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Mostrando postagens com o rótulo Livro

21:01 - A loucura está no amor*

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Quadro: Wheat Field With Cypresses. Vicent Van Gogh. 1889. MetMuseum Um riso incontrolável inflamou-o peito a fora, brotando nos lábios e traduzindo uma explosão de felicidade louca e sem sentido, explicada apenas pela loucura e pela ausência de sentimentos, na estupefação da descoberta. Esperava gritar, no silêncio da dor, chorar, magoar-se, morrer uma segunda morte em vida em que se levantar da cama é simplesmente a tarefa mais difícil a ser desempenhada. E, no entanto, sorriu. E sorriu por que viu. Sorriu para expressar um estado de espírito em que nada é capaz de abalar os alicerces de uma verdade sã, apesar de parecer louca, desregrada, incapaz. Sorriu para dizer a si mesmo que não importa: existe algo que não pode ser traduzido sempre, mas que está lá, esperando por uma brecha em ocasos, acasos e amores fabricados. Os lábios alargaram mais que um simples dizer de alegria; os lábios estouraram contra uma tristeza, contra uma forma agressiva de amar que oprime o coração at...

Sentimento do Mundo

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Cada um carrega em si, para si, os sentimentos de seu mundinho, do planeta, do trabalho. Cada um é responsável por suas escolhas, suas visões e suas opiniões. Cada um carrega sobre seus ombros o peso do mundo, em uma visão noturna de frente par ao mar ou ao ver um operário passando sem o uniforme azul. Sentimento do Mundo , de Carlos Drummond de Andrade é uma conversa com um poeta que de ilusões parece só possuir os bons momentos de quem vive: política, sociedade, cidadania, injustiça, amor, nostalgia são elementos das páginas que cabem no bolso. Poemas que não se aplicam apenas às relações amorosas, se é o que o leitor busca nessa obra. Então não se decepcione. Drummond revela, nessas linhas poéticas, com uma prosa escondida, a capacidade de ver a beleza, o caos e o futuro. Um mundo em que o sentimento passa de realidade à saudade, em que a infância é o melhor lugar que se poderia estar [hoje], em que fantasmas também sentem dor, é o retrato de uma visão interessante e particu...

Contagem Regressiva

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Que a vida que corre na rua é bem diferente daquela que habita o interior da mente isso é mais que sabido. E nem sempre o discernimento entre essas duas vidas, com tempos diferentes, é notado pelo vivente. E quanto mais velho se fica, mas saudosista queremos ficar. João é um homem que, no alto de sua idade, com filhos crescidos e pouco amados, por ele – como imagina-, luta pela sanidade de viver em um mundo em que nenhuma mulher foi capaz de preencher por muito tempo, ou de forma satisfatória. Teve várias. Teve filhos. Teve a solidão de viver acompanhado e o desejo de encontrar-se. Em Contagem Regressiva é possível notar os pontos de coincidências entre a vida real, a ficcional e uma morte buscada – morremos todos os dias vitimados por vidas infelizes. Uma obra que dispensa comentários de orelhas e de crítica por apresentar uma literatura com densidade emocional suficiente para preencher dias por ser um enredo em que não se nota o autor, somente os personagens, o tempo e as em...

Rodoviária (aeroporto), duas vezes embarque

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Rodoviária de Arapiraca Viajar é um problema sério para quem, ainda, não tem um cartão de crédito ilimitado ou quem possui mais compromissos que espaço na agenda, ou para quem tem que estar preso às pequenas rotinas diárias. E quando viajar não é problema apesar de o percurso ser o mesmo, cada pó das rodoviárias (ou aeroportos) torna-se familiar demais. Um item que deveria estar sempre na bolsa ou na mala é o livro, não importando gênero ou título. Infelizmente ler não é um hábito entre viajantes, mesmo para aqueles que já estão fazendo buracos nas estradas de tanto ir e vir. As revistarias e livrarias desses terminais de embarque e desembarque, no entanto, podem surpreender o viajante com preços baixos e títulos interessantes (apesar de não ser uma regra geral, o preço). Em Aracaju, apesar da pequena revistaria e livraria ser maltrada, é relativamente boa. Em Arapiraca e Palmeira dos Índios, é um milagre, em uma, ter terminal rodoviário, e em outra, ter lanchonete aberta n...

