Vista Geral nos Supermercados

Quando menos se espera, uma grande obra de construção civil faz-se presente e levanta especulações, sempre com otimismo quanto à geração de emprego e as oportunidades que podem se desenrolar após a conclusão dessa obra. E, como que em um passe de mágica que durou vários meses e muita especulação, um Supermercado surge, com toda uma política minimalista, quando se refere ao cliente, apesar do tamanho do prédio. Com política minimalista entenda-se a venda de produtos e o não fornecimento de bolsas, descartáveis ou recicláveis - para transporte da mercadoria, por exemplo.

Dentro desses centros fundamentais de consumo, muito diferentes dos Shoppings, é possível notar uma atuação mecânica de funcionários e clientes semelhante aos processos das empilhadeiras que dispõem as milhares de caixas de biscoitos, grãos e cereais nas altíssimas prateleiras, que sempre são muito bem disposta em um corredor capaz de provocar pânico em muita gente, além de promover a breve confusão de preços baratos e caros. Fora isso, esses locais acabam abusando da paciência do consumidor e muito poucos são capazes de prestar um serviço de qualidade, naquilo que é possível no contexto “normal” desse segmento.

Nessa confusão de números, pessoas, produtos e contas imagina-se como as atendentes de caixa podem enquadrar-se em milhares de tramas e histórias mais policiais, dramáticas e românticas que os folhetins televisivos produzidos pelos meios de comunicação nacionais e como desenvolvem a trama sem deixar o emprego, a  vida e o futuro que só promete.

Esse modelo de Supermercado, sempre no atacado – com pequenas vendas no varejo -, sempre visando quem pode comprar mais e de olho nas classes emergentes, é um veículo de cultivo de atos mecânicos, repressão da criatividade e cultivo da tristeza – principalmente de trabalhar em um ambiente muito pouco prazeroso.

É hora de repensar esse modelo, dinamizar a relação Empresa-Consumidor e Empresa-Funcionário de modo que o ambiente onde ocorre o comércio não seja desagradável ou suportável, mas criador de ideias que possam melhorar as vendas, a satisfação dos clientes e provocar os corretivos necessários no mercado, especificamente nesse segmento.

Quem frequenta esses lugares precisa ser muito paciente, porém não pode deixar de anotar as ideias para tornar mais eficiente as filas e a disposição dos produtos, por exemplo. Tudo pode melhorar, sempre!

Vista Interna do Mercantil Rodrigues (Cencosud) - Aracaju -SE