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Mostrando postagens com o rótulo Natal

Desejo de amigo

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Fonte da imagem: USQ. Reprodução FB. Com a fraternidade natalina, tenho a desejar apenas que lute, não com a passividade de um ser que não deseja ofender aos demais, mas com a ganância de fazer apenas o que mais lhe parecer correto e afrontoso, porque sem a ousadia da afronta nada é alcançável.  Não lhe desejo um único Deus. Desejo-lhe lembrar que existem tantos Deuses quanto seja possível dentro do panteão humano.  E desejo-lhe que saia com o coração fechado e a mente aberta nesse mundo de espinhos e lágrimas, onde nem sempre há tristezas e muitas surpresas. Desejo-lhe que seja apenas vivente, não como aqueles de Carlos Nejar, embora ele sirvam de inspiração. De natal, é desejável o tudo e o nada, que abriga o diferente, o estranho, o inominável.

Pobre natalício

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Fonte da imagem: @amigosdobrasil. Os pobres, dessa vez, continuam mais empobrecidos. Sem nenhum refinamento e com um dedo pobre que só aponta para a religião, os pobres estão aí, largados às traças - e não como o Zé neto e Cristiano.  Alguns estão desejando o que outros têm - um chester , um peru, um frango assado na padaria nojenta da esquina -, ou estão simplesmente prostrados em frente ao aparelho de TV, esperando os miseráveis programas de fim de ano sem se darem conta que a vida real, mais cruel e implacável, está acontecendo no mesmo instante em que personagens trocam presentes. A vida que os espera é cheia de dramas criados pela inveja, pelo desejo do que não se pode ter. Os pobres que estão sentados às portas, com um copo de álcool na mão, querem esquecer da miséria mental que os faz comprar roupas cafonas e caras e que sobe pelas paredes, rasteja no chão sempre sujo e que resvala na "benção" de ter uma criança de alguma adolescente imprudente. Prolifera...

Entre o chester e o gás

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Fonte da imagem: reprodução redes sociais. A ceia natalina é uma festa para empresas e pequenos e médios empreendedores que tomam para si a árdua tarefa de alimentar os glutões de plantão. Por um lado esses hercúleos entes lucram alto (os que não possuem uma excelente margem de lucro certamente está fazendo algo de muito errado) e por outro livra os preguiçosos de ter que organizar uma comidinha intimista na única época do ano em que o comércio diz ser comemorado em família.  Na mesa do pobre, no máximo, um frango assado no forno da própria casa em que o gosto amargo do gás gasto para a produção do prato eclipsa qualquer gostinho natalino. Na mesa da classe média poderá haver o chester ou similares, quem sabe um peru para manter a tradição importada. Na mesa dos ricos, bem, um dia, quando rico eu for, saberei. Entre os cheiros, as luzes, os ressentimentos encobertos por um falso amor cristão há o tédio que insiste em não desgrudar da pele, da roupa, dos embrulhos dos pr...

Lixo de presente

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Fonte da imagem: cartunfólio. Natal é época de reflexão, costumam dizer por aí, e eu questiono-me sinceramente se algumas pessoas realmente compreendem o real significado desse conceito de reflexão. Seja como for, sempre lembro-me das disposições de Descartes sobre o bom senso e vejo-o, quase que diariamente, do incógnito além-túmulo, apontando-me quantas vezes o bom senso, não apenas natalino, erra ao julgar-se inquestionável. E nada tão absurdo quanto o bom senso dos líderes religiosos. Em outro natal não tão distante assim, quando dei milhares de crédito à uma organização religiosa, vi, diante dos meus olhos e para meu estarrecimento em vermelho e branco, um bispo protestante embalar cestas de alimentos não-perecíveis, doados pela própria congregação, em sacos de lixo. Segundo ele, era o melhor que tinha a oferecer. Sem margem a questionamentos, esse homem que se dizia representante do deus vivo cria que o melhor para seu semelhante podia ir em sacos de lixo, parecer lix...

