A marcha do dedilho
Tão natural quanto um problema de coluna devido ao uso contínuo do smartphone é a popularização do conhecimento de que as mulheres também se masturbam - às vezes até compulsivamente, como alguns homens.
Aceitar que as mulheres sentem desejos tão fortemente quanto os homens já algo absurdo para algumas mulheres religiosas demais e para alguns homens com uma masculinidade frágil imagine então aceitar e assimilar que as mulheres, das mocinhas que cantam no coral da igreja às velhas solteironas que reclamam de tudo, utilizam o smartphone para acessar o Tumblr e o XVídeos para promover o gozo fácil e emocionalmente insalubre de uma masturbação interessante na qual nem sempre os dedos entram pela vagina ou pelo ânus, mas todo e qualquer objeto cilíndrico e nem sempre diametralmente pequeno.
Às mulheres que se tocam e se invadem fica a dor de saber que capaz de satisfazer-se, mas que se nunca encontrar um parceiro será uma fracassada adestrada. Às mulheres que não se conhecem e não sabem em que curva é o capotamento do prazer inenarrável fica o triste lamento de um corpo insatisfeito e uma mente destituída de bom senso, felicidade e autossatisfação.
É melhor ir se acostumando, quem ainda não se deu conta da marcha masturbadora feminina em direção ao dedilhamento universal, que agora são eles - os dedos, os próximos dominadores do mundo.
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