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Mostrando postagens com o rótulo São João

O Papa é lulista

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Carta do Papa Francisco a Lula. Um dos argumentos mais contundentes dos bolsominions é que o Lula e o Partido dos Trabalhadores querem destruir o Brasil promovendo a distribuição de renda e a corrupção sem limites nos mais diferentes níveis de poder do governo. Para eles, Lula e seus seguidores são antirreligiosos e estão em guerra com o Deus hebraico para fazer do Brasil uma Sodoma e Gomorra. Em articulações secretas e conspiratórias, prenderam o Lula para que ele não pudesse concorrer ao pleito de 2018. Encarceram-no, mas o povo não pode ser contido. Agora, o Papa Francisco escreve ao Lula e ressalta que a perseguição não subsistirá à verdade. O questionamento que fica, após a carta do Papa Francisco é: se o Lula é mesmo o bandido corrupto que eles pintam e um opositor à Igreja Católica e ao pluralismo religiosos, por que o líder máximo do catolicismo presta solidariedade ao Lula e não ao Jair Bolsonaro, que se diz cristão e vítima do Lula? Por que o Papa Francisco escolh...

O país de Bolsonaro

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O presidente da República está tentando imitar o polêmico Donald Trump. A diferença, óbvia, vai além do convencional porque tudo aquilo que se copia nem sempre sai melhor que o original.  No Brasil de Jair Bolsonaro não existe racismo, nem pobres e nem pode haver gays. Nesse país fictício todos os cidadãos têm uma conta do twitter e os "avanços" da gestão Bolsonaro deve-se mais ao golpista Michel Temer que ao Pastor Bolsonaro. E, obviamente, tudo de ruim, ou seja, tudo o que se coloca como empecilho para se alcançar os objetivos pérfidos de um governo desprezível, é culpa dos "comunistas", dos "esquerdopatas", dos "lulistas".  No país de Jair Bolsonaro não pode haver instituições de ensino dedicadas ao aperfeiçoamento da população - principalmente pobre. Não pode haver transferência de renda. Não pode haver pensamento crítico contrário ao governo e não pode haver ideologia política diferente da que é pregada pelo partido ...

A caipora de São João

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Foto: Palmeira dos Índios - AL. Rafael Rodrigo Marajá Às seis da manhã de uma pós-farra junina, em que a fumaça dos restos de fogueira ainda podiam ser vistos na rua e alguns poucos já se dirigiam para os seus cultos matinais, a velha do outro lado da rua já estava de pé, desferindo impropérios contra o vizinho do fim da rua porque este teve a ideia esperada de reavivar a fogueira, reaproveitando a lenha não queimada e as brasas ainda incandescentes. Alheio ao burburinho, o homem assoprava, abanava e esperava a fogueira voltar à sua plena atividade, como tinha sido na noite anterior. Aos poucos a rua ia acordando. Aos poucos a vida ia seguindo. E a velha, galopantemente, seguia seus impropérios e sua ira indignada contra o vizinho. _Agora fica esse aí, fazendo fumaça uma hora dessa. A folia já acabou – tentava argumentar a caipora que incensa a casa de todos da rua ao fumar freneticamente na rua e nas portas alheias. _Mas ainda é São João. Até São Pedro é só fumaça. – ten...

O X Cultural

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Foto: fb/Prefeitura de Palmeira dos Índios De um lado estavam os beberrões, muito bem equipados com suas latinhas de pitu e coca-cola, falando das fêmeas que se espremiam na não-tão-grande multidão que perdia o tempo olhando para o palco. As músicas de sempre, as pessoas de sempre e os namorados entediados de sempre cumprindo o oneroso papel social do relacionamento.Do outro lado, os casais que sempre usam os abandonados prédios próximo à estação para a fornicação diária, sempre depois das 22h, esperando que a madrugada desse um pouco de privacidade. O São João na tal “Capital da Cultura” estava atrapalhando o gozo da própria população, ironicamente. Entre esses dois grupos lá estava ela, de mãos  dadas com um homem e olhando para muito além do palco. Linda, o que é difícil de se encontrar em uma cidade povoada por uma velharia imortal, vestia um vestido junino curto. E, entediada, sendo levada pelo empurra-empurra daqueles que dançavam, acabou largando o homem, que desap...

Olhaí, Pedro!

