O Caso do Hotel Bertram
A vida, por vezes, pode parecer
uma encenação, uma obra de arte milimetricamente produzida para enganar, outrem
ou a si – depende do objetivo. E enganar é criminosamente detalhado no Hotel Bertram.
Crimes espetaculares, fortuna
fortuita, criminosos em corpos de artistas e enganos tornaram Londres a pior
cidade inglesa, tornando a vida dos detetives da Scotland Yard um amontoado de
casos se solução.
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Capa da Obra |
É assim que Agatha Christie
traduz mais uma verdade universal, que anos mais tarde Jorge Amado também
registraria em seus singularíssimos livros: a velhotas olham a vida de todo
mundo, ouvem a conversa dos casais e tudo sob a desculpa de que “isso é feio” e
que foi “sem querer”.
Miss Marple, a encarnação dessas
velhinhas “simpáticas” ajuda a desvendar O
Caso do Hotel Bertram e a intrincada trama de crimes que fazem os detetives
patinhos no nevoeiro londrino.
Christie, nesse seu outro
personagem revela a imensa capacidade de ambientar seus enredos em fatos e
verdades que atravessaram as décadas, séculos até, e que se tornaram os males
da vida moderna. Ninguém escreveu com tanta propriedade sobre as virtudes e
ousadias do homem do século XXI quanto Agatha n’ O Caso do Hotel Bertram.
Certamente uma envolvente leitura
para quebra a rotina de melodramas mexicanos da televisão aberta.
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