Pétalas e velas



Quem nunca ouviu uma pessoa sem criatividade ou que ama o clichê querer fazer de um quarto um jardim infernal, espalhando pétalas de rosas no chão, na cama, nas roupas e iluminando tudo com velos "aromáticas" sufocantes? E quando isso é em casa há o amadorismo ridículo que transforma a cena ideal, vista em filme ou série, em um arremedo de lixo de floricultura.
Todo ano tem sempre alguém que pense nisso. 
Alguns homens até levam suas mulheres para motéis baratos em alguma promoção só porque terá as benditas pétalas de rosas e as tais velas. 
A mistura absurda que fazem entre sexo e amor chega a ser enervante de tão ignorante. Desenvolvemos tecnologias e não compreendemos a diferença entre amor e sexo. Considerando que o que essas pessoas que amam destruir rosas e sufocar-se no "cheiro" dessas velas aromáticas querem é apenas sexo à cinema, o que elas têm, no máximo, é uma rapidinha que sempre acaba em algum desentendimento - ou porque o sexo nunca é sem barreiras ou porque brigar virou clichê.
Nada adianta um quarto forrado de pétalas de rosas vermelhas (um amplo desperdício) e inúmeras velas, ao som de músicas internacionais bregas e melancólicas se o sexo é uma afronta a Eros e ao Marquês de Sade.
Essas criaturas deprimentes deveriam primeiro se preocupar mais em serem sexualmente atraentes e disponíveis, sem tabus absurdos, e, só depois, com velas, pétalas e música brega.

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