O Rouxinol e o Imperador da China

O que faz uma obra literária tornar-se um clássico da literatura universal?
A resposta pode não ser nada fácil, entretanto pode ser bem entendida pelo leitor leigo que ao ler um dos clássicos e perceber a intensidade dos sentimentos através de palavras simples, colocadas no lugar certo, no momento preciso em que a emoção materializa-se em palavras, sente-se integrante da história, adaptada ao seu próprio tempo  e lugar.
É em um caminho como esse que Hans Christian Andersen criou um das mais impressionantes e tocantes obras de todo o planeta: O Rouxinol e o Imperador da China. Nela, Hans constrói não apenas um amontoando de palavras nas quais o leitor pode desenvolver suas próprias conclusões, mas um lugar, literalmente, onde qualquer pessoa, de qualquer idade, pode compreender o significado de pessoas, animais e eventos realmente importantes na vida de quem lê e na sociedade.
Ilustração do conto
Andersen ultrapassa o limite conceitual de infantil e adulto e escreve com os olhos da alma para todos aqueles que queiram visualizar o melhor que se pode ter em um mundo de tanta igualdade material – livros, CD’s, dinheiro. E, assim, presenteou a humanidade com uma obra clássica.
Em O Rouxinol e o Imperador da China o leitor encontrará a cultura oriental, os medos de um imperador, a morte vacilante, a China e o Japão, Natureza versus Automação, relações amistosas entre animal e humano, dualidades humanas, exibicionismo e amor. Em poucas palavras o autor conseguiu traduzir a realidade humana de uma magnífica maneira.

O mundo precisa ler e conhecer o que um rouxinol, de cor não muito atraente – talvez visualmente feio -, pode fazer por um humano- mesmo que este ocupe um alto cargo na sociedade. Uma obra que transcende o calendário.

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