Natal sui generis

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Foto: da internet. As festividades natalinas nas camadas mais pobres da já empobrecida sociedade brasileira é um evento sui generis. Neste ano a novidade será uma interessante mistura entre o brega funk, a pérola do bom gosto popular, com os habituais modismos decadentes que enfeitam mesas afarofadas, paredes banhadas a cal e corpos carcomidos.  Já surgiram os sentimentos de amor e fraternidade que tanto encobrem as mais pérfidas ações e um aura de falsa modéstia tende a polarizar as dualidades políticas da moda. Velhas sem filhos rememoram suas solidões e os fracassos em comprar amores filiais de desconhecidos e indiferentes. Mulheres a um passo da loucura com filhos igualmente loucos buscam entre a água benta e as alternatividades à solução que as tornará desculpáveis à luz de suas mais absurdas crueldades. Sob toda essa camada de gente louca que não suporta a menor contrariedade e da parcela brega de uma pobreza que salta aos olhos, estão as idiossincrasias que imped...

Os Passos da Nova Ditadura (7)

Não se engane, você, pobre que compra carro em 60 vezes sem entrada e com IPVA grátis, na linha branca e em um modelo popular. Não se engane, você, que recebe benefícios de programas de transferência de renda e que conseguiu, a duras prestações, comprar móveis da linha branca e ter uma assinatura de um plano de internet popular. Não se engane, você, que usa o FIES, PROUNI ou espera pelo SISU para ingressar no ensino superior para cursar uma faculdade e ser professor(a) ou seguir a onda conservadora daqueles que creem apenas ser possível "vencer na vida" sendo um "doutor" advogado ou médico. Não se engane. Enquanto você defende encarnecidamente o governo Bolsanaro contra os "comunistas", o grupo do "Lula Livre", o Messias do remake do Novo Testamento à brasileira está chantageando o Congresso por meio do terror do corte do programa Bolsa Família . Para o ministro da economia, que, segundo reportagem da Exame, deixou claro que quem man...

Presépio

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Fonte: na foto. O Natal, não é segredo para ninguém, jamais representou as divindades cristãs, seja pela conveniencia da data mercantil ou seja pela hipocrisia de "amar a todos" com restrições. Dito isso, acendidas as luzes da decoração e cantado o hino Noite Feliz, é a hora de puxar o presépio para o canto e escolher entre customizá-lo à brasileira ou copiar o modelo norte-americano, que em nada acrescenta aos brasileiros. E sendo o Brasil mais negro e índio que "branco", é natural que o presépio e todo o natal sejam, ao menos, refletores da nossa cultura - por mais que queiram não admitir publicamente. Uma representação interessante é a do presépio baseado na religião de matriz africana em que Exus e Pomba-Gira são representados. E é admissível tão representação porque sem Exu nada acontece; sem Exu nem natal tem, uma vez que ele é o responsável pela ponte deuses-homens, sendo ele mesmo  um deus no panteão negro. Cristão que frequentam terreiros; fié...

O Natal Luz da Capital da Cultura

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Foto: Natal de Luz, arquivo pessoal. O"Natal de Luz" da prefeitura de Palmeira dos Índios segue a tradição da atual gestão em ocupar a antiga estação ferroviária, o que não é uma má ideia, e ter as firulas típicas da política. O que chamou a atenção, fora a mediocridade de sempre, foi o grau de improvisação presente - muro sendo pintado na hora, instalação elétrica da ornamentação em andamento nos minutos finais antes da cerimônia são exemplos do que se pode presenciar. Além disso, houve ainda a contagem regressiva para a inauguração da iluminação natalina que não funcionou de primeira e o locutor tentou dar uma desculpa, mas a expressão do prefeito Júlio Cézar não deixou dúvidas do fiasco inaugural; as palavras da secretária de cultura chamaram a atenção pelo péssimo improviso e pela dispensabilidade e ainda teve o próprio Júlio Cézar no vitimismo da lavagem de roupa suja originada na "perseguição" à sua gestão. Ah, a ausência de vereadores e dos ilu...

