura e o remorso quando, na noite, sua consciência pesou. Tarde, muito tarde, percebeu que não possuía nada – nem o respeito, nem a decência, nem uma diminuta companhia. A morte...

Nossa liberdade

Andamos frouxos! Diante das possibilidades que nos são colocadas diariamente optamos por preferir seguir a massa impensante dos nossos “iguais” a ousar pensar, escolher, preterir o igual, que a todos agrada e entretém. Não somos obrigados a aceitar passivamente a privação da nossa liberdade individual, que só pode ser efetivamente aproveitada no recônditos da nossa mente. O livre pensamento e a especulação acerca dos fatos da vida a partir dos nossos pontos de vista e das nossas concepções são nossa maior arma contra a bestialidade coletivamente aceita de que é possível mandar no pensamento alheio e ser cegamente obedecido. Somos as próprias possibilidades, livres por natureza e capazes de feitos, ainda que aparentemente insignificantes ao mundo. O que nos falta apenas é o pensar. Pensar com eficiência e eficácia.

Palavras não bastam

João Cabral de Melo Neto tem razão – a vida não se resolve com palavras. É preciso atos, fracassos, vitórias, enganos e desenganos. Quando a gente junta tudo isso é reconhece que errou, caiu, sofreu escoriações e quase morreu é que se começa a entender que viver está além das definições. Não é essa coisa que se encontra definida em livros de autoajuda e também não é apenas na Bíblia que se encontra a fórmula, ainda que imperfeita, desse ato involuntário, mas arbitrariamente escolhido, que é viver. Palavras e pensamentos são essenciais porque antecedem os atos, que depois se transforma em momentos intensos ou loucos e, depois, em história pessoal e particular. As palavras embelezam, traduzem e encantam. E só. Viver exige coragem. É isso que falta para que a gente seja real.

Humilhação autoimposta

É de se perguntar, não em não raras situações, como as pessoas vivem sobre essa terras de oportunidades-quase-inalcançáveis. Não é a dificuldade de se atingir as oportunidades que causa espanto e sim a capacidade alienada que as pessoas têm de se submeterem à humilhação pessoal de ser um ser abjeto quando poderia ser extraordinariamente refinada. Na pessoalidade da humilhação autoimposta, alguns viventes não sabem, ou não procuram o autoconhecimento necessário para tanto, que poderiam ser melhores caso se dispusessem a revirar a própria vida, a questionar os próprios paradigmas e a deixar sem solução os problemas que criou e cujo único objetivo é apenas o de ser um passatempo no tedioso cotidiano. Não que seja preciso ser um “rebelde sem causa”, como os medrosos gostam de alardear, mas é suficiente ter a ousadia para dizer não aos modismos,...

O que fica

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Imagem: Onde eu estaria feliz.  Di Cavalcanti - RJ, 1965 Nossa existência é uma verdadeira rodoviária. Há dias em que encontramos dezenas de pessoas, outros em que ninguém aparece. Há dias em que só topamos com boas almas e há aqueles em que só más pessoas dão o ar da graça. E todas, sempre, acabam indo embora, uma hora ou outra. Devíamos estar acostumados com essas partidas, nem sempre tão súbitas. Mas nunca estamos. E se pensássemos um pouco com calma nem deveríamos nos abalar com tais partidas.  Eles deixam um pedaço com a gente. Quando alguém nos deixa sob uma torrente de xingamentos e agressões físicas, marcas ficam gravadas na pele e na memória. Quando nos deixa través da mensagem de um e-mail, explicando, em muitas linhas, o inexplicável, ficamos com o receio de abrir novas mensagens até que a obrigação nos force à normalidade e tenhamos que ser leitores de e-mails com o medo do que está escrito lá, ainda que seja boa notícia. Quando nos deixa sem avis...

Adeus, Orkut!

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Perfil no Orkut O Orkut, depois de uma onda de sucesso que tomou conta de lan houses  e da vida social dos brasileiro – e não só destes-, teve seu fim anunciado com os assíduos usuários partiram para outra rede, mais dinâmica, expressiva e interativa, ainda quem bicolor e esteticamente sem recursos visuais interessantes, o Facebook. Agora, a Gigante da Web decidiu por fim de fato àquela que foi o embrião da vida social exposta e comentada. O Orkut deixará de existir e passará a ser apenas lembranças de um dia em que você ia ao ponto de acesso mais próximo apenas para olhar um scrap ou deixar um depoimento no mural de alguém. Os arquivos carregados, para quem agora é +Google, estará a salvo. Para quem não é... sabe-se lá por quanto tempo. Por enquanto a rede social azul e branco está dando certo, com sinais de cansaço e irritações pela quantidade de propaganda. Até vir outra e fazer o sucesso desta de outrora. E assim caminha o mundo das redes sociais. Ao Orkut ...

De momento

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Em frente a UFS O momento é a chave de tudo o que se pode criar de excepcional e inovador. O momento! Há quem não faz nada durante 23h e 45min e nos 15min restantes criam como se estivessem trabalhado um dia inteiro. Há quem pense e só execute no preciso momento em que todos pensam ter acabado tudo. Há quem se adianta e a coisa sai mal acabada. Não é o que fará. É como fará, em que momento fará. A fotografia de um movimento precisa de um momento específico ou para pegar os objetos estáticos ou o registro do movimento, não dos elementos – e isso requer acaso e paciência. É de se imaginar que todo mundo vê o que deseja apenas, pouco importando o que existe além da redoma em que vive. Isso é bom se a ideia é viver preso para sempre na falta de experiência. É preciso ousar, esperar o momento certo e atacar com todos os cavaleiros disponíveis, pois se o momento passar não haverá movimento, saída, chegada nem objetos a experimentar. Só o vácuo do ostracismo.

