Impasse Palmeiríndio
O impasse que impera em Palmeira
dos Índios não é o que se vê nas ruas e nos contracheques dos servidores
públicos municipais. O imperativo é muito mais profundo e excludente que um salário
reduzido a migalhas ou falsa dignidade ferida.
Que a dignidade do Palmeiríndio
já foi chafurdada na lama da hipocrisia, isso até as pedras da rua que levam
aos bordéis falidos da cidade já sabem. O que as pedras não sabem são dos
conchavos feitos entre as paredes do Poder e das ilusões que alimentam o pobre
morador da cidade, mas o pobre mesmo – aquele que não tem o que comer nem
expectativas.
Agora as pedras irão presenciar
mais uns meses de conversa fiada trazida pelos políticos da Capital que dirigem
seus olhares para a “Princesa Falida do Sertão”, que ainda pode render muitos votos
e publicidade, para as eleições vindouras e para a vida pública. Aparentemente,
só agora perceberam a ingerência da Gestão Municipal atual e querem mover a
Justiça e a dedicação que têm pelo povo alagoano para resolver o impasse entre
Gestor e Geridos.
Que comovente!
No entanto, depois que a moda de “derrubar
o circo” em Palmeira dos Índios passar, as eleições passarem e o povo for
calado com um sorriso e mais uma dúzia de promessas que jamais serão cumpridas,
tudo voltará ao normal e o Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística irá
comprovar o ostracismo do Município.
O impasse não está nas consequências
e sim na incapacidade dos Palmeiríndios atacarem a fonte do mal e estabelecerem
parâmetros éticos e morais para eleger indivíduos idôneos e responsáveis para o
Governo. E não será com um discurso de “injustiça e defesa dos mais fracos” que
alguma coisa irá mudar na Princesa.
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