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Mostrando postagens com o rótulo Político

Regras básicas do Manual do Homem de Bem

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Está na cartilha: Aos domingos ir à Igreja e aceitar tudo o que disserem, pois na casa de Deus só homens santos têm a palavra. Nas tardes de domingo e nas noites de quarta-feira, e sempre que for possível assistir pelo streaming ou num barzinho, deve-se mostrar toda a especialidade em futebol. Todo sábado deve-se tomar uma cervejinha, de preferência às custas de outros. À noite, deve-se encostar em um automóvel e olhar para os transeuntes, sempre analisando e criticando a roupa e o corpo alheios. Deve-se ter uma mulher para criar um clima de respeitabilidade nas datas comemorativas. E umas duas outras para ejacular e ser O homem-macho. Jamais se deve rejeitar um sexo gratuito. Jamais admitir uma amizade com um gay, apenas com lésbica (para manter a fantasia de um sexo a três com duas mulheres) Deve-se ter uma aura familiar. Família é tudo! - um mantra que deve ser repetido sempre que possível. Sempre ser a favor das forças armadas! É preciso aparecer de ressaca algumas veze...

Contradições nacionais

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Foto: Twitter/@oxeanso. Maceió-AL, 2022. Um país de veladas contradições que não nos sustentam no cotidiano. Redes de supermercados que nos ilude com promoções segmentadas são os mesmos que se orgulham em expansões agressivas para destruir os pequenos negócios e ser a preferência do consumidor. Afinal, sem escolha, o que o consumidor pode fazer? Nas melhores esquinas do Brasil, as redes de farmácias são tão vorazes que almejam substituir os mendigos que pedem nos semáforos. A diferença entre estes e aquelas é uma revista e não um doce ou flores de plástico.  Os políticos, servindo a grandes varejistas, ruralistas, líderes religiosos e corporações poderosíssimas, não estão dispostos a transformar contradições em coerências e o país segue sua marcha anti-povo rumo aos áureos tempos em que a fome e o desespero matavam à luz do dia e à queima roupa.  Somos contraditórios e cada dia mais dependentes de ultraprocessados, condenados e insustentáveis sistemas de sobrevivên...

Entre Krusty e o Demônio Vermelho do Oriente

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Foto: Trecho de The Simpsons, Ep. 305, Fox.  O povo não sabe escolher.  No projeto de nação que escolheram para o Brasil o aspecto fundamental é a incapacidade de o povo saber escolher. Para atingir esse objetivo criaram escolas públicas ineficientes, formações de professores incapazes de uma mudança real e impactante no indivíduo formado e formador, na sala de aula e fora dela.  Limitaram o acesso a alimentos, bens e serviços e o povo vive como dá, do jeito que dá, um dia de cada vez. Assim ele não tem tempo de pensar, questionar a própria realidade e impor limites aos que se arvoram em donos do poder. O povo, subnutrido e com um intelecto muito pouco trabalhado, aceita condições sub-humanas de trabalho, alimentos impregnados de agrotóxicos e seu lugar como plateia no exercício da democracia. Às portas das eleições para o poder executivo e legislativo estadual e nacional, o povo escolhe aplaudir o que a imprensa, ressentida, resolveu apoiar desta vez. De um l...

O cabide de Júlio Cezar

Dizem, pelas ruas da cidade de Palmeira dos Índios, que há um meio seguro e eficaz de conseguir um emprego na prefeitura - é só falar mal do prefeito Júlio Cezar. E pode até parecer um conto de fada o fato de alguém sair às redes sociais atacando o chefe do executivo municipal apenas para ganhar um cargo temporário, que pode durar meses ou anos e cujo trabalho seja mais decorativo que importante, mas é a pura realidade palmeiríndia. E como "amigos" e inimigos de Júlio Cezar compartilham do mesmo desejo de dinheiro fácil e poder político manipulativo, esse conto realístico só ganha força e torna-se uma lamentável característica da atual gestão municipal. Ao argumento de que isso é uma inverdade contrapõe-se os inúmeros ocupantes indicados para cargos públicos e que são parentes diretos e indiretos daqueles a quem o prefeito "teme" de alguma maneira. E se uma ges...

O supermercado, o populacho e a política

Cidade de interior é uma alegria! Chega um circo e o povo corre para baixo da lona como se disso dependesse o próprio status social de cada interiorano. Chega um vendedor de ovos ambulante e o assunto das fofoqueiras, todas as tardes, é o quanto fatura e como trabalha o vendedor de ovos. Não seria diferente e menos peculiar se um supermercado, que em nada mostra-se amigável com a sociedade local e os possíveis concorrentes, é implantado em uma das principais vias do município. Os tapumes, que esconderam por várias semanas uma obra econômica, mas vista como faraônica pelos silvícolas, são retirados e a parede de vidro, precedida por um estacionamento amplo, evidencia que os pobres devem ficar longe, a não ser que deixe o cartão de crédito estourado ou entre na qualidade de funcionário subalterno, sem direito ou vontade de pensar. No dia da inauguração corre o populacho para a porta do sup...

A história do RESUN

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O Restaurante Universitário – RESUN - da Universidade Federal de Sergipe é praticamente um submundo dentro de um universo cheio de contrariedades e rodeado por confusões nem sempre sem sentido.   E como qualquer mundo dotado da espécie humana, esse submundo é deficiente justamente por causa dessa capacidade de abrigar o homem. A história do RESUN, a mais recente e que não contempla as amenidades de gestão em que um político ou outro da Cidade Universitária tenta aparecer mais que o sol ao meio dia em dia de verão, pode ser resumida em: Ele funcionava precariamente com filas enormes e todos os usuários insistiam em ficar escolhendo bandejas metálicas, que supostamente eram ou sujas demais ou limpas de forma razoável, e reclamar da comida. Então, um belo dia, o RESUN é fechado pelos políticos da Cidade Universitária para uma tal “reforma” que durou vários meses. Depois de um tempo quase infinito em que os alunos foram banidos desse submundo, ele voltou a funcionar, sem a “ref...