Cinquenta Tons de Cinza

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Um príncipe encantado à moda século XXI, uma virgem à século XVII e um enredo forçosamente construído para ter o maior número de páginas escritas. É essa a descrição mais concisa e precisa que se pode ter do não tão aclamado Cinquenta Tons de Cinza. A obra de E. L. James tem um quê de apelação que não consegue sucesso nem nos trechos de sexo nem nos de violência. Talvez por querer misturar sadomasoquismo com romance, talvez por que o romance não seja lá grande coisa mesmo e, por isso, a mistura com práticas sexuais não ortodoxas não pegue tão bem quanto deveria, Cinquenta Tons de Cinza é um fracasso a olhos vistos. Personagens reprimidos em seus próprios mundos, sem falas seguras, sem atitudes independentes, dão o tom de uma artificialidade feita para vender papel, não para encantar com a ficção. Ambientes pobremente descritos, relações “difíceis” e uma riqueza sem precedente que contrasta com a meia vida de Steele são pontos que não passam despercebidos a um leitor mais atento....

Eu não vim fazer um discurso

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Fazer um discurso não é algo fácil. Nem uma tarefa que todos sabem, naturalmente, realizar sem tremores e com o poder de cativar o público. Um discurso é um texto com vida própria e pode cativar, fazer amar, construir países ou destruir nações – tudo depende do objetivo de quem está à frente da plateia. Gabriel García Márquez , escritor de sucesso, Nobel de literatura, não gostava de discursar. E não gostando cativou plateias, da Colômbia à Suécia, compostas de jovens ou ministros e presidentes. Em seus discursos, García Márquez retratou a América Latina e o Caribe, evidenciou problemas e soluções, imortalizou amigos e dificuldades, provou – mesmo  não sendo necessário – que o medo de discursar não impede a genialidade do discurso. Eu não vim fazer um discurso reúne os discursos do Nobel ao longo de sua vida e que se mostram atualizadíssimos à realidade da América Latina e Caribe, sempre com o tom de valorização regional através da autocrítica latina e caribenha. Uma obra...

Obra de arte: Dona Flor e seus dois maridos

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Em uma dessas madrugadas aí estava jogando conversa fora quando, de repente, começou no Corujão a adaptação cinematográfica de uma das obras de um dos maiores escritores do Brasil, quiçá do planeta: Dona Flor e seus dois maridos, do baiano Jorge Amado. O filme conta com José Wilker e a eterna queridinha das obras de Amado, Sônia Braga, entre outros grandes intérpretes. No entanto, a maior estrela do filme não são os atores, a trilha sonora perfeita, de Chico Buarque, nem a bela Bahia – é a história! Dona Flor e seus dois maridos , o livro, é a comprovação de que o amor é incandescência, fogo e vulcão que transpõe a moralidade e a pessoalidade do egoísmo. Dona Flor é a personificação da mulher que ama e que se doa, que quebra os preceitos morais que a prende aos dogmas sociais; Vadinho é o cafajeste com o qual a mulher, até mesmo nos dias de hoje, perde-se loucamente nos braços da “desgraça”, do amor, do sexo e da aceitação tácita que torna a vida ora feliz, ora difícil. Teodor...

Fim

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Um dia, quando a caminhada já está adiantada, a morte chega e arrebata a todos, um de cada vez, com a tranquilidade de uma brisa em dia de verão. E o que resta são lembranças de uma vida bem ou mal vivida. Lembranças apenas. Fim é um registro de lembranças, de vidas entrecruzadas pelos laços da amizade, do amor, da traição e da libertação. Cada um dos cinco personagens teve uma vida diferente, com amores que devassaram o conceito da própria vida, do amor, do cotidiano e convergiram para maneiras diferentes de ver e viver a vida. E, literalmente, cada um sabe a dor que carrega no coração – isso é muito claro nas páginas de Fim. Não só isso, Fim é a estreia de Fernanda Torres na literatura brasileira e deixa, sem sombra de dúvida, a marca de uma escritora divertida, irônica, arrebatadora escritora que promete muito nesse mundo das letras. Torres prende o leitor em capítulos que não só contam a história de um personagem, mas também a nossa à medida que temos como parâmetro as con...

