A "luta" estudantil


De modo geral, a comunidade discente da Universidade Federal de Sergipe é omissa às ações do governo e da própria administração da universidade porque sempre é conveniente esconder-se sob a tradicional justificativa, nem sempre falsa, de que há muitas provas e trabalhos acadêmicos. Verdade seja dita, a comunidade discente não quer debater problemas sérios do ambiente universitário e os poucos que se aventuram nessa seara arcam com o trabalho dobrado e o pessimismo que rodeia e protege o ostracismo da comunidade acadêmica.
De repente, a UNE ganha destaque e aparecem diversos interessados em lutar pela educação pública. A questão que surge é: todos esses que agora se dizem interessados pela causa estudantil, mesmo sendo estudantes, estão interessados na causa ou seguindo a onda oposicionista ao governo Bolsonaro? Porque quando essa onda passar e os hipócritas vestirem suas máscaras o movimento estudantil pode perder força e cair no esquecimento, como até agora aconteceu.
É lícito lembrar que qualquer movimento precisa de representatividade e vitalidade, mesmo nos tempos de "bonança" e não pode ser fundamentado em partidos políticos, mas ter em si a política como princípio norteador.
A UNE vai continuar onde está e com a pseudoatuação que desempenha até que a comunidade discente tenha, de fato, um norte e um fundamento real no qual se apoiar. A onda contra o presidente Jair Bolsonaro vai passar e quando isso acontecer há de questionar se os discentes que querem "lutar" hoje estão dispostos a continuar a luta muito tempo depois dos modismos políticos e da conclusão do curso universitário.

Foto: Panfleto distribuído na UFS. jun/2019. Arquivo Pessoal.

Foto: Panfleto distribuído na UFS. Chapa 03. jun/2019. Arquivo Pessoal.

Foto: Panfleto distribuído na UFS. Chapa 03. jun/2019. Arquivo Pessoal.

Foto: Panfleto distribuído na UFS. Chapa 02. jun/2019. Arquivo Pessoal.

Foto: Panfleto distribuído na UFS. Chapa 02. jun/2019. Arquivo Pessoal.

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