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Mostrando postagens com o rótulo woman

O ódio da mulher ressentida

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  Fonte:  Portrait of a Woman. Netherlandish Painter (ca. 1540–50). Metmuseum Há um ódio cultivado nos espaços físicos e virtuais que é sentido e muito pouco comentado. Trata-se do ódio feminino contra outras mulheres e contra toda a comunidade LGBTQIAPN+. Um ódio tão escancarado que deixa o observador menos atento horrorizado com tamanha ousadia odienta.  Protegidas por discursos construídos para protegê-las mesmo diante das mais absurdas barbaridades que cometam, as mulheres começam a se tornar opressoras, à semelhança do seu opressor do passado. Não aceitam as escolhas dos homens em assumir sua identidade de gênero e as suas preferências sexuais; não aceitam a independência de outras mulheres, a despeito da idade, da aparência e/ou da profissão; não aceitam não serem mais as escolhidas para a convivência por conveniência social. Os homens, mais livres do machismo perpetuado pela mulher no processo de construção da identidade social, aceitam, falam e agem como...

A misoginia - uma superfície

 A misoginia tem raízes cotidianas. Insinua-se em pequenos desentendimentos no trânsito, no trabalho doméstico e na formação educacional. Vai tomando forma com discussões acaloradas e sedimenta-se no comportamento geral de ambos os lados. Sempre esteve presente e continuará sob novas formas e novas roupagens até que se entenda que a questão do ódio sedimentado não é uma questão de gênero, mas da espécie. Questão de dominação, o homem busca seu domínio sobre homens, mulheres, crianças. O branco busca manter seu domínio sobre o preto, o branco, o amarelo, o cafuço e os demais. O hétero busca manter sua hegemonia sobre o gay, o bissexual, o transsexual, o travesti e as demais siglas. É sobre poder. Nunca foi sobre representatividade. Sob esse manto, há questões como a misoginia, que vê a superfície e jamais atinge a profundidade, seja por incompetência estrutural dos debatedores, seja pelo plano político que se desenrola no governo dos países a partir das comunidades. A utopia de um m...

A Mulher Independente I

A noite já tinha se perdido e a madrugada ia alta quando a Mulher Independente segurou meu pau, já duro, e massageou. Sua mente meio adormecida excitava-se apertando-me enquanto cobria os acontecimentos do dia com a desculpa da noite escura. Ficou nua. Quis montar. Mas estava seca. Seca como mais cedo, quando vestiu a roupa para encontrar o outro. Havia se depilado (raspado o cu e a boceta) para que o toque alheio sentisse a limpeza que inexiste na casa, nas roupas e na mente. Não passou perfume porque não tinha. E maquiou-se um pouco mais que a exigente decência trabalhista e menos que uma prostituta de rua. Entre estações de metrô e provadores de roupas de lojas de departamentos ela abriu a boca e chupou o pau que só então havia pegado sem querer durante as intermináveis horas de trabalho. Lambeu a cabeça provando o gosto da punheta matutina. Punhetou. Bebeu a porra toda.  Entre olhares fortuitos abriu a boceta para que os dedos dele mexesse a carne. E, ordenhado, pode meter pau ...

Trabalhador Brasileiro IV

Quando a Diretoria de Recursos Humanos implementa uma política de promoção ensandecida em que os indivíduos são elevados de cargo não por qualificação e capacitação, mas por possuir um registro em um Conselho de Classe, o que ocorre é a incidência e reincidência de abusos e assédios. _ Ninguém consegue falar com você em tempo hábil- ela diz. _ Não é verdade. Todos que querem conseguem falar comigo em tempo hábil e por múltiplas plataformas. _Eu não consigo - ela retruca, contrariada. _Não é verdade. Eu marquei você em vários posts no Instagram. Então você tem uma forma de falar comigo. _ MAS EU NÃO QUERO! NÃO QUERO TER SUA CONTA. NÃO QUERO TER CONTATO COM VOCÊ! - ela salta, beirando o absurdo. _ Então não posso fazer nada. _ VOCÊ TEM QUE TER UM WHATSAPP. COMPRE UM CELULAR- ela tenta obrigar a ter um aparelho celular. - Não posso e não vou comprar um celular. Tenho outras prioridades. - ENTÃO VOCÊ VAI TER QUE ASSINAR UMA ADVERTÊNCIA PORQUE NÃO TEM COMPROMISSO COM A EQUIPE. ...

Bofetes

Mulher, como bem salientou Nelson Rodrigues, gosta mesmo é de apanhar. E quando não apanha sente falta e procura quem lhe esquente as faces. Tão verdade que jamais conheci fêmea que negasse umas boas bofetadas, na cara ou na bunda, antes ou depois do sexo (cada uma com suas próprias preferências). Assim, aquelas que dizem que não gostam de apanhar antes, durante ou depois da selvageria sexual possuem, certamente, um quê de loucura que precisa ser urgentemente tratada, pois, a despeito do que pregam certas "feministas", a mulher, termo aqui referente apenas  ao gênero, gosta mesmo da submissão e da possessão pelo macho que escolheu.  Esse comportamento, obviamente, entra em rota de colisão com alguns princípios de algumas doutrinas religiosas que insistem em idealizar um comportamento arrogante e déspota. Como pode regras religiosas determinar a posição sexual preferida da mulher e ditar-lhe se pode ou não apanhar durante a hora sacana? Deixando de lado essa idiotice r...

