666 concurso
Coincidência ou não, o concurso da grande
Arapiraca, na Mesorregião de Alagoas, tem o número de vagas igual ao número
apocalíptico da Besta, 666. Seria uma subliminar de que a dificuldade será sem
precedentes ou que a carreira no serviço público municipal não é o mar de rosas
que tantos imaginam?
Com alguma segurança pode-se verificar que
Arapiraca não é, nem de longe, igual a Palmeira dos Índios e seu governo
decadente. No concurso desta, ocorrido há alguns meses, os candidatos são
chamados em grande escala enquanto os salários daqueles que já estão dentro da
máquina pública ou atrasam ou são descontados – devido à greve. O último
movimento ocorrido dentro da Prefeitura de Palmeira dos Índios foi irônico:
Índios dançando toré dentro do prédio do governo como se isso, por se só, fosse
ser uma grande ameaça ao poder inabalável da atual gestão Ribeiro. Estranho
também é como o discurso muito mal decorado do Prefeito convence o povo, que
não se une para fazer com que todas as suas reivindicações sejam ouvidas, analisadas
e realizadas, na medida do possível. A desunião dos Palmeiríndios com a parca
astúcia política atravancam o desenvolvimento municipal.
Quarenta quilômetros de distância dessa Prefeitura nada-indígena, a vizinha e
desenvolvida Arapiraca toca o barco para a frente com um concurso de inscrições relativamente
cara para a realidade local e salários injustíssimos! Como pode um técnico
receber meros 744 reais mensais? Coisa parecida e igualmente afrontosa foi o último
concurso Palmeiríndio que ofereceu salários na mesma faixa.
O que esses Prefeitos estão pensando?
A formação técnica demanda tempo, dinheiro –
geralmente federal – e muita dedicação daqueles que se propõem a mover a
economia nacional com o conhecimento prático de áreas fundamentais como a alimentícia,
industrial e civil.
Não é de espantar-se que a mão de obra
qualificada evada-se da mesorregião alagoana em busca de valorização da
profissão e de um salário digno e a altura do esforço tido nos anos de
formação.
A Besta está solta em Alagoas e não é
recente. Aprisionar essa Besta requer valorizar os profissionais que se formam
nas instituições locais, promover a cultura e desenvolver a economia. Simples
assim.
Mas não. É mais bonito provocar o apocalipse
profissional de toda a população a pagar mais e melhor, de forma justa, e
utilizar o dinheiro, público, em propagandas e campanhas eleitorais. Ou, no
caso de Palmeira dos Índios, na mais descarada corrupção.
É muito provável que o número da Besta e a
quantidade de vagas de concurso arapiraquense sejam o mesmo. No entanto, é
pouco provável que a região continue se desenvolvendo com esses índices salariais.
É mais um concurso que promoverá mais uma
gestão. E quando o povo será promovido?
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