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Cartões de crédito

Tudo nos empurra para o abismo do endividamento com as operadoras do cartão de crédito. As passagens de transporte coletivo municipal e intermunicipal são disponibilizadas para compra com cartão de crédito. As lojas de departamento e os supermercados, varejistas e atacadistas, incentivam as compras com o cartão de crédito da casa com descontos e promoções. E uma miríade de facilidades segue uma lista igualmente gigante de cartões que podem ser acumulados na carteira, com cores, nomes e formatos diversos e que vão do convencional ao ridículo. Isso porque passou o tempo em que ter um cartão de crédito era coisa de gente rica. Estamos no tempo da popularização do acesso ao crédito e do endividamento do pobre. Os ricos estão sempre ricos porque são a vanguarda daquilo que o pobre acredita ter só por que tem um cartão C&A, Magazine Luiza ou Riachuelo. Os estudantes de graduação são bombardeados com propagandas atrativas da Nubank, do Next, do Original.  E a facilidade destes ú...

Ação própria

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Estante particular A maioria espera pelo poder público para ler, entender leis e teoremas e ser alguém pensante. E isso é até razoável se entendermos que livros são caros, que histórias são desnecessárias e que é aceitável ser ninguém até o fim da vida. O poder público não faz nada quando o povo não se inquieta para promover o bem comum. A sociedade egoísta em que nos movimentamos exige que cada tenha seu próprio lucro, sua própria estrela nas paredes pintadas a cal dos muros públicos. Esse é o problema. Se cada um e todos, num conjunto coeso e sem individualidades mesquinhas, unissem forças para a construção de espaços comuns que atendessem a todos e promovessem a cultura e a educação grandes avanços poderiam ser alcançados. Enquanto isso não acontece, ou melhor, enquanto cada um não aceitar sua condição e lugar, as bibliotecas caseiras podem se proliferarem. Cada um pode ter seus livros e deles fazer uso. Livros ainda não são baratos como deveriam, mas estamos nos encam...

As lanchonetes Palmeiríndias

Quando se pensa em fazer um lanche em Palmeira dos Índios é bem provável que você desista da ideia – se não tiver com muita vontade de ir à lanchonete, se esta não possuir serviço de entrega – por que tudo pode acontecer durante um lanche inocente. E tudo é tudo mesmo. Dos eventos mais prováveis aos mais improváveis. De todas as coisas mais desagradáveis que pode ocorrer está a incapacidade de alguns estabelecimentos manterem os pedintes fora do alcance da vista dos clientes, ou pelo menos a uma distância razoável das mesas. Não raro, eles se aproximam das mesas, intimidam a clientela, estragam a diversão alheia e a administração do local sequer consegue manter o controle sobre quem entra e sai do local. E enquanto essa incompetência acontece, os clientes passam por momentos constrangedores onde apenas o sentido mais animalesco de sobrevivência pode aflorar. É impressionante como bêbados, pedintes, crianças – futuros pedintes adultos-, drogados e afins atacam as pessoas duran...

Ex-mangue

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Mais uma área de aterro em Aracaju, sem necessidade. A cidade da qualidade de vida está com sérios problemas, e não é só nos transportes. Mas bem menos problemas que suas coirmãs de outros estados. O problema é que Aracaju tem muita área ou alagada, ou de mangue, ou ligada de alguma forma à água. E para promover o desenvolvimento acaba destruindo, vejam só, os manguezais.   Alguns bairros da capital sergipana é nitidamente resultado do aterro de áreas alagadas, com alguma serventia para a natureza, óbvio. Outros faziam parte de mangue. Em uma volta rápida, não pelas áreas visualmente belas, é notório o desgaste que o meio ambiente aracajuano vem sofrendo, principalmente no que se refere ao berçário da vida marinha. Aracaju pode ser a capital da qualidade de vida, mas é também a capital da destruição da vida marinha. É evidente que os problemas que os cidadãos enfrentam no seu dia a dia são pertinentes e de grande valor para o desenvolvimento social e econômico...