O Caso do Hotel Bertram

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A vida, por vezes, pode parecer uma encenação, uma obra de arte milimetricamente produzida para enganar, outrem ou a si – depende do objetivo. E enganar é criminosamente detalhado no Hotel Bertram. Crimes espetaculares, fortuna fortuita, criminosos em corpos de artistas e enganos tornaram Londres a pior cidade inglesa, tornando a vida dos detetives da Scotland Yard um amontoado de casos se solução. Capa da Obra É assim que Agatha Christie traduz mais uma verdade universal, que anos mais tarde Jorge Amado também registraria em seus singularíssimos livros: a velhotas olham a vida de todo mundo, ouvem a conversa dos casais e tudo sob a desculpa de que “isso é feio” e que foi “sem querer”. Miss Marple, a encarnação dessas velhinhas “simpáticas” ajuda a desvendar O Caso do Hotel Bertram e a intrincada trama de crimes que fazem os detetives patinhos no nevoeiro londrino. Christie, nesse seu outro personagem revela a imensa capacidade de ambientar seus enredos em fatos e verdad...

O Misterioso caso de Styles

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O maior dom no mundo da criminalidade é fazer um crime perfeito. E com perfeito não significa necessariamente que seja um crime sem autoria; com perfeito quer dizer que o crime foi executado de forma esplendorosa e os autores saíram ilesos – pode ocorrer de em um crime perfeito o autor ser pego e o ato ainda manter a perfeição. De crime para crime a perfeição varia e adéqua-se à realidade. 1º livro publicado de Christie No mundo do crime literário um nome destaca-se mais que os demais: Agatha Christie, a Rainha do Crime, que escreveu a base para toda e qualquer forma de cometer delitos, e de desvendá-los. Em mais de oitenta trabalhos a Rainha do Crime mostrou sua sagacidade e capacidade imaginativa. Em O Misterioso caso de Styles o mundo conheceu pela primeira vez o detetive Hercule Poirot, que mergulha no intrincado mundo dos Cavendish e desvenda a morte da velha senhora. Uma morte que possui diversas motivações, inúmeras formas de execução e executores problemáticos. ...

Blasfemadores d'O Pequeno Príncipe

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Imagem da Página Oficial no Facebook Se O Pequeno Príncipe fosse sagrado, ou pretensamente sacro, como os livros religiosos, ele certamente seria o mais blafesmado de todo o planeta. Além, é claro, de mais mal interpretado de toda a história, ganhando até mesmo da Bíblia. A razão para tanto é que aspirantes a amantes, vagabundas, putos, cafetões, marginais, mocinhas de família, padres, pastores, donas de casa, estudantes e uma série de outras denominações quase religiosas do cotidiano empregam recortes do texto de Exupéry como verdades universais que justificam traições, palavras e atos rudes, desconfiança, descrença e as mais variadas maneiras de agressão ao outro. É evidente que nem toda mulher é uma rosa todo homem é um pequeno príncipe. Ou nenhum dos dois gêneros nunca é nem uma coisa nem outra. Nem moram no B-612. Embora seja um livro para adultos, com conotações infantis, aqui e ali, O Pequeno Príncipe dispensa reinterpretações, recolocações sociais e empregos na v...

Os Mitos do Sertão

Tem no nordeste a fé e a destemida vida de um povo que inova ante os poucos recursos disponíveis para a sobrevivência – na maioria das cidades interioranas. Nessa região, ouve a seca de 1977, revoluções, fome, sede, produção de cultura através de movimentos, autores brilhantes, políticos muito habilidosos, vida que se metamorfoseia à adaptação das necessidades. Nesse mesmo nordeste, tem agreste, sertão, litoral e zona da mata; tem caatinga, umbuzeiro, juazeiro, pinheiro e xique-xique. Tem Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, Padre Cicero e Frei Damião. Tem Os Mitos do Sertão . Ivan Barros, escritor palmeirense, registra em livro a fé por homens santificados na mesma terra seca em que o medo carregado por Lampião faz vítimas ilustres. Constrói um relato em tom jornalístico dos mitos religiosos e seculares provocados por essas três personalidades que só poderiam ter surgido no Brasil, e no nordeste. Em Os Mitos do Sertão , Barros mostra aos novos leitores e a todos que não tiv...

