O coronavírus no Rosa Elze
Em dias de quarentena o pior que se pode fazer é sair às ruas e ter contato humano - não pelo vírus, pela baixeza das expressões humanas populares.
No país Rosa Elze, o coronavírus está em outro patamar - naquele em que a maior preocupação é pagar as contas mesmo e tentar sobreviver, como ocorria antes da pandemia.
Na loja do GBarbosa do Eduardo Gomes apenas 50 criaturas podem estar dentro da loja. Tudo bem, é medida preventiva. O problema está na porta, com a atendente de máscara apoiada no queixo e luvas que em tudo pega e que é usada para coçar olhos, nariz e pele do rosto. Da porta para fora, a fila se agiganta e a distância mínima não é respeita porque ninguém quer ficar ao sol ou mais distante da porta que dá acesso ao paraíso do bairro. A agente de saúde, parada no meio da rua e gritando, entre críticas ao governo estadual e federal, tenta fazer com que as pessoas tenham consciência, principalmente os idosos que estão beirando a senilidade, constatada a cada palavra por eles proferida.
No mercado da carne, outra agente de saúde tenta abrir a consciência dos alcoólatras de plantão, sem sucesso.
Filas em portas comerciais, pessoas despreocupadas com a pandemia e aproveitadores de plantão. Nesse país periférico a pandemia promete varrer cada casa tal qual uma daquelas pragas hebraicas sobre os egípcios e nada poderá demovê-la dessa ideia enquanto o populacho não entrar no ritmo da prevenção e da limpeza.
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