O ballet hilário

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Foto: arquivo pessoal. Os eventos natalinos na terra indígena da mesorregião alagoana estão surgindo revelando acontecimentos hilários e desastrosos nas mais diversas apresentações. Na apresentação da noite passada, no  Ginásio do Centro Educacional Cristo Redentor, o ballet à Palmeira dos Índios foi uma dessincronia tolerável, considerando a idade das bailarinas, e uma decepção logística claramente oriunda da improvisação e da "comprometimento" com o sucesso organizacional. À parte a vergonha alheia, a "família tradicional" teve a oportunidade de prestigiar crianças e adolescentes em plena superação física e natalina.  Como ja já tocará nas rádios, "então é natal e o que você fez (...)"  será uma série de risos, se prestigiou esses eventos natalinos palmeiríndios, ou de mesmice, se nada fez de diferente além de esperar pelos shows da Globo. *Fotos e vídeos do arquivo pessoal.

Natal Branco

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O Caminhos da Universidade sacolejava, na barulheira do motor antigo de sempre, ao entrar na cidade. Parou no posto três irmãos e seguiu a rotina para deixar os universitários mais perto de casa quando, de súbito, a SMTT indica um desvio na rota. A Vieira de Brito, interditada, deixava claro que um acidente ou um evento estava acontecendo ali. O ônibus entra na 20 de agosto, sobe na 15 de novembro e em pouco tempo a rota era retomada. E tudo poderia ter terminado nesse ponto, onde todos seguiriam a rotina de sempre, na sexta-feira negra do varejo. No entanto, os poucos metros interditados na Vieira de Brito guardavam o que desconto nenhum poderia comprar - um sonho, muita boa vontade e um exemplo de união. Dezenove comerciantes unidos realizavam o Natal Branco, sob a batuta da Marta do Bolo, que idealizou o evento e realizou, em 2017, a primeira edição do que se tornaria o I Natal dos Comerciantes neste ano.  Lojas abertas e decoradas, um palco e brinquedos para...

O natal da Professora Decadente

Depois que se prostituiu para os seus pares em troca de apoio e os seus asseclas virtuais voltaram às suas respectivas insignificâncias, a Professora Decadente não tem nenhuma outra escolha além daquela que sempre recorre - tentar comprar com dinheiro e diárias em hotéis medianos o tempo e a atenção do seu gigolô. Escolhido competentemente para ser exposto em redes sociais, o hotel é o plano de fundo do último e principal recurso que utiliza para sentir-se gente - curtidas e comentários que, fora das redes sociais, revelam-se debochados e sarcásticos. Com o relógio biológico em um tic tac veloz e presa em um romance russo, a pobre, sempre vista como um travesti, precisa recorrer aos seus aposentos para ruminar o fato de que nunca poderá ser uma reprodutora por medo e infantilidade - a corriqueira síndrome de Peter Pan que faz com que velhas creiam-se ninfetas. E embora acredite-se amada e a sua vaidade cresça continuamente, as luzes e o espírito natalino surgem como um balde de águ...

Doce Dezembro

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Quadro: The Palace of Westminster. André Derain. Metmuseum Ah, o dezembro! Luzes, guirlandas, árvores de natal, panetones, o urso polar da coca-cola e uma infinidade de gente sem propósito existencial querendo parecer cristã, justa e correta. Nessa época tão "iluminada" seus inimigos deixam os obscuros recônditos onde se reúnem em concílio para, ornados com gorros vermelhos e dentes podres, desejar-lhe os "mais sinceros votos de felicidade e prosperidade no ano que se avizinha". Facilmente esquecidos das atrocidades que cometeram e que cometerão, tentam enganar a Luz e as Trevas em descarada hipocrisia. Os abraços, tão nocivos quanto a própria radiação, vêm acompanhados do doce perfume das almas corrompidas pelo elogio vulgar e pelo dinheiro fácil. Esses mesmos inimigos que ajoelham-se aos pés de Lúcifer todo natal, todo carnaval e toda páscoa são os mesmo que se dizem cristãos. Então não tenha medo. Sacuda o pó que esses trastes deixam em sua roup...

