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Os cinco gatinhos

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Dia desses uma ser desalmado jogou cinco gatinhos, 4 clarinhos e um 1 negrinho, 4 fêmeas e 1 macho, em uma caixa de papelão e jogou, ao sol escaldante do meio-dia, na minha rua. Os miados reverberaram pelo ar e despertou a caridade alheia. Leite, água e um lar temporário foram conseguidos e uns dias depois já estavam gordinhos, dóceis e à espera de um lar de amor e cuidados. Mais aí, a mulher das cavernas que mora na esquina e outra bêbada pegaram um dos gatinhos e jogou muitas ruas depois com o intuito único de provocar dor e sofrimento no pobre animal, depois de ameaçar descaradamente os outros, que sequer saem de seu lar adotivo. Acostumada a matar envenenado cães e gatos da vizinhança desde sempre, a mulher possuída da esquina segue impune, por enquanto, sua cruzada infundada contra os animais, totalmente à margem da lei – sim, ela é uma marginal de marca maior, para usar adjetivos publicáveis – por um período breve, assim esperamos. Os gatinhos seguem com suas vidinhas...

A Fera

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A Fera Os ignorantes têm preconceito com gatos pretos. Na realidade, os ignorantes têm medo dos olhos penetrantes e do tamanho gigantesco do gato preto. Quando a Fera nasceu acreditei que ninguém iria querer adotá-lo por ser negro como a noite. E ao contrário do que se imagina, a Fera ficou por força do destino. E a Fera cresceu, ficou maior que os irmãos, mais calmo, mais tranquilo e silencioso como a madrugada. A Fera atravessou meu caminho e não trouxe azar; trouxe a sorte dos melhores dias e a força de um bom dia. Os ignorantes perdem muito em não topar com um gato preto, seja nascido em casa, seja adotado.  O pior mesmo não são os ignorantes. O pior de tudo é o vizinho que envenena gatos r cachorros pelo simples prazer de destruir a vida alheia. E espantando o agouro de vizinhos demoníacos, a Fera enfrenta a vida, a rua, os dias e o futuro. São os olhos da Fera que mudam a rota dos ventos e a colisão dos átomos.

Treze sexta

Entres as inúmeras datas que esperam chegar, a sexta-feira treze, as duas do ano, são as mais contempladas com o misticismo e a credulidade das pessoas com relação ao azar e aos agouros. Na realidade, é nesse tipo de sexta-feira que se cultua, abertamente, o azar e as forças ocultas, não necessariamente demoníacas. Gatos pretos, histórias hilárias da era medieval, crendices e muita magia de Hollywood permeiam a fantasia de uns e outros que esquecem da cultura local e da história do próprio povo. Se é para cultuar o azar, a magia negra e os espíritos demoníacos, que faça isso utilizando a cultura local e nossos próprios meios. Riquíssimo culturalmente, o Brasil é capaz de fomentar a diversão das sextas-feiras negras sem precisar importar nenhum modelo horripilante. No nordeste, o grande Nordeste brasileiro, há as mais divertidas, mirabolantes e excitantes histórias que podem gerar os mais diferentes medos nos indivíduos mais corajosos. A prova disso são os filmes, brasileiros, que...