Ser ou estar
Enquanto sou brinquedo está tudo bem.
Enquanto sou o pano que seca e limpa a sujeira está tudo bem.
Enquanto sou a desculpa e a justificativa para tudo e qualquer ato vil está tudo bem.
Porque há pessoas que só nos querem para humilhar e maltratar e quando não o podem ficam tristes, às vezes até desesperadas. E entender essa dinâmica é uma faceta que precisa ser desenvolvida. E uma relação assim não muda, não há como mudar - você sempre vai precisar estar mal para que outro esteja bem.
E isso é parte da vida.
Eu já escrevi sobre amores de etiqueta, ilusões e desilusões. Escrevi sobre amores passageiros e pessoas que nada merecem. Escrevi sobre tudo isso e tudo tem sentido.
Escrevi sobre traições e como a pessoa traída é, na verdade, a menos enganada.
Escrevi sobre mentiras e como eles destroem tudo.
Escrevi sobre cada faceta dos relacionamentos de conveniência.
Entretanto, nesta manhã, eu não queria escrever sobre isso. Ler isso. Ser ou estar, como o verbo inglês que pouco muda.
Nesta manhã eu sou, e não sou, tudo o que está escrito e que ninguém lê porque ler tornou-se artigo ultrapassado em tempos de Pinterest.
Nesta manhã, ainda fria pela chuva de toda a noite, eu acordei quando deveria estar dormindo.
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