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Mostrando postagens com o rótulo Sergipe

A visita da morte em Umbaúba

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A vida, sempre efêmera, não pode ser vivida com dignidade e, no curso natural dos eventos, não há morte com dignidade, por mais que tentemos nos enganar. Essa morta, insidiosa, está sempre pronta para levar os vivos em cada vão momento. Sorte de quem pode escolher como e quando morrer; quem não pode, por outro lado, acaba sendo vítima dos caprichos dessa dama invisível. Ontem mesmo, em Umbaúba, aquela cidade em que a Polícia Rodoviária Federal torturou e matou um brasileiro negro à luz do dia como prática de perpetuação do racismo e da divisão de classes, foi palco de um desses caprichos.  Vindo de direções opostas, na pressa de um sábado atribulado, duas motocicletas colidiram levando um condutor, cigano, a óbito. O outro condutor, tentando viver, foi assassinado pelos parentes do já extinto motocondutor como forma de retaliação. Ciganos, os assassinos, foi o que disseram e, pelo que corre nos grupos de aplicativos de mensagens instantâneas, é que esses ciganos já possuem certo do...

O vivente da barra da manhã

 Ultimamente o sol nasce entre dizeres e brisas à rua. Às vezes com a presença de desvalidos sob marquises e, em outras vezes, com o caminhar lento de felinos perscrutando os resíduos da noite comercial anterior. Hoje mesmo, quando a barra da manhã já apresentava os sinais de um colorido primaveril e escorpiano, uma criatura mal-humorada rompeu pela rua, chutando o lixo, xingando os animais vagabundos, omitindo-se a saudações. Uma criatura que deve ter se revoltado com a cena matinal, nada explícita, menos ainda implícita. Talvez a revolta seja por uma vida inteira de trabalhos humilhantes e de um cotidiano mecânico, quadrado, ditado pelas convenções sociais e religiosas. Faltando-lhe carnes sobre os ossos, sobrando-lhe amargor, quem nunca foi, um dia, como tal vivente? Um dia qualquer. Uma manhã nascente não costumeira.  Sem sexo, sem explícitos, faltando implícitos - um dia na viada vida periférica que se acomoda entre quereres e transtornos.

Sempre esquecemos o mais importante

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Aquela sensação de esquecimento vai corroendo as bordas da empolgação como um ácido fraco e persistente que foge do encapsulamento pseudo seguro.  Pensamos que esquecemos de fechar a válvula do gás, apagar a luz, trancar a porta, guardar a comida na geladeira, fechar todos os registros.  Que bobagem crer que não vamos esquecer de nada e acabamos esquecendo sempre as coisas mais importantes e, por isso mesmo, as mais bobas.  Esquecemos até do tempo, esse mesmo tempo que fingimos apreendê-lo em relógios, smartphones, números em agendas e, no auge de nossa pretensão, em fotografias e vídeos. Esquecemo-nos dele e ele jamais nos esquece.  Na rodoviária o rapaz passou correndo, um foguete em meio à babel de caixas, cores, pessoas e emoções, para não perder o ônibus que acabara de fechar a porta. O tempo não espera por ninguém. O motorista, imitando esse Deus implacável, também não espera, embora pudesse e devesse, em nome do bom atendimento ao cliente.  O ...

Amor em oito mãos

É entendível ter três mulheres, em cidades diferentes, com aspectos culturais e físicos ímpares. Uma tem a cor da terra agreste, embora a delicadeza torne-lhe ainda mais bela à luz do sol nascente. Outra tem o frescor da noite, manhosa como uma fera em rara descontração. E a terceira possui o vigor de dez furacões em terras virgens de intempéries tão violentas. Quando sua casa é o mundo, o abraço terno e forte faz-se presente em braços coloridos, de nomes diferentes, com desejos desiguais. Há orações no almoço. Há lascívia na sesta. Há paixão bruta no amanhecer. Pode ser que alguém brade que isso seja só safadeza. Pura maldade com o coração nada romântico delas.  Elas sabem, mesmo que não digam, que é preciso mais de uma mão sobre a carne que lhes pertence em rateio.  Sim, elas bebem o mesmo leite, amassam a mesma carne, batem no mesmo lombo.  E isso é o amor em faces diversas.