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Comprei sururu, camarão, fiz batida de caju Dancei rumba e até maracatu, pra te fazer feliz Fui até Natal, Salvador, Paraíba, Macapá Em Belém você quase passou mal E eu te fiz feliz E você não gosta mais de mim Vem dizer que eu não soube dar amor E achar que a vida é mesmo assim Cada um leva um barco sofredor Anjo Querubim, Saia Rodada Pedro, o último Santo homenageado em junho, é também o mais marginalizado. Coitado de Pedro! Dizem: Santo Antônio! e comemoram o Dia dos Namorados. Gritam: São João! e a festa corre solta noite adentro com o forró, estilizado ou não, a varrer praças, salões e chão de barro. Mas e Pedro? Bom, o dia de São Pedro é comumente chamado São João mesmo. Ninguém tem um “amor” ao qual homenagear, ninguém se importa muito se Pedro é João. O obsoletismo tomou conta dos últimos dias de homenagem desde que a consciência tomou conta do homem. E essa é uma tragédia que anunciou muitos eventos destrutivos: o forró cada...

Dias de junin

Finalmente junho! O tão saudoso e anualmente repetitivo mês junino apresenta-se em 2014 com a carga de um mundial futebolístico nas terras brasileiras, com a pressão de uma eleição presidencial, com greves convenientemente planejadas para os dias de jogos e de repercussão de propaganda política. É o mês em que todos os nordestinos, e turistas que conhecem o nordeste, esperam com animosidade e paixão pela cultura da região. Comidas típicas, danças regionais, motivos para ser simples são algumas das razões que fazem de junho o mês de maior espera. E vez ou outra acontece de a normalidade junina ser perturbada com a globalização e massificação de eventos passageiros, sem grande valor para o cidadão comum. No caso: Copa do Mundo, Olimpíadas... Em outras, em períodos regulares de quatro anos, as eleições para o Chefe da Nação provocam apenas um pequeno movimento, sem prejudicar muito a ordem estabelecida pelos santos. Aliás, falando em santo, quase ninguém lembra que os tais São J...

Vem São João, vão-se os turistas

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Obra de Antônio Fernandes A maior festa do nordeste, a festa junina, aproxima-se a passos largos e com a vontade de sempre e de todos os nordestinos de fazer o corpo suar, ainda que a temperatura esteja baixa. E vem com todo o forró, alegria e animação de sempre, embora cada festa seja única e inalienável – nem mesmo a televisão é capaz de deter os nordestinos durantes essas comemorações. No entanto, é preciso notar que o sucesso popular dos festejos juninos tem sido comprometido pela falta de atenção e descaso de algumas prefeituras que tornam as festas meras elementos cotidianos em que a banalidade destrói todo o charme do forró e da tipicidade desses festejos. Sem muito esforço, é possível perceber que a falta de infraestrutura de transportes, hospedagem e a duvidável qualidade das atrações não só espantam turistas do município como também faz com que os próprios munícipes procurem alternativas em outras cidades. O resultado imediato é o pouco aproveitamento turístic...

São João

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A festa de São João é realmente surpreendente! (...)Não é coisa de momento, raiva passageira Mania que dá e passa, feito brincadeira O amor deixa marcas Que não dá pra apagar(...)                                                  Fagner Sexo oral ao vivo em show, no Piauí! Se em uma praça, têm-se os presentes que o destino traz, em um galope apressado. Presentes que podem ser pessoas, fatos, abraços, beijos, mágoas contidas, sorrisos forçados e uma casca que se diverte como ninguém. E pode a praça não ser tão independente, nem tão boa como em outros tantos lugares. No entanto, é o lugar onde se deve estar uma vez que o que se quer de verdade só pode ser dito e sentido com profundidade através de uma boa toada! Nesses shows abertos ao público geral acontece de tudo: de cachaça mal tomada à sexo oral no palco. Bom, as duas coisas são boas e passíveis d...

Festança Junina, oxi!

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A festança nos trópicos brasileiros começou e será um mês de comidas típicas, uma  milharada, danças regionais, forró - a mais evidente, e muita diversão para todo tipo de gosto. O nordeste é o berço dessa festa toda e da mais clara e contagiante manifestação popular do Brasil. Se o poder emana do povo, as festas juninas é a bandeira de todo esse poder e do que a aglomeração popular é capaz de fazer. Da Bahia ao Maranhão, o povo irá cair no forró, mesmo que o decadente forró eletrônico, em uma contagiante chama que sempre foi capaz de fazer parar qualquer atividade nas terras de grandes personalidades- o nordeste. Cada estado com suas riquezas e suas tradições, esbanjando cultura e conhecimento, lendas e artesanatos, sorrisos e muita história para uma reveleção inesperada nas noites em que os três Santos são festejados. Embora as datas sejam fixas e poucas, nada impede que todo o mês de Junho seja uma continuação interminável de comemoração. Infelizmente, as festas junina...