Treze sexta

Entres as inúmeras datas que esperam chegar, a sexta-feira treze, as duas do ano, são as mais contempladas com o misticismo e a credulidade das pessoas com relação ao azar e aos agouros. Na realidade, é nesse tipo de sexta-feira que se cultua, abertamente, o azar e as forças ocultas, não necessariamente demoníacas.
Gatos pretos, histórias hilárias da era medieval, crendices e muita magia de Hollywood permeiam a fantasia de uns e outros que esquecem da cultura local e da história do próprio povo. Se é para cultuar o azar, a magia negra e os espíritos demoníacos, que faça isso utilizando a cultura local e nossos próprios meios.
Riquíssimo culturalmente, o Brasil é capaz de fomentar a diversão das sextas-feiras negras sem precisar importar nenhum modelo horripilante. No nordeste, o grande Nordeste brasileiro, há as mais divertidas, mirabolantes e excitantes histórias que podem gerar os mais diferentes medos nos indivíduos mais corajosos. A prova disso são os filmes, brasileiros, que mostram como há material para isso.
E não só nessa região. As demais regiões brasileiras são capazes de provocar medo e muita comicidade em cima da crendice tola que a indústria do entretenimento provoca em alguns indivíduos.
À parte esses pormenores, e desconsiderando o aspecto do culto permitido ao que os cristãos chamam de paganismo, é na sexta-feira treze que os espíritos e mortos, além dos vivos, saem em busca de experiências assustadoras. O que não vale é matar gato preto, pois eles nada têm a ver com as idiotices humanas.
Junto com a sexta-feira, tem o dia de finados e o trinta e um de outubro (outra data desnecessariamente importada) para fazerem os rituais satânicos que quiserem, excluindo os animais desse meio.
A todos, uma horripilante sexta-feira treze. E muito cuidado com o desconhecido!

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