Em trânsito reverso

Parado em Estância. A cidade mãe continua sendo o ponto de parada obrigatório do qual nada me livra, nem mesmo minha pressa ou sono fingido. A luz da precária rodoviária fere meus olhos e abala a minha forçada necessidade de dormir. De novo, parece até que Belchior compõe ao meu lado, penso em uma rede branca e um cachorro (mas sem mulher companheira, eu mesmo me basto, de tantos e variadas formas).  Estou voltando, não para ficar, porque mais de 400 anos depois de fundada São Salvador merece algumas chances de superar velhas-recentes e pessoais arestas.  E mesmo correndo o risco de parecer um repetitivo e cansativo clichê preciso admitir que volto igual, mas não o mesmo. Tenho ideia do meus branquíssimos fios de cabelo; das minhas limitações físicas (mais orçamentárias) e das minhas superações (que muito aumentam meu valor de mercado).  Não tenho ideia, ainda, do que poderei me tornar se os eventos aleatórios da vida me fizerem retornar apenas com outro ano de diferença....

Dia de feira

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Photo: Alfred Thompson Gobert. Louis-Rémy Robert. The Met.    Eu vi o dia ir esfriando, amenizando o tormento de uma temperatura acoitadeira de pobres diabos que busca o pão de cada dia - nem sempre de forma digna.  Da minha mesa de bar eu vi o casal que envelheceu com  o costume de tomar uma cervejinha depois das compras na feira. Vi os bêbados que se escondem nas sombras sociais, sempre esperando uma fatia de vida não viciada, languidamente jogada por qualquer passante.  Vi velhos conhecidos. Vi o desespero por maiores vendas. Vi mais um dia que se consumia em rostos gastos, em rotinas cansativas. Vi a noite caindo sobre todos - sobre a minha cerveja e o meio jeito inexpressivo de observar. Vi-me em rostos diversos, vestindo roupas desobedientes à moda corrente, falando a outrem sobre preços e leves pornografias. Até que todos começaram a ir embora e o bar ir esvaziando.  Até que tudo mudou, como sempre muda. E a vida, mutante sempre, transformou-me no bo...

Dia 02

  Vídeo recebido por whatsApp. Gravado em Aju-SE. É dia santo. No mar a Rainha, Princesa, Força e Energia, é adorada. Longe do mar também. Em tudo ela está. A todos ela abençoa, ouve, afaga, escuta.  Mãe. Sereia. Deusa. Em terra também é dia útil - os verdadeiros Desuses, vulgarizados no título de meros santos, não ganham feriado (degradante herança colonizadora) - em que o pobre, com menos dinheiro, menos dignidade e menos espaço de lazer, continua pegando ônibus urbano lotado onde a peste se faz presente, embora ignorada pela demagogia prevencionista.   Para o pobre não há pestes aos olhos de empregadores, governantes e aos próprios olhares. A peste foi elitizada juntamente com as medidas de prevenção. Eis a realidade. E ocupado em chegar no horário para bater o ponto do dia de trabalho ou para chegar em casa, estafado, sem forças para pensar, o pobre não reflete sobre si e a sua situação.  O segundo dia tem velhas hipocrisias, antigos cabrestos, nenhuma novid...

Pobrices de quarentena

A quarentena entre os pobres do Rosa Elze parece as festas de fim de ano, só que em Março e sem muita água celeste para encerrar o verão. Os meninos pobres ainda soltam pipas na rua e as meninas saem à noite para brincar - uns seguram objetos cilíndricos que os ligam a pipas, mesmo à noite, outras correm para colocar objetos igualmente cilíndricos na boca. Os pais? bêbados que dormitam o dia todo e quando a noite finalmente cai correm para dentro de casa para ou produzir outro pequeno demônio ou assistir às reprises de novelas. A rua fica aí, cheia de gente esperando que a pandemia seja trazida na carona dos traficantes. Uma varredura de doença que pretende acabar com os pobres, velhos e novos diabos, parece nunca chegar nas ruas mais periféricas dessa que, dizem, é a cidade mãe de Sergipe. Poeira, drogas, baixezas de todos os tipos  - nada de novo durante essa quarentena que parece estar longe do fim. ___________ Acesse e leia: Anjo da Guarda  (Amazon) ...

Crônica de uma vida insuficiente XXIV

 É meio-dia.  A vizinha da frente, como de hábito, está na porta, solitária, olhando uma rua que a ninguém interessa - seja pelo lixo, seja pela inexistência de algo interessante. Ela fica sentada à porta sempre que a cerveja acaba e os amigos de copo se vão.  Uma vida baseada em agradar para não ficar sozinha é inútil, triste e deprimente. O rosto está queimado pelos raios de um sol inclemente. Suas expressões, embrutecidas pelas ressacas e por sonhos não satisfeitos, derretem com o passar do dia. E mesmo a música, a carne assando na churrasqueira e a cerveja, nas várias vezes que promove  seu sadio divertimento não são capazes de alegrar, o coração e a alma, desse periférico cotidiano. Um dia ela vai morrer e o que terá para deixar como lembrança? O álcool, os amigos, as carnes digeridas - nada será seu epitáfio.  

Trabalhador Brasileiro III

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Quando vemos aquelas campanhas publicitárias que querem nos levar a crer que há empresas comprometidas com o bem-estar dos stakeholders podemos até acreditar, mesmo sabendo que a verdade nunca esteve tão longe. E então, em épocas de pandemia, quando todos repensam a vida e o próprio papel no mundo, relatos como o que segue surgem. Eu gostaria de saber até quando a estupidez será aplaudida e o abuso e o assédio será uma constante na vida do trabalhador assalariado. Todo cuidado conta, Drogasil?

Prioridades de Isolamento Social

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Foto: reprodução/Tumblr. "DECRETO Nº 40.576 DE  16  DE  ABRIL DE 2020 , do Governo do Estado de Sergipe, estabelece (...) Art. 2º Ficam prorrogadas até dia 24 de abril de 2020, as medidas de isolamento social previstas no art. 2º do Decreto n.º 40.567, de 24 de março de 2020, com exceção das seguintes atividades comerciais, cujo funcionamento passa a ser autorizado, nos termos deste Decreto: I – hotéis, motéis e pousadas, sendo vedado o funcionamento das áreas comuns de lazer, os restaurantes, bares e salas de auditório; II - lojas de material de construção;  III – imobiliárias;  IV - concessionárias de veículos;  V - lojas de auto-peças;  VI - cartórios e tabelionatos;  VII - escritórios de arquitetura e engenharia;  VIII - empresas de assistência técnica;  IX - óticas; (...)" A maior e interessante preocupação dos cidadãos sergipanos parece ser o funcionamento dos motéis , e...

BolsoVírus em Aracaju

Vídeo: Aracajuano mostrando a "farsa" da COVID-19. O período de isolamento social nunca será tedioso enquanto houver um celular na mão de um bolsonarista . A presepada da vez é a denúncia de gasto do dinheiro público em...saúde. Claro que faz parte dos bolsonaristas (e nenhum que conheci fugiu a essa regra) querer para si tudo o que o Estado pode oferecer e negar a outrem o mesmo direito. Eles reservam o direito de ser proprietários exclusivos do desvario e da ausência da análise crítica e ampla das mais variadas situações políticas, econômicas e sociais. Para o bolsonarista aracajuano é absurdo que o comércio esteja temporariamente fechado e que os governos estadual e municipal preocupem-se com o bem-estar dos sergipanos, mesmo que o número de óbitos e infectados pelo novo coronavírus esteja "pequeno". No entanto, mesmo em estados com altos índices de mortos e infectados os bolsonaristas ainda resistem a ideia de promoção da saúde pública.  O que os ...