Com a sabedoria do Raio

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Há dias em que tudo está normal, com os livros no mesmo lugar, os CD’s na mesma disposição, a vida com a leve poeira do tempo sobre tudo, inclusive sobre sua própria vida – tão frágil, tão rápida, tão desgraciosa. Há momentos em que você olha para seus livros e seus CD’s e entre eles vê o óbvio: falta tudo e sobra lixo. Falta uma saída rápida ao prostíbulo familiar de uma amiga, o estudo profundo da vida alheia em uma mesa de bar ao som de um brega e na companhia daqueles que o consideram um irmão desde sempre, as histórias sobre aquela velha beata que hoje fala mal dos jovens e que no passado foi uma proeminente “mulher do povo”. Falta o movimento para tirar a poeira sobre a cabeça virtual. Sobram coisas demais: lembretes de pessoas que não gostam de você, eventos que precisará ir, leituras, músicas, ociosidades. Imbecilidades. Inutilidades. Então, como se o raio de Iansã caísse aos pés, a força para mudar começa a fluir dentro do corpo, junto com o sangue, e coisas úteis ...

Bom dia

É preciso um pouco mais de ousadia para começar um dia. É necessário, quase que uma extrema coragem, para sair da cama, cair no chão e ir andando até a porta onde um até logo será dado ao conforto e conformismo da casa. E, como também é preciso trabalhar, suar, viver e morrer, lá vamos nós, em ônibus, táxis, bicicletas, amores perdidos e desiludidos para mais uma jornada de trabalho, no reapaixonamento por si e pelas causas perdidas que tanto nos encantam. Vamos com fé, sem ela; com alegria, e talvez entusiasmo; com quilômetros de bagagem nas costas, ou apenas alguns metros; com certeza, ou a completa falta dela. O resto é estrada, casas, pessoas, roupas, quinquilharias. A falta desse resto são cafés da manhã na estrada, risadas, histórias, causos, estrelas não contadas, segredos, confidências, o nada e mais um pouco. 

Uma hora

Durante o verão, nos trópicos, existe uma possibilidade imensa que é desperdiçada todos os dias durante pouco mais dos três meses de veraneio da humanidade.  Essa possibilidade é o simples fato de ter a luz solar às quatro da manhã, todos os dias – com a rara exceção dos dias nublados e chuvosos. Aparentemente irrisório, acordar cedo durante o verão, e , diga-se, a primavera, brasileiro é uma conquista a mais quando esse fato é utilizado adequadamente, de modo produtivo, durante o tempo que ele dura. E não só acordar cedo. Fazer mais, trabalhar mais, fazer mais Hobby, divertir-se mais. É uma adição à vida e a uma gama de outras tantas possibilidades. Entretanto, quem acorda cedo? Quem levanta às quatro e observa o nascer do sol? Quem vive?

Cidade do Amor

A cidade do Amor representa muito bem seus cidadãos quando faz amor nas ruas, um amor sem sexo, atraente, mutante, fascinante, brilhante. Um amor que rompe com as dualidades dos momentos pequenos e estabelece outras tantas maneiras de expressar-se. Nessa cidade onde nem tudo é vida, tampouco a morte faz-se presente na constância dos anos, o amor passa sorrateiramente entre as pessoas e aloja-se em um coração e outro, numa boca e outra, num olho e numa flor. Cidade de outros demasiados desamores, o amor rege a orquestra dos tempos idos esquecendo-se das lembranças. Nessa cidade cada qual não tem seu palmo de chão no cemitério municipal, está cheio de amores mortos – amantes que dormiram sem saciar todo o ardor de uma desmedida paixão. A cada dia quente de muito suor é uma nova oportunidade de largar-se ao mundano amor dos corpos. Nas noites ventiladas, o amor faz-se santo nas camas de grama e colchão. Na cidade do amor, os amores são vapores inebriantes.

Ouro

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Capa da Obra Se considerasse a vida como uma corrida incessante na qual as únicas possibilidades existentes, vencer ou perder, norteassem todas as atitudes subjetivas ao desafio de ultrapassar a linha de chegada antes de todos os outros concorrentes e os fantasmas de uma vida paralela que flui como fatores que levam à derrota, então teria a própria existência limitada à frieza de uma vitória sem o depois ou à derrota sem a moral da história. Ouro é uma corrida. Na verdade, duas. Uma delas, cada vez mais rápida e vitoriosa a qualquer preço, leva Zoe a fugir de um passado acidentado, de dores psicológicas relevantes o suficiente para destruir outras vidas, inclusive a própria. A outra é uma corrida lenta em que um casal é unido pelo amor e pela dor, das horas difíceis e das escolhas que precisam fazer para alcançar o sonho sem perder as preciosidades que já foram alcançadas. De Atenas, passando por Pequim, até Londres as Olimpíadas são o plano de fundo de vidas entrelaça...