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Apologia ao crime da vagareza

O Leoni vive cantando, lá no Youtube, que depois de carro e grana o futuro é andar a pé, mas continuar a andar. O Frejat tem aquela história de escolher um amor bom, daqueles para a vida toda. E o Nando Reis sabe de tantas coisas sobre Espatódea que acabou fazendo Sei. Daí, o que resta para os pobres mortais sem voz e sem imaginação poética? Sim, porque amor é aquela fantasia que alguns vivem por um tempo e que acaba caindo no abismo da perdição do ciúme (embora exista aqueles que o tempo de vida do amor é tão longo que a vida na terra é curta para tanto - e sim, existe); a poesia das pequenas nem sempre pode ser vista e a descrição, em melodia, palavras ou atos acabou sendo elitizada por todos os que dominam "a técnica e os padrões" (ressalvadas as exceções). E quando equalizamos os dois lados de reagentes acabamos vitimados de conceitos e estereótipos. O amor, esse monstro vendido nas livrarias sob títulos melosos ou em lojas de souvenires, é aquele detalhe que esc...

Chegamos ao fim

Existe quem se apaixone pelo fim e dele faça parte, projetando todas as experiências e amores na expectativa de término, de ponto final. Pontos finais. Amores finais. Suspiro final. Há uma dramaticidade em acabar tudo, em chegar ao fim. Na morte – seja de um romance, seja de uma vida. É assim que se terminam os dias e começam livros, histórias e intimidades entre leitor e escritor, entre homem e mulher, entre vida e morte. A relação entre essas duas maneiras de estado, começo e fim, é o que determina as vitórias, a saudade e as noites insones. É assim que se chega na sexta-feira, com o fim de uma semana útil, com amores guardados na gaveta, livros abertos na estante, um drama latente para o próximo começo.

Treze sexta

Entres as inúmeras datas que esperam chegar, a sexta-feira treze, as duas do ano, são as mais contempladas com o misticismo e a credulidade das pessoas com relação ao azar e aos agouros. Na realidade, é nesse tipo de sexta-feira que se cultua, abertamente, o azar e as forças ocultas, não necessariamente demoníacas. Gatos pretos, histórias hilárias da era medieval, crendices e muita magia de Hollywood permeiam a fantasia de uns e outros que esquecem da cultura local e da história do próprio povo. Se é para cultuar o azar, a magia negra e os espíritos demoníacos, que faça isso utilizando a cultura local e nossos próprios meios. Riquíssimo culturalmente, o Brasil é capaz de fomentar a diversão das sextas-feiras negras sem precisar importar nenhum modelo horripilante. No nordeste, o grande Nordeste brasileiro, há as mais divertidas, mirabolantes e excitantes histórias que podem gerar os mais diferentes medos nos indivíduos mais corajosos. A prova disso são os filmes, brasileiros, que...

Bom final de semana irresponsável!

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O final de semana pode ser muita coisa. E coisa é indefinível, surpreendente, monótona, inesquecível. Para o fim de uma semana e o início do fim das expectativas de outra vindoura, a coisa pode ser pintada em tons róseos ou amarelados, azulados, esverdeados por águas de pequenas piscinas naturais, por um campo de futebol ou por uma bebida à beira de um ataque de risos. Para acompanhar o tempo, que parece escorrer entre dedos desobedientes e uma precisão claramente definível, poucas são as opções de acompanhar a tranquilidade e a crença que tudo dará certo, na segunda feira.  Com tantas obrigações a fazer, mortes, nascimentos, términos, paradas, continuando sempre no fluxo cruel do relógio, a festa já está passando. Daqui a pouco nada mais restará desse outro final-começo de semana. E das coisas que podem fazer as lembranças, a coisa mais promissora e esperada é a vagabundagem que cerca-nos a semana inteira procurando um espaço para chegar e, folgadamente, tomar conta de tud...

Feliz Sexta-feira 13!

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Livro Jorge Negromonte, o canibal de PE O número 13 é coberto de superstições e quando aliado a uma sexta-feira torna-se ainda mais lembrado, ou temido, em um ridicularismo que somente nós, humanos em nada o que fazer, acreditamos e cultuamos. Até certo ponto podemos estabelecer certas coincidências fatídicas que leva-nos a pensar no poder do 13 e da sexta-feira. Entretanto, todo o medo e a tradição de não gostar, ou temer, a sexta-feira treze emana da teologia cristã e da capacidade humana de ligar certos eventos a um ídolo que pode ser cultuado, mesmo que esse ídolo seja imaterial.  Assim, o medo das duas sextas-feiras anuais decorre dos seguintes fatos: Fatos geradores do medo Judas, que traiu Jesus, foi o 13º a chegar na Santa Ceia; Jesus foi crucificado em uma sexta-feira; Alguns teólogos dizem que Adão e Eva comeram o fruto proibido em uma sexta-feira; O dilúvio começou em uma sexta-feira, segundo teólogos; Em um p...