Prioridades de Isolamento Social


Foto: reprodução/Tumblr.


"DECRETO Nº 40.576 DE  16  DE  ABRIL DE 2020 , do Governo do Estado de Sergipe, estabelece

(...)

Art. 2º Ficam prorrogadas até dia 24 de abril de 2020, as medidas de isolamento social previstas no art. 2º do Decreto n.º 40.567, de 24 de março de 2020, com exceção das seguintes atividades comerciais, cujo funcionamento passa a ser autorizado, nos termos deste Decreto:

I – hotéis, motéis e pousadas, sendo vedado o funcionamento das áreas comuns de lazer, os restaurantes, bares e salas de auditório;
II - lojas de material de construção; 
III – imobiliárias; 
IV - concessionárias de veículos; 
V - lojas de auto-peças; 
VI - cartórios e tabelionatos; 
VII - escritórios de arquitetura e engenharia; 
VIII - empresas de assistência técnica; 
IX - óticas; (...)"


A maior e interessante preocupação dos cidadãos sergipanos parece ser o funcionamento dos motéis, esses sagrados lugares de cópula, cuja associação a concessionárias de veículos, escritórios de engenharia e arquitetura e óticas fornece toda a logística e clientela suficiente. E a clientela respondeu rápido à benevolência do estado - mensagens privadas no WhatsApp, lidas por esses olhos que a terra não há de comer, confirmaram a ânsia pelo aluguel da alcova de motel.
É esperado, no mínimo, que as eleições para prefeito (de Aracaju) e vereadores e a subsequente de governador e deputados estaduais sejam bancadas, com licitude, no mínimo, por esses empresários que tanto quiseram que seus serviços "essenciais" fossem liberados pelo poder público.
O interessante é que a frequência aos motéis perdeu o protagonismo do sexo gostoso desde que os aracajuanos descobriram o farol, precedido muito competentemente pela colina do Santo Antônio, ponto turístico da capital.
No interior, onde copular no mato é mais que normal, a essencialidade do motel é ridícula.
E não é anormal, portanto, que a sexualidade tenha seu lugar nessa época pandêmica e quem não necessita de máscaras, usá-las como fetiche - nem só de saúde vive o brasileiro, mas de todo sex appeal que é capaz. 
Entre polêmicas políticas, guerras comerciais internacionais (e algumas nacionais), uns milhares de mortos (cujo número real é competentemente escondido pelas autoridades de saúde pública) e as pequenas discussões acerca do auxílio emergencial, há o sexo que se não salvar essa geração ao menos garante a existência da próxima e um punhado das velhas e eternas doenças sexualmente transmissíveis.




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