Doce Dezembro

Quadro: The Palace of Westminster. André Derain. Metmuseum

Ah, o dezembro!
Luzes, guirlandas, árvores de natal, panetones, o urso polar da coca-cola e uma infinidade de gente sem propósito existencial querendo parecer cristã, justa e correta.
Nessa época tão "iluminada" seus inimigos deixam os obscuros recônditos onde se reúnem em concílio para, ornados com gorros vermelhos e dentes podres, desejar-lhe os "mais sinceros votos de felicidade e prosperidade no ano que se avizinha".
Facilmente esquecidos das atrocidades que cometeram e que cometerão, tentam enganar a Luz e as Trevas em descarada hipocrisia. Os abraços, tão nocivos quanto a própria radiação, vêm acompanhados do doce perfume das almas corrompidas pelo elogio vulgar e pelo dinheiro fácil.
Esses mesmos inimigos que ajoelham-se aos pés de Lúcifer todo natal, todo carnaval e toda páscoa são os mesmo que se dizem cristãos.
Então não tenha medo. Sacuda o pó que esses trastes deixam em sua roupa e em sua pele e dê-lhe muito mais do que podem aguentar. Torça suas feridas até o pútrido sangue jorrar. E espere. Eles, embora sintam-se importantes demais, não durarão muito mais. 

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