Sem restrições

A amizade entre as mulheres e como elas tomam banho, dormem e trocam de roupas juntas, às vezes, é tida como parâmetro para mostrar o quão limitados são os homens em seus círculos de amizade. Nem completamente verdade e nem mentira absoluta, os ecos dessa conversa fiada de liberdade amistosa entre os pares do mesmo sexo acabam ferindo relacionamentos nascentes que sequer possuem o discernimento para compreender a relação sexual entre si, imagine entre os seres humanos mais incapazes. Dessa liberdade entre amigos surgem as curiosidades não-saciadas entre a gorda estranha e a amiga pobre, que creem não poder nem comprar o pão nosso de cada dia. E assim, tal qual a relação entre patrão e empregada, a relação gorda e pobre chegava ao cúmulo. O amor é sempre um mistério, não é mesmo? O fato é que se em uma amizade feminina, tão aberta e sem restrições, a safadeza e amor sexual podem aflorar como o mar contra a arrebentação então o que será com a amizade masculina e dois falos envol...

Relação moderna

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Imprevisível doce

As mulheres, tão conhecidas por seu senso dinâmico e por reter as mais diversas informações, questionam-se sobre o que dar de presente aos seus amantes no vulgar dia dos namorados quando possuem, em si, tudo o que precisam para satisfazer o corpo e os desejos dos seus amantes.  Não é preciso bater perna de loja em loja e nem comprar camisas polo , gravata ou smartphone. Não é preciso inventar demais para uma data insignificante e nem endividar-se em doze prestações no cartão de crédito .  É só recorrer ao simples. Avaliar-se. E ser criativa.  Ninguém gosta de gente previsível e que não se dá por inteiro. A quebra das barreiras e das limitações é o que há de melhor como presente porque perdurará muito tempo depois que o nome sair dos órgãos de proteção ao crédito e o amante mudar.  O presente é para si com base no que o amante desfrutar. É misturar sexo e comida ; sexo e quebra de tabus ; sexo e Netflix , sexo e sono ; só sexo ou só comida ; só o sono...

A marcha do dedilho

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Tão natural quanto um problema de coluna devido ao uso contínuo do smartphone é a popularização do conhecimento de que as mulheres também se masturbam - às vezes até compulsivamente, como alguns homens.  Aceitar que as mulheres sentem desejos tão fortemente quanto os homens já algo absurdo para algumas mulheres religiosas demais e para alguns homens com uma masculinidade frágil imagine então aceitar e assimilar que as mulheres, das mocinhas que cantam no coral da igreja às velhas solteironas que reclamam de tudo, utilizam o smartphone para acessar o Tumblr e o XVídeos para promover o gozo fácil e emocionalmente insalubre de uma masturbação interessante na qual nem sempre os dedos entram pela vagina ou pelo ânus, mas todo e qualquer objeto cilíndrico e nem sempre diametralmente pequeno. Às mulheres que se tocam e se invadem fica a dor de saber que capaz de satisfazer-se, mas que se nunca encontrar um parceiro será uma fracassada adestrada. Às mulheres que não se conhecem...

Satisfação feminina

Quando se é muito doutrinado pelos megalomaníacos religiosos você poderá começar a acreditar que a mulher não é nada além de um belo rosto que deve ser adorado e "respeitado" excessivamente, destituindo-a de todo o seu potencial sexual. Não pela religião, que entre linhas e frases soltas dos escribas antigos e modernos dão a entender que a sexualidade deve ser amplamente explorada - dentro do casamento, como pregam, e sim por aqueles que já são inseguros a tal ponto que levam os outros a crer em uma assexualidade feminina religiosa apenas para não justificarem aos seus pares e ao cônjuge sua incapacidade e sua falta de criatividade sexual. Sob as capas de loucuras antissexuais provenientes da religião há mulheres cujos corpos ardem pelo sexo e pelo animalesco que dele surge. Mulheres que não querem ser divinas, mas fêmeas que extravasam desejo e despudoramento com o macho que ela escolheu para lhe dar vida na cama, no chão, encostada à parede; em casa, no quintal, n...

Feminismo putiano

O feminismo não é o que grupos reacionários e paranoicos de mulheres de beleza duvidosa prega. Não é buscar um empoderamento a qualquer custo, cujo saldo deixa como resíduos pernas cabeludas, barrigas e pernas flácidas e um desejo sexual reprimido. Se o feminismo fosse o que esses grupos pregam então teríamos mulheres bipolares e com uma latente hipocrisia em que dois mundos mutuamente excludentes - o da submissão sexual e o do empoderamento moral - ocupariam a mesma cama sempre que encontrassem um macho não-feminista para gozá-las em tórridas noites de sexo e depravação.  Nesse contexto, o feminismo assumiria outro caráter ou simplesmente deixaria de existir para dar lugar a mulheres submissas,  sexualmente dominadas e moralmente "rebaixadas" à categoria deliciosa e ordinária de putinhas de seus machos. Graças aos deuses regentes da luxúria e da depravação que esses grupos de mulheres não sabem o que é o feminismo e usam tais aglomerados apenas para esconder a in...

Home Holy III

Home Holy II

O aborto compete à mulher

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Fonte: imagem da internet O aborto, sempre, é um assunto polêmico que levanta armas dentro e fora da igreja, dos tribunais e dos congressos e que, de modo geral, não é problematizado nos lares. E o debate em torno do assunto é improdutivo, com raras exceções. Quando se fala em legalização do aborto as pessoas logo entendem, de maneira implícita, que ocorrerá uma onda de abortos a cada esquina e que haverá uma permissividade sexual legalizada e executada em todas as esquinas de cada cidade do país (como se isso já não ocorresse). O que ocorre é que as pessoas não sabem ler nem interpretar corretamente o que é dito. A legalização do aborto não significa que de fato haverá a execução do ato abortivo, mas que a mulher, quando sentir, por algum motivo, que deve realizá-lo, poderá fazê-lo em uma clínica especializada e não em um açougue, como ocorre atualmente - isso quando não é feito em casa mesmo. A questão, antes de as armas serem levantadas de um lado ou outro, é sobre o dir...