Marajá Review

O presidente da República está tentando imitar o polêmico Donald Trump. A diferença, óbvia, vai além do convencional porque tudo aquilo que se copia nem sempre sai melhor que o original.  No Brasil de Jair Bolsonaro não existe racismo, nem pobres e nem pode haver gays. Nesse país fictício todos os cidadãos têm uma conta do twitter e os "avanços" da gestão Bolsonaro deve-se mais ao golpista Michel Temer que ao Pastor Bolsonaro. E, obviamente, tudo de ruim, ou seja, tudo o que se coloca como empecilho para se alcançar os objetivos pérfidos de um governo desprezível, é culpa dos "comunistas", dos "esquerdopatas", dos "lulistas".  No país de Jair Bolsonaro não pode haver instituições de ensino dedicadas ao aperfeiçoamento da população - principalmente pobre. Não pode haver transferência de renda. Não pode haver pensamento crítico contrário ao governo e não pode haver ideologia política diferente da que é pregada pelo partido ...

Foto: arquivo pessoal. Rafael Rodrigo Marajá.  Como é conveniente, a tragédia em uma escola de Suzano caiu no esquecimento do populacho enquanto no Congresso Nacional políticos de índole questionável lutam não apenas pela legalização e distribuição  indiscriminada de armas a quem se interessar, como trabalham arduamente para o fortalecimento de uma indústria bélica e cruel no país.  Ao invés de servir como alerta sobre a fragilidade da educação e sobre os reflexos de uma economia centrada no fortalecimento e perpetuação das grandes riquezas, a tragédia serviu apenas como argumento para aprimorar os mecanismos da violência e da  crueldade. O populacho segue sua vidinha de povo contido e domado.  O congresso segue atuando em prol de interesses duvidosos. E logo abaixo você pode assistir o vídeo da tragédia de Suzano sem cortes: