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Mostrando postagens com o rótulo Sex

A desconhecida do Morro do Chapéu

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Mal havíamos saído do terminal rodoviário e o sol já havia começado a se pôr quando a mão alheia havia começado a tatear a minha calça. Ao lado, sabia, havia uma viajante cansada e entediada pela viagem ainda mais longa que a minha. Olhando pela janela eu via a paisagem deixar de ser urbana. E deixava, não completamente passivo, aquela mão passear, apertar. Libertar a mim com a naturalidade de quem toma o leite morno antes de dormir. Sentindo sua mão tremer no compasso dos defeitos da rodovia, eu via  a vegetação à beira da estrada e as peças de artesanato locais. E babava. E sentia. E gostava. Era a viagem certa, com a desconhecida perfeita.

O abstratismo de fim de tarde

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Óleo sobre tela: O Pensador: Retrato de Louis N. Kenton. Thomas Eakins. Metmuseum.   Andando despreocupado pela calçada, escondendo-me do sol terrível desse pedaço de chão sulamericano, sente o cheiro do sexo, da transa, do vendaval de tramas e ideias que coabitam minha imaginação e meu corpo. O caminho tem se mostrado fácil, com algumas pedras à margem e alguns animais maltratados. As fofoqueiras velhas e os homens em fim de carreira estão sempre sentados à porta ou à sombra, autorizando a vida alheia, esperando meu "bom dia" ou minha saudação mecânica.  Palavras que nunca recebem, independente de quanto se esforcem. Ah, o sexo! Seu perfume passa das minhas mãos para os objetos que toco e a excitação de uma transa qualquer, à montante ou à jusante da pequena caminhada, paira sobre a curiosidade do fiscais da rua. Ando despreocupado. Sinto cheiros iguais. Colerizo-me com os maus tratos sistemáticos contra animais, sempre indefesos e vítimas da carência e do egoísmo humano....

O homem domesticado

Passada a novidade de um isolamento social e de uma doença potencialmente exterminadora, embora não a única, a sociedade segue seu curso egoísta rumo a mudanças dramáticas. E se a saúde tem sido o assunto dos governos, nacionais e internacionais, o sexo e as lacrações entre pessoas inexpressivas, por mais fama que possam angariar, têm sido a pauta do diário das redes sociais, as vitrines do século XXI. E enquanto o mundo virtual convulsiona com as exposições de anônimos, famosos e mentiras, o cotidiano segue sendo alterado em diversos aspectos e nem sempre de forma reversível. E é nessas mudanças que muitas mulheres acabam tendo que ir trabalhar, todos os dias, em meio a pequenas e médias aglomerações, enquanto seus homens ficam em casa, dispensados do trabalho ou em Home Office ou simplesmente parasitando a vida social e econômica dessas mulheres, das mais diversas idades. O papel do homem, como provedor de sua casa ou de sua fêmea não é mais a questão, mas sua utilidade social em te...

A conservada dos conservadores

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Prestes a completar dezoito anos, a família planeja dar-lhe um notebook. Muito louvável o pensamento de que a " menina " de um aparelho para estudar - inclusive para o enem. A família faz-lhe os seus gostos - comida vegana, transporte urbano por Uber , tolerância a um namoro de benefícios questionáveis e manhas que não cabem em uma ordinária descrição são o piso sobre o qual edificam um comportamento autodestrutivo, em vários aspectos. Agora esqueceram que a mocinha perde-se entre a casa e a escola e é encontrada horas depois na casa do namorado (e só o pai nem sonha com isso), não tem disposição para estudar nem o abc do ensino médio e a própria casa não sabe o dia que foi varrida. Mas a bichinha merece um notebook para estudar, durante o dia, porque durante  a noite ela vai estudar virtualmente o que já está cansada de estudar no namoradinho mais velho. E o que isso tem de mais? Na verdade, nada, não fosse o fato de o referido núcleo familiar não se arvorasse...

Mocinha do Papai

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A filhinha agrestina do papai, de repente (para os pais), chegou em casa com o namoradinho e cumpriu todas as formalidades que ter um namorado, para a arcaica cultura do interior, requer. Apresentou as credenciais do rapaz, garantiu a boa procedência e jurou nada fazer que desabonasse o bom nome cristão da família. E, de fato, cumpriu tudo o que havia dito: namorava em ambientes de fácil circulação de pessoas da casa, de preferência durante o dia e com a presença, direta ou indireta dos pais na casa. Uma boa garota. Mas o demônio atenta e a jovem ninfa sabia que, em casa, sob seu domínio, podia pegar e dar-se sempre e da forma mais conveniente; e gozando de boa reputação em casa, ninguém diria...que enquanto respondia as indagações mais banais do familiares tinha em suas mãos o órgão fálico de boa procedência e no mamilo a língua credenciada do rapaz. Entre as pernas, com muita regularidade, as mãos santas do namoradinho a fazia sua prece diária ao prazer rápido e a um gozo ...

Amor de neon

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Das mais diferentes formas que um relacionamento pode surgir a pior é aquela que tem o sexo como parâmetro. E se somar ao sexo o desejo por uma vida cujo padrão em que obrigatoriamente é preciso ter filhos e a necessidade de não se sentir solitário, isto é, a possessão de uma vida "vazia", há, então, o surgimento de uma fórmula fadada ao fracasso.  Não raro ainda vejo homens que, após uma trepada ou duas, declara amor eterno (por incrível que pareça) e recorra ao bom  e velho vinho  com chocolate, em casa (quando já mora sozinho) ou em um motel barato, para oficializar um relacionamento que surgiu quando a mulher estava com o falo na boca  e depois quicando palavras de incentivo no pré-gozo. O vinho retira fácil a lingerie de certas mulheres e encoraja rápido certos homens frouxos. Tudo o que ele não faz é tornar a fantasia de momentos noturnos em cotidianos diurnos..  O amor diz que chega e o tal sim (a quê exatamente nunca e bem definido) acaba sen...

Bofetes

Mulher, como bem salientou Nelson Rodrigues, gosta mesmo é de apanhar. E quando não apanha sente falta e procura quem lhe esquente as faces. Tão verdade que jamais conheci fêmea que negasse umas boas bofetadas, na cara ou na bunda, antes ou depois do sexo (cada uma com suas próprias preferências). Assim, aquelas que dizem que não gostam de apanhar antes, durante ou depois da selvageria sexual possuem, certamente, um quê de loucura que precisa ser urgentemente tratada, pois, a despeito do que pregam certas "feministas", a mulher, termo aqui referente apenas  ao gênero, gosta mesmo da submissão e da possessão pelo macho que escolheu.  Esse comportamento, obviamente, entra em rota de colisão com alguns princípios de algumas doutrinas religiosas que insistem em idealizar um comportamento arrogante e déspota. Como pode regras religiosas determinar a posição sexual preferida da mulher e ditar-lhe se pode ou não apanhar durante a hora sacana? Deixando de lado essa idiotice r...

Sem restrições

A amizade entre as mulheres e como elas tomam banho, dormem e trocam de roupas juntas, às vezes, é tida como parâmetro para mostrar o quão limitados são os homens em seus círculos de amizade. Nem completamente verdade e nem mentira absoluta, os ecos dessa conversa fiada de liberdade amistosa entre os pares do mesmo sexo acabam ferindo relacionamentos nascentes que sequer possuem o discernimento para compreender a relação sexual entre si, imagine entre os seres humanos mais incapazes. Dessa liberdade entre amigos surgem as curiosidades não-saciadas entre a gorda estranha e a amiga pobre, que creem não poder nem comprar o pão nosso de cada dia. E assim, tal qual a relação entre patrão e empregada, a relação gorda e pobre chegava ao cúmulo. O amor é sempre um mistério, não é mesmo? O fato é que se em uma amizade feminina, tão aberta e sem restrições, a safadeza e amor sexual podem aflorar como o mar contra a arrebentação então o que será com a amizade masculina e dois falos envol...

Relação moderna

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Pétalas e velas

Quem nunca ouviu uma pessoa sem criatividade ou que ama o clichê querer fazer de um quarto um jardim infernal, espalhando pétalas de rosas no chão, na cama, nas roupas e iluminando tudo com velos "aromáticas" sufocantes? E quando isso é em casa há o amadorismo ridículo que transforma a cena ideal, vista em filme ou série, em um arremedo de lixo de floricultura. Todo ano tem sempre alguém que pense nisso.  Alguns homens até levam suas mulheres para motéis baratos em alguma promoção só porque terá as benditas pétalas de rosas e as tais velas.  A mistura absurda que fazem entre sexo e amor chega a ser enervante de tão ignorante. Desenvolvemos tecnologias e não compreendemos a diferença entre amor e sexo. Considerando que o que essas pessoas que amam destruir rosas e sufocar-se no "cheiro" dessas velas aromáticas querem é apenas sexo à cinema, o que elas têm, no máximo, é uma rapidinha que sempre acaba em algum desentendimento - ou porque o sexo nunca é sem b...

Presente intrínseco

Os pobres já começaram a lotar as lojas do centro comercial da cidade e os shoppings, preparados para o volume de vendas, ostentam as marcas do "amor" que  se compra e se expõe nas redes sociais. O amor , comprado em embalagens nada sustentáveis e pouco úteis, pode ser encontrado em prateleiras e vitrines exclusivas em pleno inverno brasileiro.  Os ricos debatem-se no dilema do quê comprar. Os pobres de quanto gastar . No entanto, o que todos querem mesmo é o sexo prometido implicitamente entre as folhas de papel das embalagens e as expressões de surpresa, competentemente ensaiadas. Juras de amor etiquetadas à parte e indo diretamente ao que importa, o sexo do dia dos namorados, deve-se notar que o mais importante, nessa questão, não é o presente e nem a intenção "amorosa", mas o quanto aquele(a) que presenteia é belo(a) e corporalmente desejável porque o presente mais lindo empalidece à imagem de um corpo pouco atraente. Ruim para as mulheres e homens fe...

Imprevisível doce

As mulheres, tão conhecidas por seu senso dinâmico e por reter as mais diversas informações, questionam-se sobre o que dar de presente aos seus amantes no vulgar dia dos namorados quando possuem, em si, tudo o que precisam para satisfazer o corpo e os desejos dos seus amantes.  Não é preciso bater perna de loja em loja e nem comprar camisas polo , gravata ou smartphone. Não é preciso inventar demais para uma data insignificante e nem endividar-se em doze prestações no cartão de crédito .  É só recorrer ao simples. Avaliar-se. E ser criativa.  Ninguém gosta de gente previsível e que não se dá por inteiro. A quebra das barreiras e das limitações é o que há de melhor como presente porque perdurará muito tempo depois que o nome sair dos órgãos de proteção ao crédito e o amante mudar.  O presente é para si com base no que o amante desfrutar. É misturar sexo e comida ; sexo e quebra de tabus ; sexo e Netflix , sexo e sono ; só sexo ou só comida ; só o sono...

Satisfação feminina

Quando se é muito doutrinado pelos megalomaníacos religiosos você poderá começar a acreditar que a mulher não é nada além de um belo rosto que deve ser adorado e "respeitado" excessivamente, destituindo-a de todo o seu potencial sexual. Não pela religião, que entre linhas e frases soltas dos escribas antigos e modernos dão a entender que a sexualidade deve ser amplamente explorada - dentro do casamento, como pregam, e sim por aqueles que já são inseguros a tal ponto que levam os outros a crer em uma assexualidade feminina religiosa apenas para não justificarem aos seus pares e ao cônjuge sua incapacidade e sua falta de criatividade sexual. Sob as capas de loucuras antissexuais provenientes da religião há mulheres cujos corpos ardem pelo sexo e pelo animalesco que dele surge. Mulheres que não querem ser divinas, mas fêmeas que extravasam desejo e despudoramento com o macho que ela escolheu para lhe dar vida na cama, no chão, encostada à parede; em casa, no quintal, n...

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