Eu não vim fazer um discurso

Fazer um discurso não é algo fácil. Nem uma tarefa que todos sabem, naturalmente, realizar sem tremores e com o poder de cativar o público. Um discurso é um texto com vida própria e pode cativar, fazer amar, construir países ou destruir nações – tudo depende do objetivo de quem está à frente da plateia.
Gabriel García Márquez, escritor de sucesso, Nobel de literatura, não gostava de discursar. E não gostando cativou plateias, da Colômbia à Suécia, compostas de jovens ou ministros e presidentes. Em seus discursos, García Márquez retratou a América Latina e o Caribe, evidenciou problemas e soluções, imortalizou amigos e dificuldades, provou – mesmo  não sendo necessário – que o medo de discursar não impede a genialidade do discurso.
Eu não vim fazer um discurso reúne os discursos do Nobel ao longo de sua vida e que se mostram atualizadíssimos à realidade da América Latina e Caribe, sempre com o tom de valorização regional através da autocrítica latina e caribenha.

Uma obra que certamente não agrada a todos e que, sem dúvidas, é inestimável para os fãs de Gabriel ou para quem quer conhecer o pensamento de um gênio, não só na literatura.

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