Dia de Natal

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Foto: Égua e potro (citados no texto). Palmeira dos Índios - AL. Rafael Rodrigo Marajá. Dez/2016 Quando saí de casa hoje, na correria natural de quem precisa fazer tudo antes do meio dia antes que todo o centro comercial feche e a feira livre acabe, não esperava encontrar neve cobrindo as casas e as avenidas - se eu ainda acreditasse que no verão tropical a temperatura pudesse baixar tanto, como acreditam algumas pessoas que conheço - mas também não esperava encontrar um sábado tão banal na cidade em que o movimento rueiro só aparece em datas natalinas e juninas. Sob o sol oscilante entre escaldante e frio, encontrei o que seria o cadáver de um potrinho e quase o matei de susto quando perguntei à égua se ele estava morto. Perto da Igreja São Pedro, na rua da Rádio Sampaio, encontrei um gatinho pedrês no esgoto, com o bucho estufado, fedendo já. E como não podia faltar o passeio pela feira livre para mais uma decepção - sem mágicos, sem vendedores de ilusões e só um bando de ge...

A Luz (literal) do Mundo

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Fonte: The Birth of Jesus. Site d'A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias Quando olhamos para o natal e vislumbramos luzes e anjos de plástico geralmente damos as costas para todo o ano que se passou. Damos as costas para os atos vis que cometemos e que nos foi cometido - muito embora sejamos os últimos a esquecer as perfídias a que somos submetidos. O natal torna-se, então, sinônimo de luzes, panetones e chocolates e presentes. E nada mais. Entretanto, quero, nessa véspera natalina, chamar a atenção para um fato dito e nunca assimilado  - Jesus é a luz do mundo . Quando nos referimos a Ele como a luz do mundo atribuímos meramente um sentido conotativo e deixamos para a mera imaginação essa verdade indissolúvel - Jesus é a luz literal do mundo. Não somente a conotação, mas a pura denotação. E isso não é absurdo se considerarmos que Ele é um Deus e que criou o céu, a terra, o mar e tudo o que neles existe. Que criou esse e outros mundos. E se aceitarmos essa v...

Natal seco e plástico

Enquanto os telejornais convencem-me sobre a divina direção tomada pelo governo Temer sobre as medidas econômicas, a água retornou aos baldes através dos canos e de uma fina garoa durante a madrugada. O cheiro de cola e a cor escura da água acaba tornando interessante o simples e trabalhoso serviço semanal de guardar água em tudo o que é balde, panela e reservatório. É claro que a economia do país é importante, que a final do Master Chef Profissionais é interessante e que a preocupação com a indumentária para o fim de ano são importantes, cada um com seu grau de significância, mas no mundo prático, onde todos precisamos tomar banho, comer e tomar água tudo o que não é relacionado à qualidade da água e o abastecimento é mero problema secundário. Em uma cidade localizada no novo epicentro da seca e que não apresenta nenhuma oportunidade de crescimento para os cidadãos e para as comunidades, falar em decoração natalina ou festas de réveillon não passa de mero exercício de futilidade. ...

Aconteceu no Centro Espírita - A peça.

As festividades natalinas em Palmeira dos Índios já começaram e quem não tem limitações preconceituosas podem desfrutá-las com muita tranquilidade e reflexão. Ontem, no Grupo de Fraternidade Espírita Irmão Cícero, a sociedade foi agraciada com uma peça teatral na qual o trabalho e os princípios do Espiritismo foram apresentados, sob a ótica da dualidade que rege as ações humanas - o bem e o mal. Baseada no romance Aconteceu no Centro Espírita, a peça homônima levou ao público presente a noção lúdica sobre o trabalho em uma casa espírita e em como ações espirituais podem ajudar ou prejudicar a harmonia dentro e fora de uma Fraternidade.  Tão certo quanto a luz do sol, quem tem disposição para compreender mais o universo ao redor, além de uma existência mais interessante, tem a possibilidade de crescer intelectualmente. Como início das comemorações natalinas, a Fraternidade Irmão Cícero deu um presente antecipado e ninguém pode dizer que Palmeira dos Índios não tem opções par...

