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O Candidato Honesto

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O Candidato Honesto é um filme fraco, com uma enredo limitado e de pouca criatividade. A ironia e a ideia de alguém incapaz de mentir vem de outro muito semelhante estrelado por Jim Carrey - O Mentiroso. É impossível não assistir o brasileiro sem fazer a ponte com o estadunidense. Fora esse quase plágio, tem ainda a RDA, emissora de TV fictíca cujas cores, telejornal e layouts são muito parecidos com os da Rede Globo. Será que os produtores do filme quiseram passar a ideia de como a Globo atua? De uma forma ou de outra, O Candidato Honesto é o pior filme de 2014, até agora, e é um desperdício de tempo, dinheiro e neurônios assisti-lo. Numa época eleitoral, o filme é incapaz, até, de fazer o público pensar sem os estereótipos de candidatos e eleitores.

Capitães da Areia

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Ainda abandonam crianças, ou em Shoppings ou em lixões. Uma realidade que acompanha a humanidade desde sempre com o objetivo de: a) preservar a imagem de boa moça(o); b) assegurar a honra da família; c) garantir um futuro melhor para a criança. Acredite quem quiser. E quando várias crianças se juntam para formar uma família, um clã regido por leis próprias, é natural que o meio de sobrevivência seja o roubo e as pequenas subvenções próprias de quem está, ou foi jogado, no submundo da marginalidade. Em Capitães da Areia Jorge Amado descreve o diário de meninos e meninas que vivem sob a proteção dos orixás e o repúdio da sociedade. A obra é repleta daquilo que costumeiramente costumamos não ver: a iniciação e prática sexual entre os meninos de rua, as negrinhas derrubadas no areal, a doença que não escolha quem ou lugar para atacar, a fome, a insegurança, os anseios, a falta da mãe. Uma obra que busca no cais o estivador que lutou pela causa comunista e que, por isso, morreu. Va...

A saudade que a gente não entende

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cena do filme Capitães da Areia Interessante: de repente amores que vão provocam saudades, íntimas, pequenas, fracionadas em doses diárias. E é aí que habita o diabo! Entre uma fração e outra de saudade muitos indivíduos ligam para seus antigos amores para sabe-se lá o quê! E não é preciso mencionar o depois dessa procura. No entanto, uma discussão interessante nessas horas é: existem amores antigos? Para ser sincero, essa história de amor já é dúbia no sentido de existência e sobrevivência. Já quando a conversa migra para ex-amor tenho certa rigidez em alguns pontos: a) não existe ex-amor; b) se alguém usa essa expressão para designar alguém, salvo o samba, é porque nunca nem foi paixão. Compreendo os saudosistas que buscam nas cortinas do passado bons momentos. Portanto, busque relembrar bons momentos sem esquecer que boas pessoas se tornaram más e desrespeitosas. Quando se entende isso, a saudade não afeta negativamente e a vida fica muito mais tranquila.

Lucíola

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A literatura brasileira é rica em exemplos que podem ser facilmente vistos na realidade dos dias. Um dos maiores escritores do Brasil escreveu com propriedade sobre o preconceito que pairou sobre a mulher, e em alguns lugares ainda é evidente, colocando sobre a sociedade o peso de dogmas irrelevantes estabelecidos por parâmetros sociais e religiosos. José de Alencar descreve como a mulher é levada a realizar atividades indignas para sobreviver em um mundo cuja justiça possui os olhos bem abertos para medir a classe social e a culpa, principalmente de gênero. Em Lucíola o leitor pode notar as evidências do pensamento machista e excludente de homens e mulheres que, mesmo passíveis ao mesmo julgamento, excluem o indivíduo que transgrediu alguma regra social de pouca importância prática. Alencar registra em Lucíola o quadro da mulher que ama, aprende com erros, erra para sobreviver e mantém-se na altivez nata do homem como a âncora de uma sociedade que sequer trata de sua sexu...

Léo e Bia

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cena do filme Filme nacional é conhecido por falar palavrão, ter cenas de sexo, expressões de duplo sentido – excetuando-se, evidentemente, muitos filmes não tão populares. E filme é um dos segmentos da arte que não só surpreende como também está sempre novo. Entre os diversos filmes que estão por aí circulando quero chamar a atenção para um que muitos não conhecem e que é de uma simplicidade de cenário e figurino, mas com uma história densa e emocionante, que chega a ser uma obra de arte só o roteiro. Léo e Bia, de Oswaldo Montenegro, que conta com atrizes como Françoise Forton e Paloma Duarte no elenco, possui uma visão particular sobre amor e medo, dever e liberdade que poucos filmes nacionais já foram capazes de abordar. Em um cenário simples a história de Léo e Bia se desenrola com um quê de jovialidade e dramaticidade que marca o fim da história com uma surpreendente emotividade do telespectador. É a história de amor do planalto central que pode muito bem re...