Sob o Céu de uma Cidade

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O melhor do nordeste aparece quando o povo assume sua identidade e faz de suas peculiaridades uma obra de arte. É assim que surge a literatura, mais expressiva em cordéis, o artesanato, as tão famosas estátuas de santos, a comida e as invencionices e crendices tão aconchegantes de vasto território nordestino. Juntando literatura, artesanato, crendices, pré-julgamentos e muito achismo, os cidadãos de Mandacaru do Norte desenvolve o cotidiano tão “nordeste”. Lá tem beatas que santificam que possui segredos escabrosos, julgam quem desafia os costumes, muitas vezes infundados, vivem esperando a salvação que pode não chegar; tem o poder da amizade e da politicagem; tem a nova modalidade de coronelismo; tem costumes, nordestinos-sulistas; tem alma e tem povo. Capa da Obra A Novela de Cássio Cavalcante, Sob o Céu de uma Cidade , é a tradução do interior de uma cidade, dos habitantes de todas estas, das criações e crias de diversas cidades sob um olhar realista o suficiente para to...

À Beira do lar

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Escrever, muitas vezes, é apenas expressar os eventos do cotidiano com a delicadeza de uma bela ironia ou com a graça de uma grande tristeza. Escrevendo, sob a luz de uma emoção, ou sob a graça de escrever, surgiu um dos mais prazerosos livros já escritos na nova literatura brasileira. De Luis Vassallo, À Beira do lar é uma obra que prende o leitor do começo ao fim – que se não tiver cuidado lê-lo de uma única vez, sem parar. Capa da Obra Vassallo coloca em suas páginas um lar, uns tantos sentimentos, uns momentos, pessoas, vidas, tempo, espaço e cotidiano de um modo inovador, capaz de tornar qualquer insônia em reflexão, divertimento, relembramento. Uma obra que passa do autor para o leitor como se aquele estivesse contando a história ali, pertinho, para este. À Beira do Lar , e não confunda lar com mar!, é um livro que não precisa de apresentação nem de palavras bonitas em sua capa, pois é por si só as palavras bonitinhas que o apresenta. Expressa eventos com as particular...

Para ti, Graci(liano)...

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Graciliano Ramos pertence ao rol de autores-pilares da literatura brasileira. É de uma escrita ora seca, como as secas terras do interior alagoano, ora é de uma profundidade como a alma crente na esperança dos sertanejos. Ramos traduziu, sob a fumaça do seu cigarro, o homem e a mulher, lutadores e vencedores das adversidades diárias, o ambiente os animais. Capa da Obra Talvez, tudo o que se possa dizer sobre Graciliano, seja apenas mais palavras que podem ser enxugadas – como ele mesmo fazia. No entanto, Para ti, Graci(liano)... , da escritora Isvânia Marques , é o que há de diferente no mundo das homenagens póstumas a um grande escritor. Na obra, Marques declara sua paixão pelos escritos de Graciliano Ramos sob o olhar de sua vida e obra, tão rica e adversa como só um grande escritor pode ter. Um escritor falando de outro, com emoção e dedicação. Para ti, Graci(liano)... pode ser entendido como um manual para as novas gerações que ainda não conhecem o Graciliano escri...

Nara Leão: A Musa dos Trópicos

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Não é difícil ouvir, por aí, uma confusão entre os conceitos de Bossa Nova e Música Popular Brasileira. E da mesma maneira comum, não é fácil ouvir falar de Nara Leão, Elis Regina, da Bossa Nova e da história brasileira através da música, da boa música. Também não é razoavelmente encontrável uma obra que tenha tudo isso, raridades, e que ainda pareça um romance, que embala o leitor na vida e obra de quem é alicerce. Capa da Obra É assim que é Nara Leão: A Musa dos Trópicos , do escritor e jornalista Cássio Cavalcante . Na obra, Cavalcante torna a Nara, cantora, a companheira do leitor amante da música; torna Nara, a pessoa particular, um exemplo de querer o melhor, mesmo pagando os custos da fama ou do autoritarismo; torna Nara, a amiga, em um exemplo de amizade. Torna Nara em Musa, ou melhor, evidencia este fato. Nara Leão: A Musa dos Trópicos pode se entendida como meio biografia meio romance; meio Brasil meio Mundo; meio partitura meio letra – sempre canção. De tudo ...

