Ex-mangue





Mais uma área de aterro em Aracaju, sem necessidade.

A cidade da qualidade de vida está com sérios problemas, e não é só nos transportes. Mas bem menos problemas que suas coirmãs de outros estados. O problema é que Aracaju tem muita área ou alagada, ou de mangue, ou ligada de alguma forma à água. E para promover o desenvolvimento acaba destruindo, vejam só, os manguezais.  
Alguns bairros da capital sergipana é nitidamente resultado do aterro de áreas alagadas, com alguma serventia para a natureza, óbvio. Outros faziam parte de mangue.
Em uma volta rápida, não pelas áreas visualmente belas, é notório o desgaste que o meio ambiente aracajuano vem sofrendo, principalmente no que se refere ao berçário da vida marinha. Aracaju pode ser a capital da qualidade de vida, mas é também a capital da destruição da vida marinha.
É evidente que os problemas que os cidadãos enfrentam no seu dia a dia são pertinentes e de grande valor para o desenvolvimento social e econômico do Estado, no entanto, há de se considerar que o descaso com os recursos naturais é o problema inicial das grandes mazelas urbanas.
Claro que quando se fala em reivindicar o direito a uma qualidade de vida realmente eficiente, com a proteção aos recursos naturais, até os órgãos de defesa do próprio meio ambiente recua diante das ameaças infundadas do poder público. Talvez seja por isso que não se percebe uma atuação realmente importante desses órgãos.
Enquanto todos se fazem de loucos, os manguezais de Aracaju despedem-se.
Qualidade de vida, certo!?

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Reunião de faces

Maníaco do Parque: entre o personagem e o homem

Nada além do que virá