Fármacos ladrões

Enquanto os mortos pela COVID-19 começam a chegar aos cemitérios e preocupar as prefeituras que não sabem o que fazer com os cadáveres e os potenciais moradores da Cidade dos Pés Juntos, uns indivíduos continuam mantando a normalidade - de pilhagem, roubos, furtos e assassinatos. E, geralmente, são as lojas de serviços essenciais que acabam sofrendo ainda mais com os ilícitos. Em Aracaju, a rede de farmácias Drogasil normalmente trava uma guerra contra os furtos e roubos que ocorrem em suas lojas - e estranhamente, mesmo com provas materiais, nunca comunica à autoridade policial - e teve suas estatísticas de produtos roubados engrossada durante o quadro pandêmico. Essa semana, em uma de suas principais lojas da capital sergipana, a Drogasil foi mais uma vez alvo de ladras - que sempre visam os produtos mais caros e que, a partir do que frequentemente ocorre, os furtos e roubos são previamente planejados no que se refere aos produtos-alvo. A Drogasil, que contrata pessoas para o a...

Elite bolsonarista

Vídeo da internet A dona da Mercearia Gois, ali na esquina, anda às avessas desde que as primeiras informações sobre o novo coronavírus ( COVID-19 ) foram divulgadas - em parte porque ela pertence ao grupo de risco (tem problemas respiratórios) e lida diariamente com o populacho do Rosa Elze (o povo das ruas de trás). Para piorar um membro de sua família (um tio) está infectado com a doença da moda.  O GBarbosa do Eduardo Gomes está como outros supermercados da capital - ora controlando a entrada de clientes enquanto fecha os olhos para as aglomerações em suas portas, ora sem nenhuma preocupação com os clientes dentro da loja. O varejo informal está dando os últimos suspiros na periferia porque os "empresários", na maioria, não se preparou para as flutuações naturais de preço e de disponibilidade de mercadorias, tão naturais nesse setor econômico.  Enquanto a economia formal e informal anda tropeçando em ações danosas do governo Bolsonaro , muito antes do espalh...

O coronavírus no Rosa Elze

Em dias de quarentena o pior que se pode fazer é sair às ruas e ter contato humano - não pelo vírus, pela baixeza das expressões humanas populares. No país Rosa Elze, o coronavírus está em outro patamar - naquele em que a maior preocupação é pagar as contas mesmo e tentar sobreviver, como ocorria antes da pandemia. Na loja do GBarbosa do Eduardo Gomes apenas 50 criaturas podem estar dentro da loja. Tudo bem, é medida preventiva. O problema está na porta, com a atendente de máscara apoiada no queixo e luvas que em tudo pega e que é usada para coçar olhos, nariz e pele do rosto. Da porta para fora, a fila se agiganta e a distância mínima não é respeita porque ninguém quer ficar ao sol ou mais distante da porta que dá acesso ao paraíso do bairro. A agente de saúde, parada no meio da rua e gritando, entre críticas ao governo estadual e federal , tenta fazer com que as pessoas tenham consciência, principalmente os idosos que estão beirando a senilidade, constatada a cada palavra por...

COVID-19: a irresponsabilidade em Aracaju

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Foto: circular da administração do shopping Jardins. Aracaju-SE. Enquanto medidas duras e necessárias estão sendo tomadas em todo o mundo, o Brasil segue sendo o país em que a irresponsabilidade tem casa e jardim. E Aracaju, tão popularizada como uma capital da qualidade de vida, tem que ser agraciada com o troféu de cidade ícone da irresponsabilidade latente desse país. Os shoppings seguem abertos e tornando-se focos de disseminação do novo coronavírus . Relatos de profissionais da saúde que reconhecem pacientes infectados e que transitam no shopping jardins são frequentes e os próprios pacientes, ao entrarem nas farmácias, indicam que estão em quarentena e, por não ter opção ou tendo, vão às compras, fúteis ou não. As medidas tomadas pela Prefeitura de Aracaju, conforme publicadas nas redes sociais, prezam pela manutenção da continuidade da circulação de pessoas e segue na contramão do que capitais como Salvador e São Paulo já fizeram.  Que os profissionais que trab...