Decoração natalina no cortiço

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É entrar dezembro que as loucuras de um natal nevado sem neve começa a aparecer nestas terras tropicais. Aqui no cortiço, logo depois da cadeia de jovens marginais, meus vizinhos, como a bêbada do outro prédio , começam a ornamentar as janelas numa vã tentativa de aludir ao espírito natalino )o único espírito que consegue aludir é o da estranheza). Em um apartamento alguém tentou fazer uma árvore de natal e acabou desenhando um cogumelo de luzes pisca-pisca bem em frente à minha janela (cogumelo que nunca acende). Mais embaixo o decorador resolveu que dava muito trabalho fazer algo feio e só jogou as luzes na grade da janela e assim vai surgindo a pitoresca decoração natalina do cortiço. Daqui a pouco o ratinho da Coca-Cola (que em outro país é um urso polar) vai desfilar pela Tancredo Neves, com aquela musiquinha tão natalina, chamando todo o povo para congregarem-se ao redor de uma boa garrafa de Coca gelada.  Ah o natal...

Seja autêntico nesse Natal

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O Natal com suas luzes, suas propagandas bonitas, suas cores devidamente ofuscantes, seus embrulhos, seus pinheiros (e réplicas de pinheiros), seus sorrisos (falsos em boa parte), suas manias de comidas enfeitadas e confeitadas é um marco no comércio, nas agências de propagandas e onde quer que o dinheiro possa entrar e sair em nome do Natal. O Natal é cansativo. É tedioso. É irritantemente iluminado. É inequivocamente intruso em muitas casas e em muitas vidas, pelo menos do jeito que se apresenta. Era para ser um evento de renascimento - e essa ideia não dá muito certo - ou de autoconhecimento (conhecimento da gula e da bebedeira). E acabamos, portanto, tendo só mais um feriado, nada de especial, no fundo. Entre as campanhas natalinas, as compras, os sorrisos de "não era esse presente que eu queria" e as bobagens de sempre, rotineiras e incompetentemente repetidas todos os anos, quero chamar a atenção apenas para o fato de que a cada Natal estamos mais ...

A conta de fim de ano

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Árvores de natal, luzes, panetones, vermelho, verde e branco, neve artificial, imagens do nascimento de Cristo e todo o blá blá blá de recomeço e nada que vá realmente fazer parte do balanço anual.  Devia entrar na conta, a que realmente importa, os amores perdidos, as paixões abortadas, as maneiras que ficamos a ver navios, os risos de loucura e os livros lidos - e todas as suas impressionantes histórias. Uma conta que nem sempre está com saldo positivo, porém sempre aberta para novas recontagens. O fim de ano devia ter a nossa marca pessoal - nossas mordidas mal dadas em sobremesas alheias, beijos pendentes em bocas que são muita "areia para o nosso caminhãozinho", os momentos de raiva e a tranquilidade de ter passado pelos bocados de todo dia e que, apesar dos cretinos do cotidiano, ainda estarmos de pé, debochando do mundo. É muita luz colorida para pouca gente sempre que se aproxima o tal do natal e os fogos da virada. É pouca comida para muito olho e, me...

Árvore de Panetone

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Árvore de Natal de Panetones De repente, em dezembro, em pleno calor do nordeste brasileiro, aparecem milhares de árvores de Natal – cada uma com um estilo e uma disposição física diferente. Dentre elas, a menos popular é a que se adequa ao nordeste, a que mais se parece com o nordestino e sua cultura. A mais popular é o pinheiro, árvore não nativa do Brasil, que só chega às casas dos nove estados através de uma imitação horrenda feita de polímero. À parte essa importação cultural polimérica, outro tipo de arranjo quase igualmente comum é aquela que é confeccionada com o intuito de ser destruída para fins lucrativos e que podem ser encontradas em estabelecimentos comerciais de todo o País, atendendo as necessidades de todas as classes sociais; é a árvore de Natal de Panetones. São enormes. Gigantescas até. E cumprem a mesma função: proporcionar ao pobre o desejo de ostentar, ainda que parcamente, a ideia de igualdade, e ao rico, a ideia de qualidade. São inúteis, sem graça e ...