A desassistência social das instituições de ensino federais


As universidades, agora atacadas pelo governo federal, possuem um excelente mecanismo de retenção de estudantes pobres em seus cursos de graduação: as bolsas e auxílios destinados a manutenir os estudantes em vulnerabilidade socioeconômica em seus respectivos cursos e, assim, promover o desenvolvimento sustentável da população. Um mecanismo ótimo e seria eficiente não fosse os assistentes sociais.
Apesar de trabalharem diretamente com um público necessitado, os assistentes sociais não realizam adequadamente suas funções e, junto com os Técnicos de Assuntos Educacionais, andam promovendo a evasão escolar de discentes por meio da não aplicação correta de processos seletivos de bolsas e auxílios. 
O caráter discriminatório da forma como esses "profissionais" atuam não é só preconceituoso e favorecedor de um elitizamento do público-alvo dos programas de assistência estudantil como também passaram a ser descreditados pela própria comunidade acadêmica. Os absurdos cometidos pelos setores de serviço social das universidades vão desde a não análise minimamente criteriosa dos documentos como a perda propositada de documentos com o fim único de prejudicar discentes apenas porque não possui "afinidade" com este. Além disso, sempre que procurados, os setores estão fechados ou "em reunião", ou seja, nunca podem atender e tirar dúvidas daqueles que fazem desses setores a razão de existir.
Os casos absurdos e até ilegais são relatados por discentes de Alagoas e Sergipe, incluindo aí a rede profissional e tecnológica. 
O problema é que os assistentes sociais, não querendo de fato a promoção da igualdade e a melhora das condições socioeconômicas dos discentes - pois isso os coloca, em algumas situações, em melhor posição que o servidor, promovem anomalias cujos resultados são, quase sempre, a evasão escolar.
É preciso que haja uma ouvidoria atuante e que funcione nas instituições de ensino técnico e superior para que se possa denunciar e melhorar os processos de assistência estudantil. É preciso trazer à realidade e relembrar aos assistentes sociais a razão de existência de seus cargos. 
É preciso, portanto, acabar com a cultura em que a última sentença é a do assistente social.

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