Luar

Lua do céu sergipano

Uma das vantagens de morar no nordeste, e principalmente em lugares pouco poluídos, é a capacidade de observar o céu azul escuro, quase negro, da noite que se aproxima todos os dias durante o arrebol. E de noite, tão vasta noite, o calor torna-se essencial para um bom sono.

O calor que surge da correria, da brincadeira, da pressa e da harmonia que aparece ao viver, da forma mais simples que pode existir. Correr durante a noite é recompensador uma vez que a temperatura do corpo faz nascer suor e este, junto com a brisa, torna único o momento. E esse suor pode vir de qualquer meio físico capaz de encharcar qualquer tipo de roupa.

Entretanto, o que existe de interessante, ou uma dos milhares de eventos interessantes que só acontece durante o mar negro da noite, é o luar e o processo de iluminação da superfície terrestre. A lua assume o papel de sol da noite quando sua transparência é suficiente para dispensar a luz artificial. Ou quando simplesmente brilha intensamente.

Nos próximos cento e vinte dias, e pela prorrogação desse mesmo prazo, durante a primavera e o verão, a lua será a estrela que paira sobre as cabeças dos humanoides e proporcionará grandes momentos a quem se dispuser a viver o lado noturno da vida, tal qual os boêmios de outrora.

Já é possível ver a influência lunar por sobre os prédios das metrópoles brasileiras, ou no céu aberto de cidade de interior. Um satélite que brilha e atrai as ondas do mar para a valsa dos peixes e sereias; que ressalta a necessidade do passeio noturno; que convida a aproveitar cada noite como a última.

A vantagem mesmo é estar de olho bem aberto no crepúsculo e cair na despreocupação de uma noite bem acordada.  

Lua encoberta do céu sergipano