Obra de arte: Dona Flor e seus dois maridos

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Em uma dessas madrugadas aí estava jogando conversa fora quando, de repente, começou no Corujão a adaptação cinematográfica de uma das obras de um dos maiores escritores do Brasil, quiçá do planeta: Dona Flor e seus dois maridos, do baiano Jorge Amado. O filme conta com José Wilker e a eterna queridinha das obras de Amado, Sônia Braga, entre outros grandes intérpretes. No entanto, a maior estrela do filme não são os atores, a trilha sonora perfeita, de Chico Buarque, nem a bela Bahia – é a história! Dona Flor e seus dois maridos , o livro, é a comprovação de que o amor é incandescência, fogo e vulcão que transpõe a moralidade e a pessoalidade do egoísmo. Dona Flor é a personificação da mulher que ama e que se doa, que quebra os preceitos morais que a prende aos dogmas sociais; Vadinho é o cafajeste com o qual a mulher, até mesmo nos dias de hoje, perde-se loucamente nos braços da “desgraça”, do amor, do sexo e da aceitação tácita que torna a vida ora feliz, ora difícil. Teodor...

Os tênis do caminho

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Cena do filme Os 3 Os tropeços da caminhada, nas ruas e avenidas sempre tão iguais e poeirentas, são os obstáculos que precisam ser enfrentados para compor, aos poucos se sempre devagar, uma história, uma lembrança, amores, despedidas, encontros, recomeços. Às vezes são tantos tropeços que não tem calçado que resista, olho que não chore diante daquele amor que vai embora após tantas juras e promessas, corpo que chegue limpo ao final de um dia tropeçante. Um lance de escadas Em uma sacada Vários pares de pés Muitas propagandas é o que és! Muitos adidas todos iguais Reles e fúteis, no mais Não passam de meras propagandas Mas a mim não enganam Essas aparências sacanas... De um lado estão marcas, roupas, joias, fotografias. Do outro, estão os sentimentos – feras mutantes que não se aquietam em uma única maneira de ser. No meio, não do caminho, apenas no começo dele, está quem enxerga o chão e o céu, no mais alto grau de incompreensão, saudade, lástima ...

O Lado Bom da Vida

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O Lado Bom da Vida é uma obra decepcionante e emocionante. Pode-se dizer que a obra de Matthew Quick é reveladora quanto ao que se tem de bom quando nada mais resta, ou melhor, quando o ciúme e um falso amor destroem a vida e a sanidade de alguém.   Já o filme, apesar das indicações ao Oscar, é decepcionante quanto à veracidade da história criada por Quick. O livro leva o leitor a ponderar quanto ao julgamento que se faz de si e de outrem, independente da situação e mobiliza os neurônios a ver, sob novas perspectivas, e estabelecer outras maneiras de ver o próximo, além daquelas deturpadas formas aprendidas em casa e na escola. O Lado Bom da Vida é uma obra completa naquilo que se refere no cuidado com o próximo. É uma inspiração para quem precisa motivar-se a ser alguém melhor com um pequeno mantra ensinado por Pat – personagem principal. Mas o filme é um completo desastre! Inverte a psique de personagens, altera o início, o meio e o fim da história e elimina a magia qu...

Treze sexta

Entres as inúmeras datas que esperam chegar, a sexta-feira treze, as duas do ano, são as mais contempladas com o misticismo e a credulidade das pessoas com relação ao azar e aos agouros. Na realidade, é nesse tipo de sexta-feira que se cultua, abertamente, o azar e as forças ocultas, não necessariamente demoníacas. Gatos pretos, histórias hilárias da era medieval, crendices e muita magia de Hollywood permeiam a fantasia de uns e outros que esquecem da cultura local e da história do próprio povo. Se é para cultuar o azar, a magia negra e os espíritos demoníacos, que faça isso utilizando a cultura local e nossos próprios meios. Riquíssimo culturalmente, o Brasil é capaz de fomentar a diversão das sextas-feiras negras sem precisar importar nenhum modelo horripilante. No nordeste, o grande Nordeste brasileiro, há as mais divertidas, mirabolantes e excitantes histórias que podem gerar os mais diferentes medos nos indivíduos mais corajosos. A prova disso são os filmes, brasileiros, que...

Sessão: SEI

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Pode-se mudar o mundo quando se entende que  o mundo depende das próprias ações e que, sem nenhuma influência do meio(quase impossível), essas  ações são apenas meios que nos levam a um estado novo, talvez com velhas esquadrias. E então... ...sabe-se que "aquela pessoa" nunca existiu, além da fantasia de sua própria mente. ...sabe-se que pouco sabe sobre a economia, mas que seus bolsos precisam estar sempre cheios para uma saída fortuita. ...sabe apenas que sabe, não importando o quê. E assim, sem muitas argumentações, todos sabem que o mundinho quadrado não para de girar e o tempo é escasso demais, embora também saiba que ainda há uma carta de baralho escondida na manga.