Blasfemadores d'O Pequeno Príncipe

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Se O Pequeno Príncipe fosse sagrado, ou pretensamente sacro, como os livros religiosos, ele certamente seria o mais blafesmado de todo o planeta. Além, é claro, de mais mal interpretado de toda a história, ganhando até mesmo da Bíblia.
A razão para tanto é que aspirantes a amantes, vagabundas, putos, cafetões, marginais, mocinhas de família, padres, pastores, donas de casa, estudantes e uma série de outras denominações quase religiosas do cotidiano empregam recortes do texto de Exupéry como verdades universais que justificam traições, palavras e atos rudes, desconfiança, descrença e as mais variadas maneiras de agressão ao outro.
É evidente que nem toda mulher é uma rosa todo homem é um pequeno príncipe. Ou nenhum dos dois gêneros nunca é nem uma coisa nem outra. Nem moram no B-612.
Embora seja um livro para adultos, com conotações infantis, aqui e ali, O Pequeno Príncipe dispensa reinterpretações, recolocações sociais e empregos na vida amorosa de quem quer que seja.

Portanto, blasfemadores de todo o mundo, o mais sensato, se alguém possuir sensatez para tanto, seria deixar a obra francesa em paz, descansado na sua estante e não fingir que leu copiando frases nas redes sociais. O valor das verdades dos livros está na descoberta, não no alarde que se faz de um trecho repetidas vezes.

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