O raiar cotidiano

O verão é engraçado e, até certo ponto, estranho. Enquanto que em Londres existe o cotidiano de o sol estar presente até as 19h, abaixo do equador o sol fica, no máximo, até as 18h20, no verão apenas. O sol começa a nascer um pouco mais cedo também e às 6h já existe um quê de dia alto.  Há manhãs que começam frias, depois de uma madrugada fresca, cujo prenúncio não é o de nada menos que um dia de sol a pino, inclemente, escaldante. Um tipo de sol que somente os pobres e trabalhadores a céu aberto e os usuários de transporte coletivo podem classificar de infernal, se o este for mesmo quente. À seis horas, com uma brisa fria e os raios solares inclinadamente presentes na rua e nas paredes de casas inacabadas, a rua Mabel de Assis Santos ainda dorme. O homem da esquina, idosamente caduco e com má fama, ainda não ligou o som do carro com os hits dos anos dourados. A mulher da casa em frente, exímia gastadeira da herança deixada pelo marido morto e paga pelo governo, ainda não a...

O muro da Senhora do Carmo

Os fiéis da Capela Nossa Senhora do Carmo, logo após a "faixa", bem pertinho do Sergipetec, nem sonham que suas contribuições financeiras, suas quermesses, sua devoção servem a fins ainda mais nobres quando a Capela está fechada e o breu da noite encobre essa terra tão quente nos dias ordinários. De frente para a porta de entrada, em certas noites quentes, mãos ainda mais sedentas percorrem o quadril da jovem mulata, acariciando suas coxas, apertando cada reentrância. Essa mesma mão que procura a porta do céu, como bem ressalta Luiz Caldas, provoca fricotes pelo corpo todo de uma inocente impúbere que mal sabe o mal que o falo ligado à essa mão pode provocar. Ela senta nas pernas magras do malandro e acomoda-se para abrir a boca de forma suficiente para deixar sair os diminutos e excitantes gemidos. Passos ritmados fazem a dança frenética momentaneamente hibernar para logo depois voltar com ainda mais força e sublime desespero. Em outras noites, em pé, apoiados ...

O fim da Petrobras

Vingança? Entreguismo das riquezas nacionais? Perguntas como essas permeiam a cabeça da população nordestina desde que se tornou pública a decisão da Petrobrás abandonar as operações, lucrativas, em todo o nordeste. Coincidência ou não, essa é a região de maior rejeição ao bolsonarismo e que não esconde, em alguns estados como Bahia e Sergipe, a dependência econômica da Petrobras. Em Sergipe, estado com uma das maiores e mais recentes reservas de gás da costa nordestina, a Petrobrás iria explorar a lucrativa descoberta com a ExxonMobil .   Gerando, literalmente, milhares de desempregados, a estatal engrossará os dados sobre desemprego enquanto Jair Bolsonaro incentiva um modelo de governo autoritário. O nordeste agora passará a ser ainda mais prejudicado. E o que faz o governo federal? Governa para a elite extremista, dizem alguns.

Transporte Escolar

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Foto: acidente com ônibus escolar de Capela. 10/09/2019. Fonte;; redes sociais. Alagoas amanheceu sob a ação da Polícia Federal cujo objetivo foi executar mandados de busca e apreensão relacionados à Operação Casmurros. Que o transporte escolar de crianças e adolescentes sempre foi, e é, um problema crônico no estado alagoano, todo mundo sabe, vive e convive (é só questionar as condições do transporte para estudantes de instituições de ensino dos diferentes níveis de governo). A Controladoria Geral da União em Alagoas finalmente pareceu agir, embora não do modo que se esperava. Um avanço, principalmente nesta época de governo arbitrário travestido de democracia. Em Sergipe, um acidente, na terça, 10 de setembro, envolvendo o ônibus de transporte escolar de Capela assustou os discentes e fez com que todos os ônibus retornassem ao município. Dessa vez não houve vítimas. Dessa vez não houve. O transporte escolar precisa ser auditado e tratado com o mesmo rigor com que os b...