O arauto da justiça
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Foto: jornal GGN. Reprodução. |
Toda segunda-feira uma bomba diferente.
Esta semana começa com o escândalo provado pelo The Intercept em que figuras públicas e com interesses escusos são levadas ao mesmo escrutínio público com o qual jogaram em um passado recente com os ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff. No centro do palco estão o ministro do governo Bolsonaro, Sergio Moro, e o procurador do Ministério Público Federal, Deltan Dallagnol.
O arauto da justiça e do combate à corrupção vê-se agora desmascarado e posto ao julgamento popular sobre suas ações enquanto juiz e, agora, ministro.
Como de praxe, a imprensa nacional tenta reduzir o escândalo, os possíveis crimes e a máfia do colarinho branco do Ministério da Justiça a "marolas", quando na verdade são tsunamis. Os bolsominions não conseguem enxergar a gravidade da situação e os envolvidos comportam-se como os corruptos que tanto dizem detestar.
As matérias bombásticas do The Intercept prometem ir mais a fundo e o Palácio do Planalto teme que as investigações cheguem ao cargo mais poderoso da nação. E como não chegaria? Se o que a quadrilha de Sergio Moro, que aspira ser ministro do Supremo Tribunal Federal, articulou, conjuntamente com personagens ainda não conhecidos pelo público, o impeachment de Dilma Rousseff e o barramento da candidatuda do ex-presidente Lula na eleição de 2018. Não só isso, articulou de forma eficiente a queda de Fernando Haddad, apenas porque pertence ao Partido dos Trabalhadores.
A corrupção institucionalizada no Ministério Público Federal e na AJUFES ganha tons de verde e amarelo com uma luz bem forte sobre a idoneidade das ações cometidas por procuradores, juízes, políticos e defensores da moral e dos bons costumes.
Se a semana já começa transformando o herói da nação em vilão então poderemos esperar os abalos do Palácio do Planalto e da classe obscura que apoia e sustenta Jair Bolsonaro no poder, até o fim da semana.
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