Máscaras apavoradas
Minhas únicas duas máscaras, que são descartáveis, estão penduradas em um prego na parede como se fossem troféus de uma macabra competição. Sem poder sair e sem dinheiro para ter que sair, os dias vão passando rápido, como se estivessem com pressa. Não sei qual o destino, mas que quando vejo já é noite e o sono bate à porta da minha mente.
Lá fora parece que o mundo continua muito igual ao que era antes, acrescido apenas da sutil diferença de máscaras em rostos apavorados pelo inimigo - invisível a olho nu.
Aqui dentro há tentativas de sobrevivência. E só.
Até quando?
Creio que nem Deus sabe.
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