O Rouxinol e o Imperador da China

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O que faz uma obra literária tornar-se um clássico da literatura universal? A resposta pode não ser nada fácil, entretanto pode ser bem entendida pelo leitor leigo que ao ler um dos clássicos e perceber a intensidade dos sentimentos através de palavras simples, colocadas no lugar certo, no momento preciso em que a emoção materializa-se em palavras, sente-se integrante da história, adaptada ao seu próprio tempo  e lugar. É em um caminho como esse que Hans Christian Andersen criou um das mais impressionantes e tocantes obras de todo o planeta: O Rouxinol e o Imperador da China . Nela, Hans constrói não apenas um amontoando de palavras nas quais o leitor pode desenvolver suas próprias conclusões, mas um lugar, literalmente, onde qualquer pessoa, de qualquer idade, pode compreender o significado de pessoas, animais e eventos realmente important es na vida de quem lê e na sociedade. Ilustração do conto Andersen ultrapassa o limite conceitual de infantil e adulto e escreve co...

A garota que eu quero

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Capa da Obra O que se quer é um amor sem problemas, com um ser que adivinhe a mente, seja prático e totalmente desvencilhado do humanismo e romantismo exagerados... alguém que se encaixe perfeitamente no mundo particular, inteligente, portador de uma beleza singular e atraente, perfeito... Espere! Isso não e possível. Assim como ter uma família perfeita. As famílias têm lá suas inúmeras dificuldades internas, suas disfunções – quase anomalias. Associado a isso ainda tem as neuroses inerentes a cada estação etária dos indivíduos, a busca por reconhecimento, amor, bem-viver. Em um quadro pintado pela realidade de muitas famílias, em diversas cidades, a cabeça de Cam percorre ruas e janelas, vielas e estados emocionais na busca por algo que se encaixe perfeitamente na vida, de todos inclusive. Cameron, o protagonista de A Garota que eu quero , do autor Best-Seller Markus Zusak, é a representação fidedigna de como é viver no emaranhado de uma família grande, com as felicidade...

Entrevista com Cássio Cavalcante

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Hoje inicio uma rodada de entrevistas, ao ar sempre às segundas-feiras, em que entrevistarei escritores, políticos e pessoas que desenvolvem trabalhos ligados à ciência e tecnologia ou trabalhos que incentivam a cultura.  Cássio Cavalcante Para inaugurar essa rodada o entrevistado é o jornalista e escritor Cássio Cavalcante, autor de Nara Leão: A Musa dos Trópicos e Sob o Céu de uma Cidade, a ser lançado no próximo 31 de outubro. Cássio Murilo Coelho Cavalcante é jornalista, escritor membro da Academia Recifense de Letras e da União Brasileira dos Escritores, secção pernambucana. Escreveu diversos contos entre 2004 e 2008, todos publicados,  a biografia da Musa da Bossa Nova, Nara Leão: A Musa dos Trópicos (2009), Os Mistérios de cada Um (2007) e, a ser lançado, Sob o Céu de uma Cidade. Além disso, Cavalcante pertence a Academia de Artes, Letras e Ciências de Olinda e é Colaborador do jornal Folha do Estado do Espírito Santo, assina as colunas Bate papo Literal, do Jor...

Luares para o Amor não naufragar

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Os autores alagoanos, de prosa e poesia, parece, enfrentam certa barreira em divulgar seus trabalhos para o interior do Estado. Seria, talvez, o naufrágio de sua obra no mar da não valorização da cultura produzida na Terra dos Marechais. Naufrágio desnecessário que priva o próprio povo de conhecer as belezas do próprio Estado. Entretanto, quando alguns autores aparecem, já com a bagagem de uma vida de escritor, é possível notar o quão rico é o Alagoas. E de naufrágios e sucessos, o Estado tem lá suas poesias e prosas que realmente representam o povo e a localidade. E como não só de desilusões vive o homem, as alegrias são também contadas pelas poetisas e poetas desse Estado mundo a fora. Capa da obra Exemplo da genuína expressão da poesia alagoana, nesses tempos vividos, tem a poesia de Luares para o Amor não naufragar, de Arriete Vilela.  Uma obra que não se lê rapidamente, não porque seja poesia, mas pela forma muito particular que foi produzida, onde é quase possível p...